Joaquim Valinhas: grande impulsionador do hóquei em Lousada

É um autodidata, leitor compulsivo, gosta de escrever e conhece meio mundo. Aprendeu a falar fluentemente francês sozinho. Homem das letras e dos números, cultiva a alma e o corpo, tendo estado na origem do hóquei em Lousada. Falamos de Joaquim Valinhas.

Joaquim José Valinhas da Silva Vasconcelos nasceu em 1943 em Unhão, uma freguesia de Felgueiras, que, no passado, integrou já o concelho de Lousada. O seu visavô materno, Vasconcelos, era proprietário da Quinta Valinhas, onde nasceu. Apesar de o berço ter o nome Valinhas, não é à Quinta que deve um dos seus sobrenomes. “O meu pai era de Espanha e tinha o nome Valinhas. Eu nasci na quinta com o mesmo nome. Foi uma coincidência incrível”, explica. Na verdade, o nome Valinhas era pouco vulgar em Espanha e ainda menos em Portugal. “Muita gente pensa que a quinta tem esse nome devido ao meu pai, ou que o meu pai tem o nome por causa da quinta. Nem uma coisa nem outra. Os meus avós paternos são Valinhas da Galiza”, esclarece.

A história do pai é uma história da qual Joaquim Valinhas muito se orgulha e que mereceu já um livro, escrito pelo próprio filho. “Manuel Valinhas era Espanhol, da Galiza. Passou pela França, pelo Brasil, por Portugal… Em Portugal, passou a vendedor de porta a porta e comprou a Casa Valinhas em Lousada. Era uma casa muito antiga em Lousada que tinha fechado”, conta. A abertura do negócio em Lousada fê-lo fixar residência no concelho. “Vim do Unhão para Lousada quando tinha três anitos”, diz.

Guerra Civil Espanhola “empurrou” o pai para Portugal

A história do pai é, de facto, digna de um livro. Depois de regressar do Brasil, onde residia há muitos anos, para gozar alguns meses de férias na Galiza, rebentou a guerra civil espanhola. Fechadas as fronteiras, viu-se impossibilitado de regressar ao Brasil: “O meu pai queria voltar ao Brasil e não queria alistar-se. Foi um conflito muito grande. O meu avô disse-lhe que tinha de ser, se não poderia ser fuzilado. Era assim que se obrigava”, refere. A solução que o pai encontrou para não se alistar no exército foi passar a fronteira “a monte”. Foi assim que veio ter a Portugal, com a intenção de, a partir de Portugal, voltar ao Brasil. Mas o destino trocou-lhe as voltas. Começou a trabalhar como vendedor e conheceu a mãe de Joaquim Valinhas, Elvira Vasconcelos, proprietária de quinta, com alguns bens. “Engravidou-a, casou e teve cinco filhos”, conta.

Com o pai desde sempre ligado à venda de miudezas e tecidos em Lousada, “ainda na barriga da minha mãe, já ouvia falar de tecidos, porque a minha mãe, no dia 25 de agosto, ia fazer a feira de Lousada numa carroça de cavalo com um empregado e já tinha um barrigão enorme”, recorda.

Joaquim Valinhas nasceu no dia 27 de agosto, dois dias após a feira: “Ela fez o dia todo a feira, e eu a viver aquilo tudo. É por isso que eu digo que estou nos trapos e nos têxteis desde que nasci”. É natural, por isso, que os primeiros brinquedos tenham sido os tecidos: “Diziam que levei umas pancadas nas mãos, pois brincava em cima dos tecidos e tirava umas etiquetas. Passei a minha vida toda ligada aos tecidos”, conta.

