O que se passa com Lousada?
Lousada passou do 71.º para o 138.º lugar no Ranking Municipal Português. Esta é a posição global, num ranking que engloba quatro dimensões: governação, serviços ao cidadão, desenvolvimento económico e social, e sustentabilidade financeira.
Lousada baixou em três dessas dimensões, mas as que causam maior preocupação são a sustentabilidade financeira (252.ª posição) e o desenvolvimento económico e social (149ª posição), uma no final da tabela e a outra a meio, respetivamente.
Executivo não tem conseguido atrair investimento
Para aferir o desenvolvimento económico e social, que conta 30% no ranking global, foram tidos em conta os seguintes parâmetros: crescimento da população, valor acrescentado das empresas (bruto), poder de compra e taxa de desemprego. Esta posição confirma aquilo para que o PSD Lousada tem vindo a alertar: Lousada não tem capacidade para atrair investimento e os rendimentos das famílias são muito baixos, resultado da falta de qualificação da mão de obra. É urgente, por isso, encetar uma política audaz e sólida de captação de investimento e qualificação. Não podemos desperdiçar a posição geográfica privilegiada e os bons acessos
É isto que devia preocupar os socialistas Lousadenses. Incapazes de escrever um argumento para o futuro, resignam-se com o filme do presente e teorias da divisão e da conspiração fantasiosas para regozijo da sua imaginação.
Boas contas ou contas bem feitas?
A sustentabilidade financeira também é preocupante. Para os cidadãos lousadenses, que estão fartos de ouvir falar em boas contas por parte do executivo, causa certamente estranheza que o município ocupe a 252.ª posição, estando na cauda do ranking. Mas a verdade é esta!
Neste domínio, são tidos em conta os seguintes aspetos: rácios operacionais, gastos do município com funcionários per capita, despesa do pessoal do município dividida por número de residentes, rácio corrente de receita e despesa corrente e o que resta, receita municipal por habitante, dados do endividamento, a evolução da dívida e sua variação per capita, rácio de investimento e despesa de capital. Sobre os aspetos elencados, é público que o PSD Lousada já mostrou a sua preocupação, tantos nas reuniões de câmara como nas assembleias municipais. O PSD não quer “uma casa sem rei nem roque”, em que as somas e as subtrações são bem feitas, mas sem acautelarem o futuro dos lousadenses. As “boas contas” apregoadas soam, assim, como bazófia aos ouvidos dos lousadenses! Incham-se os egos, passeiam-se as vaidades, mas o certo é que Lousada continua a caminhar devagar, à sombra de um ou outro evento que venha à rede.
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