por | 3 Fev, 2022 | Editorial

Editorial da edição nº 67 de 3 de fevereiro de 2022

Velho primeiro-ministro, nova maioria! O país foi a votos, aumentou a sua participação eleitoral e decidiu atribuir uma maioria ao Partido Socialista (PS) e escolher António Costa para continuar à frente do governo de Portugal. Os eleitores de esquerda mobilizaram-se e transferiram-se em massa do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista para o PS. Como já se esperava, estes dois partidos foram severamente penalizados por não viabilizarem o orçamento de estado para 2022, no entanto, o “castigo” atingiu proporções pouco previstas.

O Partido Social Democrata (PSD) terá sido penalizado por dois fatores, não ter conseguido afastar completamente a possibilidade de coligação pós-eleitoral com o Chega, o que assustou/preocupou muitos eleitores e também pelo crescimento significativo do próprio Chega e da Iniciativa Liberal. É natural que muitos votos do CDS tenham também sido transferidos para esses dois partidos, mas mesmo assim constatou-se que não seriam suficientes, do que se infere, que o PSD não conseguiu segurar e muito menos captar os votos de jovens eleitores. Estamos perante mais uma crise deste partido, que terá de se reinventar para não se apagar nestes próximos quatro anos de “travessia do deserto”.

Ao futuro governo deseja-se muita coragem e bravura para as grandes reformas de estado que são prementes, nomeadamente na justiça, na saúde e na educação.

Rogério Castro é o cidadão que apresentamos na rubrica “Grande Louzadense”! Lousadense por adoção, Rogério Castro é o único Professor Catedrático em Portugal na área da Viticultura. É um dos vultos máximos da nossa Viticultura. Desenvolveu um trabalho de muito mérito na Quinta de Lourosa (Sousela) onde produz vinhos de grande qualidade e com vários prémios obtidos. Rogério Castro tem sido um ótimo embaixador do nosso concelho.

Francisco Vítor da Cunha Magalhães recentemente falecido é recordado nos “Louzadenses com Alma”. Homem de uma cultura acima da média, devorador de livros, com uma capacidade de argumentação muito peculiar, teve um percurso bastante ativo na nossa comunidade. Foi presidente da Assembleia Municipal entre 1979 e 1985, eleito pelo CDS, em coligação com o PSD. Presidiu à Comissão Política do CDS de Lousada e pertenceu à Mesa Distrital deste partido, pelo qual foi candidato a deputado nas eleições legislativas de 1987. Integrou os corpos diretivos de várias coletividades locais, designadamente da Associação Desportiva de Lousada. Foi também presidente do Rotary Club de Penafiel.

Relevamos esta semana Rodrigo Fernandes na rubrica “Cidadania”. Homem empático, dotado de uma ironia soberba e capacidade de imitar várias vozes lousadenses, tornou-se um excelente pesquisador e colecionador de documentos sobre Lousada. Tem colaborado com historiadores e instituições lousadenses ao ceder material histórico que auxilia bastante na reconstituição do nosso passado enquanto concelho.

O nosso destaque visa os relacionamentos e os afetos entre os namorados, casais ou companheiros. Com a proximidade do “Dia dos Namorados” e com a crescente violência entre casais, pretendemos auscultar a opinião de jovens e menos jovens sobre esta relação de afetos, que nos deveria produzir bons sentimentos, mas que tem resvalado para uma relação atribulada, muito pouco harmoniosa.

A nossa rubrica “Louzadenses lá fora” continua a dar conhecer os “nossos emigrantes” lousadenses. Nesta edição temos Carlos Manuel Pinto Alves, natural de Silvares, emigrante há 30 anos na Suíça.

Continuem a seguir-nos!

Boa leitura!

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