Voltemos novamente à infância deste lousadense. Já em Lousada, com quatro anos, foi para a famosa Tainha, uma senhora que tomava conta das crianças: “Ela era liberal. Tinha lá filhos de lavradores, que pagavam com géneros, como tinha os filhos dos ricos. O falecido Dr. Fernando Fonseca e muitos alunos, que passaram pelas faculdades, foram alunos da Tainha, como o Manuel Fernandes, o Abílio Azevedo, o Paulino André…”, recorda, explicando que a Tainha era uma espécie de jardim-escola daquela época. Depois da Tainha, seguiu-se a escola primária, no local onde é hoje a biblioteca. Devido ao facto de ter frequentado o “jardim-escola” já sabia ler, o que lhe facilitou a vida escolar. “A minha professora foi a dona Pureza e, mais tarde, o professor Santos, esse sim muito conhecido”, acrescenta.

Dos tempos de escola, recorda o facto de ter de rezar. “Era uma escola do antigo regime”, diz. Também a ação dos professores era muito diferente, pois abundavam os castigos: “Levei muita porrada na escola, mas dizem que também era um bocadinho malandreco, como muitos outros”, justifica. Malandrices à parte, ficou-lhe o gosto pela escrita de poesia e pelas memórias: “Escrevo muito sobre a minha professora, a dona Pureza Pessanha. Ela castigava-me, mas eu adorava aquela professora”, afirma. Muito diferente do ensino atual era o respeito que os alunos tinham pelos professores: “Nós tínhamos um respeito incrível pelos professores”, sustenta.

Início da vida profissional na Casa Valinhas aos treze anos

Concluída a primária, fez a admissão para o colégio Eça de Queirós, que era na rua Visconde de Alentém, um colégio particular: “Havia colégios em todos os concelhos, pois não havia liceus, mas nos colégios particulares era preciso pagar”, refere. Esta situação dificultou a vida aos pais de Joaquim Valinhas, que tinha mais quatro irmãos com idades muito próximas, o que fez com que frequentassem o colégio em simultâneo. “O meu pai não conseguia aguentar, pois, como era comerciante, não tinha benefícios. Já se fosse muito pobre poderia ter”, explica. A solução foi pôr os rapazes a trabalhar, reservando os estudos apenas para as meninas. Assim, com treze anos, viu-se atrás do balcão, na Casa Valinhas. “Uma casa comercial que vendia tudo, como os tecidos, chapéus, sapatos, camisas, agulhas, linhas, tudo, tudo… Era importante aqui nas redondezas. Vinham pessoas de muito longe à casa Valinhas”, conta. A loja ficava no cruzamento da rua São João de Deus com a rua de Santo António. Joaquim lamenta que o prédio “bonito” já não exista: “Infelizmente, em Lousada foi muita coisa abaixo”, desabafa.

Enquanto militante da Ação Católica, viajou pela Europa

Sem ter podido estudar, com o dinheiro que a mãe lhe dava, ia comprar livros à Geninha, que era um quiosque e livraria, situado na esquina, virado para o Senhor dos Aflitos. “Eu lá ia e devorava livros. Eu sou um leitor compulsivo”, diz. Concluiu o 12º ano, mas foram as leituras que lhe proporcionaram uma cultura geral, que considera acima da média. Fala francês fluentemente, língua que aprendeu como autodidata. Fala também inglês razoavelmente e espanhol. Para além disso, conserva o gosto pela escrita, pela leitura e pela pintura. Gosta de ocupar o tempo em atividades ligadas à cultura.

Para além dos conhecimentos adquiridos como autodidata, não deixou de fazer formação, que lhe foi útil na vida profissional: “O meu pai mandou-me para o Porto tirar um curso de guarda-livros e um curso de datilografia. Comecei a fazer a escrita da Casa Valinhas”, relata. Para além da atividade profissional, encontrou outra ocupação, inscrevendo-se na Ação Católica. “De repente, já era o delegado regional e depois o tesoureiro da direção diocesana. Tive conferências com o bispo e viajei pela Europa: Alemanha, França, Suíça…”, recorda. A sua ação na Juventude de Ação Católica, que se prolongou até ao casamento, é desconhecida por muitos. “Ainda estive a pensar em ir para o seminário, pelos catorze, quinze anos, mas percebi que olhava para as meninas e não poderia dedicar-me a Deus”, confessa. Casou com a professora Teresa Valinhas, que foi colocada em Lousada, mas neste momento está separado.

