No término da década de oitenta (1989), o Ministério da Educação lançou o projeto: «Uma Escola – Uma Empresa». Este obedecia a uma ideia: fomentar o mecenato cultural. Os empresários de Lousada, no seu todo, apoiaram o projeto de forma entusiástica. O coordenador deste projeto, de âmbito nacional, foi atribuído ao doutor Braga da Costa – figura determinante para o êxito desta inovação educativa. O êxito foi absoluto: todas as escolas do concelho foram brindadas com um ou mais mecenas.
A Escola de Figueiras beneficiou de uma extraordinária, espetacular; humana e única mecenas – Dona Maria José (Frutas Costa). A mecenas nasceu em Figueiras, a 23 de julho de 1949; casou a 16 de março de 1976 com o senhor Manuel Costa e faleceu a 16 de maio de 2020, para grande consternação de todos os Figueirenses, em especial das crianças. Foram longos 31 anos de doação e generosidade. A Eterna Madrinha fez jus ao compromisso a que se tinha proposto: tornar as crianças de Figueiras em sorrisos. Foi sempre uma madrinha presente e generosa; inigualável e única e de uma humanidade fora comum.

O seu sorriso mavioso, o amor que sempre demonstrou a Figueiras, era visível na felicidade com que abraçava as crianças. Contudo, tornou-se especial pelo facto de ser a única que nunca deixou a condição de madrinha, enquanto as outras escolas do concelho viram-se sem o precioso mecenas, Dona Maria José continuou a fazer sorrir os alunos de Figueiras. Mais: nunca esqueceu os docentes e as assistentes operacionais. Uma Grande Senhora.


Mas o mecenato não cessou, as crianças de Figueiras continuam a receber o sorriso da Eterna Madrinha, pois o seu filho, o senhor Filipe Costa abraçou o compromisso de sua mãe, dando continuidade a tão belo e precioso legado, para alegria de todos. Urge a demais homenagem de Figueiras (Junta de Freguesia) e da Câmara (Executivo e Assembleia Municipal).
Presumo que posso dizer – em nome de todos os Figueirenses: Obrigada Eterna Madrinha.

José Carlos Silva
Professor / Historiador
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