
A festa em honra de Nossa Senhora do Amparo, em S. João de Covas, também conhecida por Pascoela ou Pascoelo de Covas, está de volta após dois anos de ausência. Ainda assim as dificuldades são muitas devido à incerteza vivida nos últimos meses. “Só há algumas semanas é que tivemos a certeza da realização da romaria”, afirma o presidente da Comissão de Festas, Hélder Oliveira.

Este empresário de 41 anos, lamenta a falta de condições para a angariação de mais dinheiro, mas ainda assim declara que as finanças estão controladas e que a festa se vai fazer por cerca de 22 mil euros. “A maior fatia do orçamento vai para a artista principal da festa e o fogo-de-artifício também leva uma das maiores quantias”, revela o líder dos festeiros.
“Por causa da pandemia não fizemos o magusto, nem a festa de Natal e por causa de um falecimento não fizemos o leilão de oferendas que estava previsto, o que tornou mais difícil organizar esta a festa”, sublinha Hélder Oliveira.
“Apesar disso, a freguesia tem contribuído com donativos na medida das suas possibilidades e fomos ajustando as nossas expectativas à realidade e tudo se vai compor. Uma das principais fontes de receitas devia ter sido o bar da comissão de festas, mas só foi possível tê-lo a funcionar durante 3 meses, nomeadamente com a organização de um porco-no-espeto”, afirma.

Além do presidente, a comissão de festas é composta por Orlando Pacheco, Tiago Ribeiro, Joel Queirós e Hélder Ribeiro. O mordomo da romaria é Bruno Coelho e os juízes são Diana Mota e José Silva.

Baloiço Panorâmico promete ser atração regional
Uma das mais recentes novidades na freguesia é o baloiço panorâmico, que está a ser instalado no alto do Monte de Nossa Senhora do Amparo, com uma vista prodigiosa para o Vale Mezio, facto que promete fazer deste empreendimento uma verdadeira atração regional.
A obra foi ideia do marceneiro e entalhador Francisco Ribeiro, que teve a colaboração de mais pessoas, assim como da Junta de Freguesia de Covas e da Câmara Municipal de Lousada. O Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia (nova designação da Comissão Fabriqueira) teve um papel fundamental nesta iniciativa, pois é seu o terreno onde a obra está a ser instalada
Para já, foi implantada a estrutura em madeira, faltando os baloiços, o piso, diversos acabamentos, assim como o seguro e respetivo certificado, que é preciso fazer e que está contemplado no protocolo assinado entre aquelas entidades envolvidas nesta obra.

Grupo de bombos feminino “Amigas da Terra”
Um dos poucos grupos femininos de bombos portugueses tem sede em Covas e chama-se Amigas da Terra. A presidente, Lola Ferreira conta-nos como tudo começou: “o grupo nasceu da ideia da comissão de festas de 2017, que organizou uma noite de bombos, onde me pediram se eu juntava algumas mulheres, para aparecer de surpresa a tocar. Aceitei a ideia e lá apareceram a mulheres, em cima de um camião. Como gostaram da experiência, pediram para fazer uma brincadeira para o leilão das festas. Também aceitamos e fizemos umas marchas parecidas com aquilo que se fazia antigamente. A coisa correu tão bem que a mesma comissão convidou para ser o grupo a «tirar a procissão». Ai já estavam a falar de coisas mais sérias e tive algum receio”.
Esta dirigente das “Amigas da Terra” explica que enfrentaram esse desafio com a ajuda “de um amigo que é músico, o Eugénio Alves, e ele com a sua sabedoria e boa vontade lá nos preparou para corresponder ao que nos foi pedido”.
“Entretanto o povo da terra dizia que devíamos continuar, que era pena acabar e eu falei com alguns empresários da freguesia, com o presidente da altura do Centro Cultural e Recreativo de Covas (CCRC), e com o presidente de Junta. Todos abraçaram a ideia e com o apoio de todos decidi seguir em frente com a ideia do grupo”, acrescenta Lola Ferreira.
O grupo é constituído por 22 elementos, com idades entre os 6 e os 60 anos e tem uma direção formada por nove elementos.
“Ensaiamos uma vez por semana no salão paroquial de Covas e quando é necessário temos a ajuda desse grande amigo Eugénio Alves”, salienta.
O grupo criou a própria associação, mas inicialmente ficou associado ao CCRC. “Hoje já temos a nossa associação, que se chama GRUPO DE BOMBOS FEMININO AMIGAS DA TERRA, que é formada só por mulheres, de várias freguesias e concelhos, mas todas com ligações a Covas”, declara.