Nacionalidade espanhola do pai livrou-o do Ultramar

Aos dezoito anos, rebentou o conflito em Angola. Corria o ano de 1961. Numa altura em que a mobilização para o Ultramar era quase certa, Joaquim Valinhas conseguiu escapar. Sabia que o conflito bélico era algo que não conseguiria enfrentar e explica porquê: “Não tinha jeito para manusear uma arma. Não teria capacidade para atirar em alguém, até pela minha formação religiosa. Curiosamente, não tenho nenhuma cena de pancadaria, de bater em alguém. Sou temperamental, mas não consigo”, diz. No pai, que também já tinha fugido à guerra civil espanhola, encontrou um aliado. Por um lado, o pai precisava do filho na empresa; por outro, sabia dos perigos que o filho correria e não o queria perder: “O meu pai recordava-se das sucessões espanholas em África, onde morriam espanhóis como ratos”, refere. Jovem e bem constituído, iria “cair direitinho em Angola, Moçambique ou Guiné”, não fosse a nacionalidade espanhola do pai: “Como o meu pai era espanhol, eu tinha a possibilidade de fazer a tropa pela Espanha e foi isso que eu fiz. Assim, não fui para a guerra de África. A partir daí, comecei a ter um nome espanhol: Joaquin Valiñas”, conta.

A paixão pelo hóquei em campo

O desporto entrou cedo na vida de Joaquim Valinhas. Primeiro foi o futebol, com participações nos torneios das freguesias. Mas, por volta dos 24 anos, juntamente com Jaime Ferreira, criou um clube de hóquei. A iniciativa foi do amigo, que encontrou em Joaquim um aliado. Assim, apareceu o hóquei em Lousada, como uma seção da AD de Lousada. “Eu comecei a jogar hóquei, entusiasmei-me e, ao mesmo tempo, casei”. Joaquim Valinhas era, então, um homem muito ocupado. Continuava a trabalhar na Casa Valinhas, que cada vez se expandia mais, e fazia muitas feiras. “Criei a primeira coleção aos 26 anos”, recorda. Ficava-lhe algum tempo ainda para jogar hóquei.

Não foi difícil implementar o hóquei, por se tratar de uma novidade. “Os que tinham jeito para o futebol iam dando uns pontapés, os que não tinham iam para o hóquei. Tínhamos por isso alguns reservistas a jogar hóquei”, esclarece. Joaquim começou como jogador de hóquei, atividade que foi conjugando com a vida profissional, mas também abraçou a carreira de treinador: “Fui treinador certificado. Treinei todos estes miúdos que agora estão na seleção. Ganhei os primeiros campeonatos nacionais com eles”, diz, com orgulho.

Por sua iniciativa, criou o JHC (Juventude Hóquei Clube), com um grupo de jovens que tinha treinado. Destacou-se também por ser vanguardista, ao criar a primeira equipa feminina em Lousada e posteriormente no JHC. Foi ainda tesoureiro durante quatro anos na Federação de Hóquei.

O seu percurso e contributo para a pujança da modalidade valeu-lhe a medalha de mérito da Federação de Hóquei, sendo sócio honorário da Federação. Joaquim Valinhas reconhece que tem uma história muito importante nesta modalidade, “a tal ponto de os meus filhos, que eram pequenitos, terem ido para o hóquei, atrás do pai”. Depois dos filhos, são os netos que lhe seguem as pisadas. Orgulha-se de ter já um neto na seleção.
O hóquei tornou-se uma paixão. Apesar de ter abraçado o hóquei na altura de mais trabalho como empresário, nunca deixou de estar ligado a este desporto, primeiro como jogador e depois como treinador. “Foi uma das principais paixões da minha vida”, realça.

