É lamentável o caminho pelo qual o PS representado na União de Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga enveredou, de falta de seriedade e de demagogia, fazendo afirmações bombásticas sem o mínimo fundamento, tentando com isso enganar as pessoas.
Para além disso, o PS fez letra morta das explicações que o Sr. Presidente de Junta teve oportunidade de dar às questões colocadas na última assembleia de Freguesia.
Refira-se, a propósito, a forma exemplar como o fez, de forma exaustiva e com total cordialidade, não deixando nenhuma questão por responder.
Apesar disso, o PS transcreveu para os jornais o discurso que levava preparado, sem perceber que tinha feito uma análise enviesada de alguns factos e números.
Ao abrigo do direito de resposta e em abono da reposição da verdade dos factos, cumpre aos membros do PSD da Assembleia de Freguesia, tecer as seguintes considerações:
- A principal preocupação do PS não são claramente as pessoas, quer as suas necessidades, quer os seus anseios e espectativas para a resolução dos seus problemas. O que preocupa o PS é se a Junta tem ou não um inventário de bens. O sr. Presidente explicou que o inventário está em construção, sendo um processo moroso e que tem a certeza de que serão poucas as juntas que o terão completamente concluído e que nem a Câmara o tem finalizado. Deixou, contudo, a promessa que, na assembleia de abril, ele será apresentado com as devidas valorizações.
- Relativamente aos subsídios para as associações, o PS tem vindo a defender que se deve “despejar” dinheiro nas associações, quem sabe até colocar a Junta a substituir-se ao trabalho dos dirigentes associativos. Pois, o PSD respeita muito as associações e reconhece o trabalho meritório, voluntário e dedicado dos dirigentes que engrandecem as associações e também as freguesias onde se inserem. Mas, contrariamente ao PS, somos contra todas as tentativas de politização ou partidarização das associações, fazendo delas quartéis generais ou sedes partidárias e espaço de combate político, quer seja à Junta, quer seja à Câmara, o que infelizmente tem vindo a acontecer com alguns membros do PS na assembleia de freguesia. Quanto aos apoios às associações e às transferências de verbas para as associações, como explicou o Sr. Presidente, elas ocorrem num calendário que seja sempre favorável a ambos e dentro das disponibilidades da Junta. Nunca uma associação ficou sem o apoio prometido, devido e merecido, pese embora possam acontecer alguns atrasos, ou noutras ocasiões um adiantamento em função de necessidades especiais. Também o PSD gostaria que esse valor fosse maior, mas o apoio da Junta às associações não tem sido apenas financeiro, mas também em materiais, logístico, cedência de instalações, empréstimo de carrinhas, mão de obra, etc, que a oposição não quer ver e que ultrapassam mais de cinco mil euros.
- O PS, mais uma vez, tem andado desatento. Em primeiro lugar, o Orçamento Participativo não fez parte do programa eleitoral do PSD às últimas eleições, porque a experiência que tivemos em termos participativos, no mandato anterior, ficou aquém do que esperávamos e por isso o processo foi suspenso. O PSD não governa “ao faz de conta”. O interessante é que já começa a ser um hábito o PS tornar suas as ideias e as bandeiras do PSD, sem que também as tenha incluído no seu programa eleitoral. O PSD e esta Junta de Freguesia ouvem as pessoas todos os dias, com ou sem orçamento participativo, não para “fazer de conta”, mas para resolver os seus problemas, o que está à vista de toda a gente, pelo trabalho realizado. E contrariamente ao PS, o PSD não “envenena” as pessoas com demagogias e mentiras. O PSD pauta a sua ação por um diálogo franco, no respeito pela liberdade das pessoas. E sim, o Orçamento Participativo Associativo é uma medida do programa do PSD que está neste momento a ser trabalhado com as associações, sem politiquices. Pena é que aqueles que defendem a participação e a “atenção nestas e noutras iniciativas que dizem respeito às quatro freguesias, nomeadamente junto das Associações Locais”, tenham vindo a criar “forças de bloqueio” e que, de uma forma clara e ostensiva, usem as associações onde militam para quartel general de combate político.
- O PSD ficou realmente esclarecido com o grau de
impreparação do PS para governar uma Junta de Freguesia como esta União que
junta 4 freguesias. Começa a ser esclarecedora a forma leviana como o PS na
oposição olha para a gestão de uma Junta. Mas vamos por partes:
- Numa das últimas assembleias, o Sr. José Ventuzelos veio propor transportes gratuitos para todas as crianças do JI e do Primeiro Ciclo. Se os custos com gasóleo, oficinas, motoristas, aquisição de carrinhas, etc já ultrapassam em mais de 60% as receitas obtidas, então não sei como iria gerir uma Junta, sendo que nessa circunstância não haveria família que não solicitasse o transporte, vivesse ou não na União de Freguesias (das mais de 500 crianças, mais de um terço são de fora da União de Freguesias). Primamos por um serviço de qualidade e responsável e por isso não embarcamos na demagogia de que tudo pode ser gratuito.
- Ainda por cima é um contrassenso vir contestar os gastos com gasóleo (21 mil euros), pagos no ano de 2018, e de forma demagógica compará-los com Juntas de Freguesia mais populosas. O PS quer atirar areia para os olhos das pessoas, já que o Sr. Presidente da Junta foi claro, ao explicar que parte significativa desse valor refere-se a faturas do ano anterior, cujo valor transitou para pagamento no ano de 2018. Ou seja, se olharmos para os anos anteriores, em 2016 foram pagos cerca de 16 mil euros, em 2017 foram pagos apenas 12 mil euros e em 2018 os tais 21 mil euros. Qualquer um percebe que há cerca de 4 mil euros cujo pagamento não aconteceu em 2017, tendo passado para 2018. Valores aliás em média com a União de Freguesias vizinha de Cristelos, Boim e Ordem, que tem gasto na ordem dos 16 mil euros e com o mesmo número de carrinhas. E então porque gastam pouco gasóleo as Juntas de Penafiel, Paredes e mais uma centena delas, mesmo com mais habitantes? Porque na maioria delas fazem contratação de transportes a empresas externas, sendo a rúbrica dos transportes ou alugueres a que certamente terá valores mais altos. Será assim tão difícil de compreender?!
Em conclusão, o PSD não pactua com a postura incorreta, demagógica e de total leviandade com que o PS exerce a oposição nesta União de Freguesias. Aqueles que votaram PS nas últimas eleições não merecem este tipo de postura que se pede que seja elevada, positiva e na defesa acérrima de projetos, ideias e trabalho sério, o que muito raramente tem acontecido. Que fique claro que o PSD não envereda pela mesmo diapasão e alerta os eleitores para o tipo de oposição “bota abaixo” a qualquer preço e para a impreparação que o grupo do PS tem mostrado nas assembleias de Freguesia e não só.
PSD – Assembleia de Freguesia de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga
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