PAULO PINTO, CANDIDATO DO CHEGA À CÂMARA DE LOUSADA
Chama-se Paulo de Jesus Barros Pinto, é coordenador da concelhia do Partido Chega em Lousada. Tem 46 anos de idade, nasceu em Silvares e tem residência na Ordem. É pai de um rapaz de 20 anos, exerce funções como Guarda Prisional há 23 anos. É estudante da licenciatura da Ciências Sociais e Políticas e foi dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) durante dois mandatos.
O Louzadense – Por que se candidata à Câmara Municipal de Lousada?
Paulo Pinto – Sou natural de Lousada, cresci aqui, estudei aqui, fiz amigos e vivi grande parte da minha vida no concelho. Tal como muitos lousadenses, tive de sair para trabalhar noutros lugares, mas sempre mantive uma ligação profunda à minha terra. A decisão de me candidatar nasce desse sentido de pertença e da vontade de retribuir à comunidade o que ela me deu. Para além da ligação pessoal, sinto que há uma necessidade clara de implementar políticas que respondam de forma prática às dificuldades que a população enfrenta. Muitas medidas anunciadas ficam pelo caminho, não chegam a ser aplicadas no terreno ou acabam por não ter impacto real no dia-a-dia dos cidadãos. Quero contribuir para que as políticas deixem de ser apenas discursos e passem a transformar a vida local. Acredito que é possível governar com proximidade, transparência e foco nas necessidades concretas dos lousadenses.
O Louzadense – Quais são as principais medidas que propõe implementar?
Paulo Pinto – Identificamos quatro grandes áreas prioritárias: ambiente, mobilidade, habitação e transparência. Nos últimos anos temos assistido no Ambiente a várias falhas graves na recolha de lixo. Houve situações em que os resíduos ficaram acumulados na rua durante dias, o que é inaceitável e compromete a qualidade de vida e a saúde pública. Queremos rever os contratos de recolha, exigir o seu cumprimento rigoroso e implementar mecanismos de fiscalização que evitem o repetido “empurrar com a barriga” deste problema. O ambiente deve ser encarado como uma prioridade e não como propaganda.
Na mobilidade e transportes, o concelho carece de uma rede de transportes eficaz e adaptada às necessidades reais da população. Muitos cidadãos, sobretudo os que vivem em freguesias mais periféricas, têm enormes dificuldades em deslocar-se para consultas médicas, serviços públicos ou mesmo para aceder ao centro de Lousada.
Quanto à Habitação, Lousada tem registado um crescimento assinalável, mas grande parte da habitação construída não se destina aos lousadenses. O concelho está a tornar-se um dormitório da área metropolitana do Porto, com casas a preços proibitivos. Um casal jovem com um rendimento médio dificilmente consegue adquirir um apartamento que ultrapassa os 250 ou 300 mil euros. Defendemos políticas de incentivo à habitação acessível, através da cooperação com empresas de construção e da criação de condições que permitam fixar famílias cá, sem sobrecarregar o orçamento familiar.
Sobre transparência e participação cívica, é essencial devolver poder de decisão às pessoas. Defendemos a realização de referendos locais em obras de grande impacto e a transmissão online das reuniões da Câmara Municipal, para que todos possam acompanhar e participar na vida política do concelho.

O Louzadense – Há algo que gostava de propor, mas reconhece que é difícil ou mesmo impossível concretizar?
Paulo Pinto – Sim. Um dos projetos mais ambiciosos que gostaríamos de ver concretizado é a criação de uma linha ferroviária ou de metro de superfície que ligasse Lousada a outros concelhos vizinhos e à linha do Douro. Este tipo de solução de transporte permitiria uma ligação rápida e eficaz ao Porto e seria uma revolução na mobilidade da região. No entanto, temos consciência de que se trata de um investimento avultado, tecnicamente difícil e que exige estudos de viabilidade complexos, nomeadamente pela geografia do território. Tendo isso em conta, não podemos prometer o impossível.
O Louzadense – Como antevê Lousada daqui a 4 anos?
Paulo Pinto – Vejo um concelho em crescimento, mas que precisa urgentemente de soluções estruturais para evitar problemas maiores no futuro. Se tivermos oportunidade de implementar o nosso programa, daqui a quatro anos espero que Lousada tenha Melhor mobilidade interna e externa, com uma rede de transportes que chegue a todas as freguesias e com uma circular externa que permita aliviar o trânsito no centro. A construção dessa via será fundamental para evitar o caos que já se sente em zonas como a rotunda dos Gémeos Ferreira, sobretudo nas horas de ponta. Também teremos mais segurança, através de uma polícia de proximidade reforçada e da criação de novos postos em freguesias em crescimento, como Lustosa. Maior dinamismo económico, com parques industriais a funcionar em pleno e a criação de uma plataforma de startups capaz de atrair jovens empreendedores. É fundamental criar condições para que os jovens licenciados não abandonem o concelho em busca de oportunidades noutros locais. Políticas habitacionais justas, que permitam às famílias viverem em Lousada.
Em suma, quero que Lousada seja vista como um concelho atrativo para viver, trabalhar e investir. Um território moderno, mas que não perde a sua identidade nem afasta os seus habitantes. Esse é o compromisso que assumo com todos os lousadenses.
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Louzadense: Agora dez questões de resposta rápida com Sim, Não ou Talvez:
- Lousada deve integrar a Área Metropolitana do Porto?
Paulo Pinto: Sim. - Reabertura ao trânsito da Avenida Senhor dos Aflitos?
Paulo Pinto: Talvez. - Se for eleito presidente, atribuirá pelouros aos adversários?
Paulo Pinto: Sim. - Deixaria a presidência da Câmara por um cargo político nacional?
Paulo Pinto: Não. - É a favor da municipalização da organização da Festa Grande?
Paulo Pinto: Sim. - É favorável à municipalização dos Bombeiros?
Paulo Pinto: Talvez. - Transmissão online das reuniões da Câmara Municipal?
Paulo Pinto: Sim. - No urbanismo, defende a criação de mais lojas de comércio?
Paulo Pinto: Não. - Reposição da data do feriado municipal no dia da Fundação da Vila?
Paulo Pinto: Talvez. - Promover Lousada a cidade?
Paulo Pinto: Talvez.
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