Adão Moreira, presidente da Junta de Freguesia de Caíde de Rei, referiu ao nosso jornal que está prevista a construção de um hotel e um centro comercial na sua freguesia. Segundo o autarca, este investimento prevê a contratação de cerca de 400 trabalhadores. Apuramos também que deu entrada um projeto para a construção de outro hotel, de grande dimensão, na mesma freguesia, tendo, segundo as nossas informações, perto de quinhentos quartos. Questionamos Pedro Machado, presidente da Autarquia, sobre a importância destes possíveis investimentos e de outros similares.
Que projeto é este que envolve um centro comercial e a construção de um hotel?
Não tenho conhecimento desse projeto. Há de facto uma ideia de um projeto de hotelaria, mas tenho um compromisso de não falar antes do tempo. Não vou acrescentar mais que isto.
Em relação ao outro projeto, referido pelo presidente da junta, não estou a ver o que seja. Posso referir que o Município está a preparar uma candidatura para um aviso das áreas de acolhimento empresarial, numa parceria com dois proprietários de terrenos da Zona Industrial de Caíde para se fazer um projeto, a criação de uma área de acolhimento empresarial em Caíde, de cerca de 10 hectares. Depois, poderá haver projetos privados que a gente nunca sabe se são para avançar. Poderá não ser um projeto, poderá ser uma ideia. Desconheço, ninguém falou comigo sobre isso.
Não acha estranha esta divulgação sem o seu conhecimento?
Se ele o disse, lá terá as razões para o ter dito. Certamente não iria inventar. Há muitas ideias, há outras ideias com outros projetos, e não vale a pena falar delas, pois não sabemos se são ideias fortes e se vão mesmo avançar. Não sei, pois não conheço os pressupostos desse projeto.
Sobre o outro projeto, para um hotel com mais de quatrocentos quartos, já entrou na autarquia?
Ainda não entrou, mas está para entrar.

A ser aprovado, será um projeto interessante para o concelho?
Claro que sim, para o concelho, para a região e até para o país. Não vou adiantar mais que isto. A seu tempo, espero falar mais sobre esse projeto. Até estar bem assente, não devo falar dele. Julgo que ainda este ano vamos ter novidades a esse nível.
Sobre este prédio que está em construção ao lado da autarquia, a conclusão da sua construção tarda…
É verdade. Tenho insistido todos os meses com o promotor. A dificuldade era encontrar empreiteiros disponíveis para fazer a obra. A informação que tive na semana passada é que já estará resolvido esse problema. Já terão entregue a obra ao empreiteiro e vão agora pedir a emissão do alvará, para dar início a esta obra. Espero que seja desta vez.

Não me sinto enganado, mas fiquei desiludido, pois pensei que este problema estaria resolvido bem mais cedo. Há cerca de três anos, tive uma conversa com o promotor, disse-lhe que a Câmara não poderia condescender mais com este problema. Teria que haver uma solução para o edifício e, no limite, teríamos que adotar medidas mais gravosas, sendo certo que esse tipo de situações poderia andar nos tribunais durante muito tempo. No entanto, o promotor demonstrou vontade em avançar. Tivemos agora esta notícia muito recente. Vamos ver se é desta.
A rua de Santo António poderá perder a sua identidade com novas construções?
Não estamos a falar de edifícios protegidos, classificados e, por isso, a câmara não tem ao seu dispor nenhum instrumento que possa obrigar os proprietários a recuperarem as casas conforme elas estão. É evidente que podemos sensibilizar e é isso que temos feito. Há já um projeto aprovado. Sabemos que o edifício vai manter os mesmos traços, e acredito que os próprios proprietários poderão ter esse interesse em manter os traços históricos da rua. É uma rua diferente das outras, que tem características peculiares, até pela sua antiguidade. Tem potencial, que pode ser aproveitado pelos proprietários. Cada vez mais as pessoas estão sensibilizadas por esse efeito, há até incentivos para isso.
O sonho de um hotel em Lousada poderá tornar-se uma realidade
Durante o Festival Vila, abordamos a vereadora do turismo, Cristina Moreira, sobre a possibilidade de Lousada ter um hotel de grandes dimensões. Veja o que diz a vereadora sobre o assunto.
Tem conhecimento da possibilidade de Lousada poder ter um Hotel com mais de quatrocentos quartos?
Essa notícia ainda não é um facto. O projeto está na câmara. Eu só espero que seja aprovado o mais depressa possível, e que o hotel seja construído. Isso ainda leva algum tempo, mas dá-nos a hipótese de termos os tais três anos para os cursos profissionais nessa área. Também dá tempo para existirem ações e atividades à volta para enriquecerem a vida do Hotel.
É um investimento importante para o concelho?
É mais que a cereja do topo de bolo! Se aquele hotel vem para cá, até pode potenciar outros. Esse hotel é a prova de que é possível realmente a área de turismo ser uma área mais séria e uma aposta de empregabilidade, para que aquelas pessoas que estão a sair de outros setores possam requalificar-se para este. E para que os nossos jovens possam ter uma área de oportunidades.
Ter este espaço era um dos seus objetivos. E agora fala-se de dois hotéis…
O hotel tem uma máquina agressiva a nível comercial. Nós vamos ter aqui realmente uma ajuda muito grande para promover Lousada. Se tivermos aqui um trabalho em rede, uma prova de vinhos numa quinta, o Jazz aqui, uma caminhada, uma prova de hipismo, teatro, música… Há sempre algo diferente para aproveitar.
Será sem dúvida uma forte aposta. O turismo em Portugal está na moda. Todas as sinergias são possíveis e, se existir a possibilidade de um centro comercial, tal não prejudicará o comércio tradicional.
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