Infelizmente pouco mudou, desde da última edição de O Louzadense.
Continua o registo de subida de casos de Covid 19 e agravam-se as condições de emprego de milhares de portugueses. Lousada não foge a esta a realidade.
Aumentam os casos de infeção, desemprego e desespero! As instituições de apoio às famílias necessitadas não têm mãos a medir. Notamos, que semanalmente o governo despacha diretivas conforme o vento, optando sempre pelas aparentes medidas mais fáceis… “fecha-se isto, aquilo ou aqueloutro”! Pura navegação à vista! Sem estratégia delineada e sem salvaguarda da economia e dos postos de trabalho. Os pequenos empresários desesperam, não chegam medidas de apoio direto, colocando o país numa anárquica atitude económica e financeira. O trabalho é uma das principais fontes de segurança das pessoas.
O emprego fornece e mantém a subsistência, mas ainda mais importante para a redução da vulnerabilidade Em princípio, todos somos vulneráveis a algumas adversidades ou circunstâncias, mas algumas pessoas são mais vulneráveis do que outras.
A identificação de grupos vulneráveis a choques ou adversidades pode ser efetuada com base em limiares, permitindo assim proceder a uma medição. As pessoas são vulneráveis à pobreza se estiverem “abaixo, ou em risco de ficar abaixo, de um certo limiar minimamente aceitável de escolhas fundamentais em diversas dimensões, como, por exemplo, a saúde, a educação, os recursos materiais e a segurança”. O que se nota é que não se acautela alguns destes grupos mais vulneráveis. Veja-se o caso mais recente da restauração.
Não houve consciência de prolongar o horário para servirem refeições, pelo menos para proporcionar a venda para fora (take away). Vão ser tempos de crispação e de grande revolta social. Famílias inteiras, que subsistem do mesmo negócio vêm as suas economias esgotarem-se.
Bem, O Louzadense esteve e estará onde é necessário ouvir quem atravessa dificuldades. Vamos continuar neste diapasão. Temos a oportunidade de trazer nesta edição a manifestação da restauração Lousadense, bem como um alerta do Padre Paulo Godinho, que deixa um apelo à cooperação e entreajuda.
Ouvimos o “desporto”, que é outra área que sofre bastante, pois também aqui há muitos postos de trabalho dependentes das várias realidades desportivas.
Nesta edição, o nosso “Grande Louzadense” é Eduardo Vilar. Personagem bem conhecida do concelho, pois os vários anos na vereação educativa e cultural, granjearam-lhe muito amigos e conhecidos. Dinâmico, sempre disponível para desafios, assumiu há uns anos a presidência da união de freguesias de Cristelos, Boim e Ordem, exaltando a sua humildade e disponibilidade para a causa pública. A participação associativa é outra componente da sua cidadania.
Tudo isto, e o que ele nos revela nestas páginas, tornam-no num dos notáveis do nosso concelho.
No “Louzadenses com Alma” recordamos Joaquim Gonçalves Júlio. A sua longevidade e a colaboração na fundação da Associação Desportiva de Lousada e dos Bombeiros Voluntários são marcas que alguns de nós identificamos na sua existência lousadense.
O nosso “Louzadenses lá fora” é Anthony Costa, que se encontra em Genebra, na Suíça, como fisioterapeuta de reconhecidos méritos.
Mais uma edição com assuntos relevantes e diversificados, para continuarmos a corresponder aos interesses dos lousadenses, numa perspetiva de missão esclarecedora e pertinente.
Boa leitura!