Direção da ADL

Mas os desafios na área desportiva haveriam de passar por cargos de direção. Foi presidente da ADL, duas vezes por acaso e uma por iniciativa própria. O ex-dirigente explica como isso sucedeu: “No fim do primeiro ano de hóquei, o Jaime Ferreira acabou por aceitar ser presidente do futebol e eu tesoureiro. Mas depois, para azar meu, ele acabou por se demitir passados três meses e eu acabei por subir. No ano seguinte, era o Júlio Faria, que também se demitiu ao fim de três meses e eu acabei por ser presidente. Já no terceiro ano, o José Dias acabou por me convencer a ser o presidente da ADL, que militava na terceira divisão distrital, que era a última. Há 23 anos, nunca tinha saído dali. No terceiro ano em que fui presidente, consegui a primeira subida de divisão, para a segunda. Tive alguma habilidade”. Recorda que nessa altura o mundo do futebol era bem diferente, “muito de carolice”: “O terreno era “pelado” e tomávamos banho com água fria. Foi uma gestão muito difícil”, lembra.

Apesar de ter de gerir a vida profissional, com grandes responsabilidades, conseguia ser bem-sucedido nos desafios que abraçava, com a ajuda dos amigos: “Nessa altura, dei conta que tinha algum jeito para estas coisas. Conseguia fazer coisas, com a ajuda de outras pessoas”. Desses tempos recorda os parceiros. António Ribeiro, Amílcar Neto, Tonita Cabeleireiro foram companheiros de “luta tremenda, com muitas peripécias”.
Depois de deixar a presidência da ADL, foi presidente da Assembleia Geral durante muitos anos. Recorda uma assembleia muito concorrida, em que foi eleito sócio honorário da AD Lousada: “Eu aceitei, pois sentia que o merecia. Tive um diploma de cinquenta anos de sócio. Devo ser um dos mais antigos. Na altura, a ADL era uma referência, uma instituição de nome em Lousada, muito importante”, diz.

Os negócios corriam bem e, com a empresa em expansão, juntamente com um sócio, o pai criou a Valinhas e Companhia. A área de negócios também aumentou, com o nascimento do Paládio, um snack bar, onde Joaquim Valinhas trabalhou 3 anos, acumulando com o trabalho da empresa.
Por essa ocasião, deu-se a revolução do 25 de Abril, que o deixou feliz. Partilha connosco um episódio dessa altura que guarda na memória até ao dia de hoje: “Já a revolução estava na rua, fui ao banco e os funcionários estavam com receio, pois não sabiam o que iria acontecer. Eu lá disse: deposite os 25 contos de rei, pois estou todo feliz porque houve revolução”.

A vida empresarial e as viagens pelo mundo

Os negócios da família cresciam. À venda, juntou-se a confeção, situada na rua de Santo António. Joaquim Valinhas acabou por ficar na fábrica e iniciar a carreira empresarial. “Comecei a fazer algumas coleções e a trabalhar para grandes empresas”. Mais tarde, deu mais um passo no sentido do crescimento: juntamente com o filho do outro sócio, criou a Lousafil, situada na entrada do concelho. Adquirido o terreno aos herdeiros da casa da Costilha, uma empresa importante, começou a deitar mãos à obra. Trabalhava com muitas pessoas, “diretamente com cerca de 100, mas indiretamente eram à volta de duzentas pessoas”. Foi nesta altura que aprendeu a falar francês fluentemente. “A minha vida passou a ser uma vida de um industrial e, mais tarde, ao fim de uns anos, com a empresa financeiramente estável e com a chegada dos filhos que tinham terminado a faculdade, decidi por mutuo acordo negociar a minha posição na Lousafil.
Saiu da Lousafil, mas não deixou a vida empresarial. Comprou uma empresa, a Bernartex, e criou a Expotime, a empresa que ainda possui. “Liguei-me a uns senhores da Bélgica e fui por aí em diante ao serviço dessa empresa”, conta. Viajou imenso por todo o mundo em representação de Portugal, pois o ICEP e outros organismos ligados à exportação convidavam-no e pagavam-lhe para representar o país. “Estive em Paris com os maiores compradores, depois na Tunísia, com um stand a representar Portugal, na cidade do México e no Uruguai. A empresa era conhecida e eles escolhiam-na. Eu era o homem dos blusões”. Afirma ter sentido orgulho por representar uma empresa séria, com bom nome. Bom conhecedor da indústria portuguesa, a escolha do seu nome é reveladora da sua capacidade “para vender a imagem de Portugal”. Sente-se satisfeito por ter trazido clientes para Portugal durante algum tempo.

