O Garante da Gestão – Por Assunção Neto
Um veículo de realização e afirmação da Mulher no mercado laboral é tal-qualmente o empreendorismo. Fomentar o empreendedorismo feminino além de importante, funciona também como autoemprego feminino, sendo um instrumento fundamental para a progressão social individual. Não obstante, uma forma de combater a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Sendo que, em Portugal, as mulheres ganham em média menos 14% do que os homens. Continuam, inaceitavelmente, a receber salários, em média, mais baixos e a ter menos oportunidades de receber melhores salários, ausente no geral de qualquer explicação realista, e afastada de qualquer caminho de inversão. É explicado porque as mulheres ganham menos pelo mesmo trabalho, só por serem mulheres? Será discriminação? Uma extensa investigação em muitos países revela que, a discriminação apenas explica uma parte do fosso salarial, praticamente nada diz sobre as verdadeiras diferenças entre estes. No entanto, em contramão, e frequentemente para a fotografia, ouve-se a expressão: Trabalho Igual, Salário Igual. Portugal adotou inclusive uma lei para promover a igualdade de remunerações entre homens e mulheres, e desenvolveu um instrumento, o Barómetro das Diferenças Remuneratórias entre Mulheres e Homens, porém ainda aquém.
A história em Portugal é semelhante à de muitos países. Até há pouco tempo, a maioria das mulheres, não trabalhava fora de casa. Se recuarmos à década de 50 não existiam muitas mulheres a trabalhar, e as que trabalhavam não tinham a mesma formação que os homens. Não tinham concluído estudos superiores, não tinham as mesmas qualificações. Contudo, em apenas algumas décadas, uma vaga de mudança começou a desenhar-se. Hoje, temos mulheres em todos os sectores profissionais, começaram até a superar os homens na formação superior e atualmente, a maior parte dos fatores de disparidade salarial diminuíram.
A par de algumas barreiras, como a maternidade, o cuidar da família, na gestão de pequenos e médios negócios, gerir no feminino significa uma maior dificuldade, principalmente devido ao sistema de valor imposto pela nossa sociedade. Avulta que, a falta de tradição das mulheres em serem empresárias e empreendedoras acaba por provocar alguns constrangimentos na abertura às suas ideias e iniciativas. Em Portugal, como em muitos outros países, as mulheres ainda sofrem alguma discriminação social e empresarial que prejudicam o seu estatuto e possível afirmação no mundo laboral. Apesar de os níveis de qualificação das mulheres serem mais elevados do que dos homens, a sua relação com o mercado laboral é mais instável, o que leva muitas vezes à decisão de criar o seu próprio posto de trabalho. Para além das diferenças salariais, existe ainda uma discrepância no que concerne à atribuição de cargos dirigentes, tendo em conta o género, ficando assim, o elemento feminino residual neste tipo de cargo. É de importância notar que, o empreendedorismo feminino, sobretudo no setor da inovação e da tecnologia, contribui para a criação de mais postos de trabalho e melhores empregos e, desperta a economia nacional.
A necessidade de promover a igualdade de género deve ser encarada como uma pré-condição para o crescimento económico, o emprego e a coesão social, quando aplicável. Tende estes últimos anos existir um aumento de equilíbrio entre os números de homens/mulheres que iniciaram atividade por conta própria. Contudo, o perfil geral de mulheres empreendedoras está compreendido na faixa etária entre os 35 e 50 anos, com nível educacional superior e abrangendo pequenos negócios, iniciados com baixo capital financeiro.
As mulheres demonstram, cada vez mais, capacidade de empreender, inovar e desenvolver grandes negócios.
É necessário lutar contra as estruturas de machismo e misoginia que ajudam a manter o mercado como ele tem sido há séculos.
Todos podemos fazer mais pela Mulher, um ganho na sociedade!
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