Alberto Torres, candidato da CDU à Câmara de Lousada
Natural da Senhora Aparecida, Alberto Torres tem 71 anos e apresenta-se como candidato da CDU à Câmara Municipal de Lousada. Com um percurso profissional ligado à Polícia de Segurança Pública, onde se destacou também como dirigente sindical, é uma figura reconhecida a nível nacional. Afirma-se motivado pelo amor à sua terra e pela vontade de contribuir para o desenvolvimento do concelho. Na entrevista ao Louzadense, fala sobre as suas principais propostas, que passam pela juventude, habitação, saúde, mobilidade e desenvolvimento económico.
O Louzadense: Alberto Torres é natural da Senhora Aparecida, onde nasceu há 71 anos. Foi operário de panificação até aos 22 anos, altura em que ingressou na Polícia de Segurança Pública. Serviu em várias esquadras e destacou-se sobretudo como dirigente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, sendo conhecido a nível nacional pelo seu papel sindical. Agora apresenta-se como candidato da CDU à Câmara Municipal de Lousada. O que o motivou a dar este passo?
Alberto Torres: É muito simples. Eu sou natural desta terra e tenho um carinho especial por ela. Apesar de não residir em Lousada há alguns anos, continuo muito ligado ao concelho, passando cá grande parte dos fins de semana. O convite da CDU surgiu várias vezes, mas fui sempre resistindo, sobretudo por ter sido profissional da PSP e sentir que não era ainda o momento certo.
Agora, afastado da polícia e das lides sindicais há cerca de 20 anos, considero que chegou o tempo de me dedicar à vida política. É para mim um grande orgulho, como filho de Lousada, poder desempenhar funções na autarquia, se os cidadãos assim o entenderem.

O Louzadense: Quais são as principais propostas da sua candidatura?
Alberto Torres: O nosso programa é vasto, mas há prioridades que se destacam.
A primeira é a juventude. Não basta sermos conhecidos como um concelho jovem, é preciso criar condições para que os jovens aqui se fixem. Hoje enfrentam trabalho precário, salários baixos e enormes dificuldades para adquirir habitação. Defendemos a criação de uma cooperativa de habitação, apoiada pela Câmara Municipal, que permita disponibilizar terrenos e garantir casas dignas e acessíveis aos jovens.
Outra área prioritária é a saúde. Temos freguesias onde os cidadãos precisam de percorrer cerca de 10 quilómetros para aceder a cuidados médicos. É urgente construir novos centros de saúde em zonas mais distantes e criar uma unidade de cuidados continuados para idosos. Conhecemos casos de pessoas de Lousada que estão a centenas de quilómetros do concelho por falta de capacidade local. Isso é inaceitável e tem de mudar.
O Louzadense: No processo de preparação do programa, houve medidas que gostaria de incluir mas que considerou irrealizáveis?
Alberto Torres: Algumas propostas exigem mais investimento, mas muitas outras dependem apenas de vontade política. Um bom exemplo é a criação do Conselho Municipal de Segurança, que juntaria a GNR, a Polícia Municipal, os Bombeiros e entidades como as associações de comerciantes. Acredito que esse órgão poderia contribuir muito para melhorar a segurança em Lousada.
Outro ponto fundamental é a prevenção de incêndios. Temos um concelho com grande área florestal e precisamos de preparar acessos e infraestruturas antes do verão, para garantir a eficácia da resposta dos bombeiros.
Relativamente a medidas mais complexas, a reativação da linha ferroviária Valongo –Felgueiras é um exemplo. Já existiu, está prevista em planos governamentais, mas nunca saiu do papel. É uma obra dispendiosa, sim, mas fundamental para a mobilidade regional. Defendemos que o governo, com recurso a fundos comunitários, retome este projeto.
O Louzadense: Como perspetiva o futuro de Lousada nos próximos quatro anos?
Alberto Torres: Lousada tem condições para crescer ainda mais. Defendemos que, a curto prazo, se possa até pensar na elevação de Lousada a cidade.
Outro ponto crucial é o das autoestradas. A A4, a A42 e a A11 atravessam o concelho, mas as portagens penalizam trabalhadores e empresas. Defendemos que sejam gratuitas para os residentes, o que ajudaria a atrair investimento, fixar população e dinamizar a economia local.
Queremos também reforçar a formação profissional, através de protocolos com empresas locais, criando um centro de formação para trabalhadores do concelho. Tudo isto permitirá que Lousada cresça de forma sustentável e se afirme como cidade num futuro próximo.
Dez questões de resposta rápida com Sim, Não ou Talvez:
- Lousada deve integrar a Área Metropolitana do Porto?
Alberto Torres: Sim. - Reabertura ao trânsito da Avenida Senhor dos Aflitos?
Alberto Torres: Sim. - Se for eleito presidente, atribuirá pelouros aos adversários?
Alberto Torres: Talvez. - Deixaria a presidência da Câmara por um cargo político nacional?
Alberto Torres: Não. - É a favor da municipalização da organização da Festa Grande?
Alberto Torres: Sim. - É favorável à municipalização dos Bombeiros?
Alberto Torres: Sim. - Transmissão online das reuniões da Câmara Municipal?
Alberto Torres: Talvez. - No urbanismo, defende a criação de mais lojas de comércio?
Alberto Torres: Sim. - Reposição da data do feriado municipal no dia da Fundação da Vila?
Alberto Torres: Sim. - Promover Lousada a cidade?
Alberto Torres: Sim
Comentários