O programa de atuações para os próximos tempos já está bastante recheado. “Vamos atuar na festa da nossa terra, dia 1 de maio, no dia 3 de junho vamos estar em Lustosa, no dia 11 Junho vamos a Ermesinde e no dia seguinte atuamos em Vila Nova Cerveira e no dia 26 de junho vamos estar em Penafiel. Estão sempre aparecer convites, mas infelizmente não podemos estar em todos”, conclui Lola Ferreira.
Romaria é uma estreia para o padre António Teixeira
O pároco de S. João Evangelista de Covas (assim é o nome oficial da freguesia), vai estrear-se na romaria em honra de Nossa Senhora do Amparo. O reverendo António Teixeira substituiu o pároco anterior, Manuel Luís, em 2020 e por causa da pandemia ainda não viveu este momento especial da freguesia.
“É uma romaria que, no geral, é como todas as outras, com a componente pagã e com a componente religiosa, e que tem a especificidade de celebrar a mãe de Jesus, que o ampara na descida da cruz”, diz o pároco ao nosso jornal.
Os atos religiosos mais importantes da romaria são “a celebração da Eucaristia no domingo às 11:15 horas, na capela e a procissão às 18 horas, depois do terço que é rezado às 17:30 horas”, refere o padre António, que é natural de Felgueiras.
Referindo-se à realidade paroquial de Covas, o pároco afirma que “a pandemia deixou em suspenso muitas ideias e ações, mas aos poucos vai-se recomeçando e em termos de planos para a paróquia nota-se que a igreja precisa de certos restauros e que o salão paroquial ainda não está concluído, assim como a capela de Nossa Senhora do Amparo também começa a precisar de certas reparações”.

Equipa de bilhar e grupo de dança no CCRC
O Centro Cultural e Recreativo de Covas (CCRC) faz 42 anos no dia 1 de Maio e está com uma pujança digna de registo. Recentemente o grupo de bombos deixou de fazer parte da coletividade, mas entretanto o CCRC criou novas atividades.
O presidente é Ilídio Ferreira, que embora sendo um dos mais antigos dirigentes de Covas, lidera uma direção jovem. “Eu desafiei alguns jovens para tomar conta disto e eles disseram que vinham se eu assumisse a presidência e assim foi”, conta o principal responsável do CCRC.
Uma das novidades foi a criação do grupo de dança, orientado pela instrutora Daniela Nunes, que ensaia os adultos à quinta-feira das 21 às 22 horas e as crianças à sexta-feira das 19 às 20 horas.
“Outra inovação é o Clube de Bilhar, que é chefiado pelo Luís Ferro e o objetivo principal é a criação de uma equipa para participar em competições”, revela Ilídio Ferreira.
O jogo de cartas “Sueca” continua a marcar presença animada em muitas coletividades locais e no CCRC isso também acontece. “Começou em Março um torneio que vai prolongar-se quase até ao início do Verão, no qual inscreveram-se 16 equipas, o que nos deixa bastante satisfeitos”, diz o presidente.
Para o dia 14 de Maio está agendado um evento inovador na coletividade. Trata-se da primeira feira de papas de sarrabulho, que vai decorrer das 15 às 24 horas, com animação musical e diversas atividades. A participação custa 8 euros e dá direito a 1 prato de barro, uma sopa, 1 sandes e 1 bebida.

Presidente da União de Freguesias Figueiras e Covas revela que a “A obra de sonho está em vias de ser concretizada”
Nado e criado em Covas, Fernando Magalhães é um autarca que vive com especial entusiasmo a sua função e assegura que “dou tanta atenção a Figueiras como a Covas e a prova disso, se tal fosse necessário, é que o rancho folclórico, que está a nascer, tem a designação das duas freguesias”.
Esta é uma das várias revelações que o presidente da União de Freguesias nos fez, adiantando que “os ensaios já começaram, realizam-se na junta de Figueiras, aos sábados à noite e a associação também já está criada e chama-se Danças e Cantares de Figueiras e Covas”.
Sonhos e projetos fazem as alegrias e o propósito de um autarca e nesse âmbito Fernando Magalhães confessa que o seu maior sonho em relação a obras para Covas está “a ser projetado e vai ser uma realidade”, revelando que trata-se “da construção da escadaria que liga o Cruzeiro ao alto do Sagrado Coração de Jesus, com cerca de cem degraus”.
Outra obra também importante é a estrada de ligação entre o infantário e o lugar de Casas Novas, que “vem melhorar substancialmente o panorama rodoviário da freguesia”, sublinhou o autarca.
Nesta conversa não podia faltar o assunto do baloiço panorâmico, que “está a nascer e ainda vai dar muito que fazer, nomeadamente no arranjo urbanístico que está previsto para aquele local”, referiu. “É uma bonita obra do Francisco Ribeiro, do Casimiro Sousa e outros, que tiveram a ideia e executaram o baloiço, que será uma mais-valia muito importante para a freguesia, mas como se costuma dizer, o menino ainda está a nascer e muito haverá a fazer até todo o contexto estar pronto”, sublinhou.
Relativamente à relação da sua autarquia com o Município de Lousada, Fernando Magalhães afirma que “embora sendo de partidos diferentes, temos relações normais e tanto assim é que tenho muito gosto de ir na procissão da festa de Nossa Senhora do Amparo ao lado do presidente da Câmara, a quem enderecei o convite com muita honra orgulho”.

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