por | 26 Mai, 2020 | Grandes Louzadenses, Sociedade

Formação promovida pela Inov’Lousada destinada a profissionais do comércio e serviços

“Precauções Básicas do Controlo da Infeção”

O início do desconfinamento e a abertura dos espaços comerciais implica novas rotinas, essenciais para a manutenção da saúde pública. A pensar nesta nova realidade, a Inov’Lousada organizou uma ação de formação, destinada a comerciantes e prestadores de serviços, sobre os cuidados a ter para evitar a propagação do novo coronavírus, ministrada pelo Enfermeiro Renato Gomes. A ação decorreu no dia 13 de maio e contou também com a intervenção do médico Miguel Moura.

Colocação eficaz da máscara e lavagem das mãos

O enfermeiro Renato Gomes partilhou os seus conhecimentos enquanto profissional de saúde de uma forma que considera mais eficaz: “Uma coisa é dizer às pessoas que têm de usar máscara, outra é dizer como elas devem usar a máscara. Há pormenores de como colocarmos ou tirarmos a máscara que podem estar a comprometer esse uso. Não importa só usar, é preciso usar bem”, reforça. Também a lavagem das mãos foi alvo de uma atenção especial por parte do enfermeiro. “Há certos passos que temos de seguir, para que elas fiquem bem lavadas e bem desinfetadas”, salienta.

Seguindo as normas do distanciamento social, o evento teve um número de presenças reduzido, mas Renato Gomes crê que a partilha terá um efeito muito positivo nos comerciantes e lojistas. “Partilhamos com eles estas dicas para que possam desenvolver a sua atividade comercial de forma mais segura, sendo agentes de saúde pública, dando o seu exemplo, no seu dia a dia, junto dos familiares e dos seus clientes”, refere.

O balanço foi, por isso, muito positivo. “O melhor que podemos ter é chegar ao fim e perceber que as pessoas aprenderam muita coisa”, diz.

“Melhor prevenir do que remediar”

O médico Miguel Moura considera estas formações importantes e fundamentais: “Foi uma boa iniciativa. O facto de fazermos isto para o público em geral permite sensibilizar as pessoas de uma forma mais próxima”, diz.

O atendimento ao público poderá ser um veículo de transmissão da Covid 19 e, por isso, “sensibilizar as pessoas nesta fase pode ser uma medida importante para a saúde pública”, diz o médico, que considera a formação original. “Penso que não há muitas iniciativas neste sentido. Quanto mais rapidamente as fizermos, mais rapidamente vamos estar preparados apara lidar com esta doença nesta fase. Já temos algum comércio de proximidade aberto, mas a partir de 1 de junho vamos ter ainda mais e, se atrasarmos muito, quando formos formar as pessoas, já estamos numa fase em que já devemos ter um conhecimento maior”, sustenta.

“Mais vale prevenir do que remediar” é um velho ditado que deveria ser seguido, segundo Miguel Moura. “Efetivamente não é muito o que acontece na realidade”, lamenta. “já deveríamos ter iniciado esta fase, pois sabíamos que iríamos abrir o comércio mais tarde ou mais cedo”, defende. A informação disponível, mesmo da parte da DGS, nem sempre é percetível para todas as pessoas. Por isso, “ter estes formadores que veiculem esta mensagem pode precaver melhor possíveis infeções”, diz.

▲Comerciantes e profissionais do comércio e serviços ouviram com atenção as explicações do enfermeiro Renato Gomes

Transmitir confiança aos clientes é fundamental

Ambrósio Gomes é cabeleireiro. Fechou o seu salão no dia 1 de março e regressou à atividade no dia 4 de maio. “Em 45 anos nunca tinha fechado tanto tempo. O que mais me tocou foi a situação familiar, o abraço à mãe, o beijo à neta”, diz.

O cabeleireiro reconhece que estamos perante um “mundo novo”, ao qual a sua geração tem de estar atenta. “Temos de transmitir aos mais jovens que não tenham o trauma do vírus e aos mais velhos transmitir mais confiança”, diz. Para Ambrósio Gomes, estas formações são importantes, tanto para a vida profissional como pessoal.

A atividade de cabeleireiro já não é o que era. Ambrósio Gomes explica como têm sido os primeiros dias: “Houve uma mudança radical no meu salão, na maneira de me vestir, de me proteger e proteger os meus clientes. A lei obriga à proteção com a máscara, que era uma das coisas que a associação de cabeleireiros vinha defendendo”. O cabeleireiro lousadense entrou “neste mundo novo com muita proteção”, não descurando a limpeza sempre que muda de cliente, pois considera fundamental transmitir confiança. “Eu estava com algum receio, mas os clientes estão a aceitar esta mudança. Temos de ter confiança, pois já detetei muitos clientes com depressão”. Esta formação é considerada por si importante e uma aposta que deve ser feita por parte do poder local.

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