O que sobeja dos longos anos que viveu é, sem qualquer dúvida, a sua alegria iridescente, luminosa; o seu sorriso bonito e acolhedor, radioso e desarmante e as suas palavras suaves, que atenuavam as agruras da vida. Que as teve.
De raízes humildes, apesar dos seus ascendentes terem tido uma linhagem fidalga (Casa De Além – Meinedo, Casa da Lama – Lodares, etc.), esforçou-se, e muito, para se alcandorar ao estatuto de quem alcançou o desafogo material. Nada lhe caiu do céu. Apenas, ousou e venceu.
Pelo caminho deparou com obstáculos, próprios de quem luta por uma vida melhor para os seus descendentes. Houve um que a marcou para toda a vida: o desaparecimento de Rui Pedro, seu dileto neto (meu 2º sobrinho). A dor rasgou-lhe a alma, mas foi perseverante e continuou a caminhada com denodo.
Veio o declinar e os achaques da vida. E ontem, 10 de dezembro, partiu: uma violenta gripe (tipo A) apagou-lhe a chama e a alegria de viver. Hoje, 11 de dezembro cumpriu-se o seu funeral, por entre gotas de inverno dos filhos, dos netos e bisnetos e demais família, amigos mais próximos e de longa data.
Rosa Maria Ribeiro da Silva, minha irmã, nasceu a 1 de agosto de 1941 e foi batizada a 31. Teve como padrinhos Francisco Soares de Moura e Rosa da Silva Soares de Moura, seus tios-avós. E casou a 18 de maio de 1963, com José Teixeira, tendo sido seus padrinhos Francisco Cândido Carvalho Pinto Coelho Soares de Moura e Maria Emília Gonçalves de Carvalho, senhores da Casa da Mulra (Bitarães-Paredes).
Era filha de Joaquim Ribeiro da Silva e Rosa Amélia [Soares de Moura], neta paterna de José Ribeiro da Silva e de Maria Jesus da Conceição. Neta materna de Luís da Silva Soares de Moura (Casa de Além) e de Lucinda Augusta Pinheiro Soares de Moura Casa de Campos – Boim), bisneta de Augusto Soares de Moura e de Maria de Jesus Silva e trineta do Doutor Francisco Soares de Moura (Casa da Lama, onde nasceu, e Casa De Além ou de Romariz, de que foi senhor) – foi presidente da Câmara e administrador do concelho de Lousada, na década de oitenta do século XIX –, e de D. Emília Leopoldina de Magalhães Peixoto (Casa de Vilar-Lodares, onde nasceu, e foi senhora da referida Casa de Além).
Ficam a chorar, a sua ausência definitiva, dois filhos (Filomena e Carlos Teixeira), três netos (Carina Mendonça, pediatra; André Teixeira, engenheiro informático e Miguel, designer) e dois bisnetos (Clara de 2 anos e Henrique, nascido a 18 de setembro de 2025).
Até sempre, Rosinha.
Diário, Lodares, 11 de dezembro de 2025
José Carlos Silva













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