A União Cultural e Recreativa de Boim é uma associação com mais de 40 anos de história. A cultura e o desporto são as apostas desta associação, que tem divulgado o nome da freguesia de Boim e do município de Lousada, sem esquecer a promoção social, educativa e recreativa dos seus associados, em especial, e da população da freguesia, em geral, independentemente da idade.
Tudo começou em 1978, quando um conjunto de homens da freguesia criou uma equipa de futebol, a que se seguiu a Fanfarra. Mais tarde, juntaram-se o Rancho Folclórico e o cicloturismo e, mais recentemente, uma banda rock.
Equipa sénior na 2ª Divisão Distrital da AF Porto
Jorge Luís Pacheco Barbosa, natural de Boim, tem 24 anos e é atualmente o presidente da UCR de Boim. Há dois anos à frente da Associação, considera que a experiência tem sido positiva e que a associação está em crescimento, com a ambição de conseguir mais e melhor. “Ainda estamos na base da pirâmide, mas a lutar para termos melhores instalações e condições”, diz.
O presidente destaca algumas das conquistas que mostram o caminho que está a ser percorrido: “Conseguiu-se colocar a equipa de futebol sénior a atuar na 2ª Divisão Distrital de Futebol do Porto”, diz, acrescentando que havia 10 anos que a equipa não participava nesse campeonato. Este dirigente congratula-se, ainda, com a criação de uma equipa de futebol de formação e com o melhoramento do campo de jogos.

Considera a competição na AF Porto uma boa aposta, por ser “uma competição diferente, com outros estatutos e com outras premissas relativamente ao que era a AFAL enquanto futebol sénior”. Ressalva que “a AFAL foi uma competição muito boa para os clubes de Lousada durante estes anos todos, mas nós sentimos que deveríamos evoluir enquanto clube para outros patamares e é aquilo que estamos a fazer. É uma competição que nos dá condições para isso e estamos satisfeitos com a nossa evolução até agora”, sustenta.
Fanfarra, única no concelho e uma das mais antigas do país
Depois de um ano parada, a Fanfarra está novamente ativa, “a desenvolver um ótimo trabalho, cada vez com mais eventos e cada vez com um maior número de elementos”, caracteriza Luís Barbosa, que enaltece a disponibilidade e dedicação da dona Rosa, mais conhecida por Rosinha, “que é a responsável pela Fanfarra e pela qual os elementos têm muita estima”.

O presidente reconhece que esta secção da associação é especial e explica porquê: “Por ser uma das mais antigas e por ser a que mais longe leva o nosso símbolo e o nosso nome”. De salientar que a Fanfarra passa por muitas festas e eventos, um pouco por todo o país. As saídas para fora do concelho têm sido momentos importantes de reconhecimento do trabalho desenvolvido: “É agradável saber que toda gente reconhece aquilo que estamos a fazer em prol deste clube. Cada vez mais nós sentimos com mais respeito fora do concelho”, diz, com orgulho.
Para além dos problemas inerentes à vida da Associação, a Fanfarra “tem sempre que enfrentar o problema do número de elementos disponíveis para se formar uma fanfarra no início de época”, refere. O transporte para a deslocação quando participa em eventos fora da freguesia também é um problema: “Numa coletividade como a nossa, os transportes começam a ser escassos para tudo, mas são problemas que temos conseguido contornar, mas que não tem sido fácil eliminar”, diz.
Sendo a única fanfarra do concelho, Jorge Barbosa sente que deveria ser mais valorizada. Ainda mais por ser “uma fanfarra com tradição e uma das mais antigas do País, e isso tem que ser reconhecido por toda a gente e principalmente pela nossa freguesia e pelo nosso município”, defende.
Dificuldades financeiras combatidas com muito trabalho
Como acontece em quase todas as coletividades, as maiores dificuldades da URC de Boim são as financeiras. Gerir esta associação implica, segundo o seu dirigente, um grande esforço, o que “dificulta as nossas tarefas, mas vamos trabalhando para conseguir suportar isso tudo”, afirma.
O apoio da comunidade local e das entidades públicas e privadas é importante: “Existem planos municipais que nos ajudam durante o ano. Temos os nossos patrocinadores/parceiros, que contribuem de forma eficaz para nós desenvolvermos as atividades”, diz, acrescentando que, com mais ajuda, tudo seria mais fácil e melhor.
Ainda assim, Jorge Barbosa diz que a associação conta com muita gente a ajudar, “tanto na Direção como os sócios, patrocinadores e parceiros e isso é bom, porque é sinal que acreditam no nosso trabalho e isso dá-nos confiança para tentar melhorar”, sustenta.
Parque infantil e campo sintético são os maiores objetivos
Jorge Barbosa reconhece que foram muitos os momentos altos da associação nestas décadas de existência. “Todos com o significado especial para quem os viveu, mas ver as pessoas empenhadas em trabalhar e colaborar para que possamos ser melhores, esse, sim, é um dos maiores feitos, que é fazer jus ao nosso nome, UNIÃO Cultural e Recreativa de Boim”.
Por isso, o presidente encara o futuro com otimismo e acredita que o mais difícil foi começar. “Estamos no segundo ano com esta direção e, à medida que o tempo vai passando, nós vamos aprendendo e tentando sempre fazer melhor e é com esse espírito que pretendemos continuar a desenvolver esta Associação”, afirma.
Para além do melhoramento e alargamento do parque de merendas, que tem agora mais espaço para convívios de família e amigos, o presidente acalenta alguns sonhos, que gostaria de ver realizados. A melhoria das instalações é um objetivo para o qual continuará a trabalhar. Por isso, pugnará por um parque infantil e um campo de jogos sintético. “São objetivos que exigem muito trabalho da nossa parte, mas que mesmo assim não vão deixar de ser os nossos maiores objetivos”, salienta. “O nosso Parque Infantil, devido às más condições, já não podia estar em funcionamento. Estamos empenhados em resolver essa situação, assim como a do campo sintético, para podermos nós também dar melhores condições às nossas equipas, tanto a sénior como a de formação”, justifica.
Jorge Barbosa o contributo de todos para o sucesso da UCR de Boim e a oportunidade que O Louzadense lhe deu para poder partilhar o trabalho desenvolvido: “Um bem haja para todos os leitores de O Lousadenze”.
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