Samuel Correia, além de ser o presidente da Comissão de Festas em honra de Nossa senhora do Avelar, também é o líder da Associação Recreativa e Cultural de Pias (ARC Pias), tendo tomado posse em novembro do ano passado.
A sua ligação à Associação começou num momento feliz, que lhe mudou a vida: “Esta associação para mim é especial, pois na primeira vez que vim ver aqui um jogo de futebol, ainda o campo era em terra, jogava o Pias contra a equipa do Aveleda, localidade onde residia na altura. Acabei por ficar cá, simpatizei e criei raízes, pois foi aqui que conheci a minha esposa, a Susana Marina. Eu vim como apoiante do Aveleda e, como o velho ditado diz, vim ver a bola e acabei por ficar”, conta-nos, com satisfação.
A ARC Pias nasceu em 1981, por iniciativa de um grupo de amigos e já teve inúmeras atividades, destacando-se na área cultural e desportiva, com as danças de salão, o teatro e o futebol de cinco.
O desafio da presidência aconteceu com naturalidade: “Pelos motivos que referi, esta é uma associação que honro e de que gosto muito. Já estive noutras direções anteriormente, já fui vogal e secretário. Nestes últimos dois mandatos, estava completamente desligado, mas continuei sempre a dar o meu apoio. Agora surgiu este desafio, lançado pela antiga direção, que continua comigo. Eu assumi a presidência, mas não é fácil gerir uma associação. Temos apoios camarários, mas são valores baixos, pois não temos equipas federadas, por isso não temos seguros, entre outros subsídios”.
Quando questionado sobre o atual momento da coletividade, Samuel refere que estão muito “parados” e que são vários os projetos com os quais pretende avançar, realçando no teatro as parcerias que a Associação tem atualmente, com as quais o espaço ganha vida: “Temos o auditório ali em baixo com cerca de cem lugares. Neste momento, temos um protocolo. De forma a que o espaço não fosse morrendo, fizemos uma parceria como teatro Vidas em Cena, que organizou um festival de artes, o PI’Artes, que foi um sucesso, com casa cheia várias vezes. Assim, esse espaço não morre. Além deste auditório, temos um bar e um salão de jogos, que está à exploração. Do outro lado, também está à exploração, entregue a uma academia de estudo, onde estão diariamente para cima de cem crianças”.
Requalificação do Ringue desportivo é uma prioridade
Quanto a projetos para o futuro, o responsável mostra-nos as instalações desportivas, o ringue: “Este projeto já deveria estar numa fase final, nomeadamente as obras da parte exterior do ringue, onde todo o muro de betão será demolido e será construído um muro pequeno, o qual levará uma rede, com três ou quatro metros para cima, servindo de suporte para as bolas”, explica, falando ainda da reparação das bancadas, obra que já iniciou. É necessário também preparar o piso para jogar: “Eu ainda fiz o pedido para se colocar relva sintética, mas o que me disseram é que iríamos ficar presos apenas ao futebol com esse piso. Foi decidido preparar um piso emborrachado para praticar outros desportos, como o basquete e o voleibol”, refere.
A ambição de Samuel era maior, gostaria que aquele espaço tivesse uma cobertura, um sonho difícil de concretizar atualmente: “Começo a ver isso muito difícil, pois as obras da cobertura ficaram paradas de um momento para o outro. Sei que neste momento não é possível o licenciamento, não sei se é por causa das residências à volta do ringue. Pedro Machado disse-nos para pensarmos em tudo menos na cobertura. A parceria com a Câmara e com a Junta é preparar um piso emborrachado para começarmos a ter novamente desporto nesta associação”.
Com cerca de duzentos sócios inscritos, mas com poucos com as quotas em dia, Samuel Correia pretende que as pessoas voltem à vida da Associação, para a ajudar. Atualmente, a situação financeira é estável.
O principal objetivo é continuar com a parceria com a Associação de Teatro Vidas em Cena e, no futuro, apostar mais no desporto: “Estamos gratos pela ajuda que nos dão na divulgação da Associação. E quem sabe, após termos isto preparado a nível de exterior, criar uma equipa de futebol e desafiar outras equipas, cativar as crianças e começar com a formação, por exemplo”, desafia.
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