O empreendedorismo dos Valinhas levou-os à Roménia e Marrocos, onde tiveram fábricas. O percurso brilhante no mundo empresarial motivou a atribuição da Medalha de Mérito Municipal.

Mas Joaquim viveu outras experiências que o enriqueceram. Uma delas foi o mergulho subaquático, tendo feito um curso nessa área. “Corri o mundo, o Egito, Maldivas… Mergulhei nos locais mais espetaculares, como Fernando Noronha, Sharmal Shake, Cuba…”, afirma.

Para além do desporto, a vida associativa de Joaquim Valinhas passou também pelos Bombeiros Voluntários de Lousada, associação à qual presidiu durante dois mandatos, com Rui Mota como segundo comandante, já após a remodelação do quartel. Posteriormente, foi presidente da Assembleia Geral durante 10 anos. “Nos Bombeiros, o meu trabalho era mais de voluntariado. Na altura, para lhe dar uma ideia, éramos nós os diretores a passar os recibos das quotas. Na altura, era tudo feito à mão. Em vez de pagarmos para fazer alguma coisa fora, íamos para lá à noite e fazíamos nós. Só depois é começou a haver motoristas profissionais, mas na altura era muito com amor à causa”, salienta.

Por amor às causas, foi também presidente da Associação de Pais da Escola Secundária de Lousada, “sempre com voluntarismo, pois nunca recebi nada por isso”.

Atualmente, faz parte de um coro, apesar de considerar que não é bom cantor. Mas o amor à terra fá-lo “meter-se” em tudo o que tem a ver com Lousada.

Apesar de ser um homem de cultura, nunca esteve envolvido em nenhuma associação cultural. A política partidária também lhe passou ao lado.

Livro para breve

Momentos menos bons também viveu, principalmente aqueles em que teve de enfrentar a doença. Aos 56 anos, teve de lutar contra um cancro na próstata, que conseguiu vencer. Este foi um marco na sua vida, pois foi quando se iniciou na escrita, principalmente poesia. Para além do livro sobre a vida do pai, “Manuel Valinhas”, tem já outro na calha: “Fala de fantasmas, de bruxas, das histórias que os meus tios e os antecedentes contavam”, desvenda.

Mas pior que a sua doença foi a do filho mais velho, que teve leucemia. Esse, sim, o momento mais difícil. “Se há pessoa que não merecia isso é ele”, lamenta.

Momentos felizes, felizmente, tem vários, o que torna difícil a tarefa de eleger um. Em termos empresariais, destaca o facto de ter sido reconhecido pelo AICEP como empresa líder, o que foi um privilégio. Na sua vida pessoal, o nascimento do primeiro neto merece uma referência: “Eu tenho um conceito de gerações e, por isso, a partir desse momento, é mais uma geração para ir em frente, dos Valinhas que vieram da Galiza e que continuam com a sua família”, salienta.

A empresa já não faz parte das suas preocupações, sendo gerida pelos filhos. Dá emprego a cerca de cem funcionários e recorre a subcontratações. Apesar do sucesso, na altura não foi fácil implantar uma fábrica no concelho. Cheguei a pensar em ir para Penafiel, mas havia qualquer coisa que não me deixava ir para lá, não me deixava sair de Lousada”, revela.
Lousada é o seu concelho. “Estou metido até aos ossos em Lousada”, frisa. Conheceu-o ainda rural, com os campos de milho junto à Câmara. Hoje é um concelho muito diferente: “Nos últimos tempos, com o mérito das pessoas que estavam na câmara, sejam os responsáveis, sejam os técnicos, Lousada tornou-se uma vila muito bonita, que tem tudo: está perto das autoestradas, é um concelho jovem, de que eu gosto muito. Não é por acaso que dedico poesias ao concelho de Lousada. Lousada recomenda-se”, diz.

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