O mundo corporativo atual está a mudar, o capital humano e intelectual está mais valorizado. Neste contexto, surge um ícone de importância para as organizações, o Líder. Garantir o sucesso dos projetos e objetivos de uma empresa, economizar tempo e recursos, agilizar e otimizar processos produtivos, motivar e inovar são algumas das responsabilidades atribuídas aos líderes nas organizações.
Difícil elencar as principais ações e competências que dele se espera, vemos num líder, um multiplicador de competências, habilidades, o poder de influenciar pessoas, boa comunicação, capacidade de delegar, habilidade em gerir, ser um bom ouvinte, ter sentido de propósito, de resiliência, tenacidade, articulado a um senso de justiça, para atingir os objetivos do grupo ou organização. Soma-se que, seja humano. Deve transparecer uma imagem segura de si mesmo, que faça acontecer, e um alguém a quem recorrer diante de uma situação adversa. Define estratégias, capacita o grupo, aposta no desenvolvimento dos colaboradores, no desenvolvimento humano, com foco no autoconhecimento e na aprendizagem, mostra reconhecimento, atribui responsabilidade e autonomia. Deverá entender o mercado de trabalho, dada a mistura de gerações a trabalhar juntas, pessoas com diferentes personalidades, necessidades, objetivos próprios, expectativas, comportamentos e costumes, de forma a moldar o grupo para alcançar os objetivos. Conflitos estão presentes, no entanto, o Líder precisa compreendê-los, saber geri-los e transformá-los em situações positivas de aprendizagem e crescimento, tornando o grupo harmonioso nessas diversidades, aplicando um estilo de Liderança ajustado a cada perfil. O melhor resultado de um grupo vem do tratamento individualizado e diferenciado ao colaborador, contribuindo na realização dos seus propósitos, combinando suas competências, com as necessidades do resultado do grupo, em retorno este empenha-se no cumprimento das tarefas e sucesso da organização. O Líder se distingue pelas ações, atitudes e pela forma com que o grupo reage às suas sugestões, intervenções e decisões. Constrói visões e as demonstra, mantem coesão e foco, se compromete com os resultados.
Diante do contexto atual, a transformação digital tem causado impactos, nas empresas, no modelo de trabalho e alterado a forma de comunicação. A informação mais rápida e acessível a todos, torna o mercado de trabalho mais competitivo e exigente. As crescentes pressões pelo alcance de metas e resultados exige do colaborador equilíbrio emocional. Cenário que, se mal gerido, gera sobrecarga de trabalho, conflitos interpessoais, desmotivação e queda no desempenho, tornando a Liderança um desafio significativo.
A Liderança exige inovação para que novas ideias possam ser concebidas e colocadas em prática, não consiste em “mandar” e sim inspirar para que, as atividades sejam realizadas com afinco pelos colaboradores. Liderar vai além de lidar diariamente com todas as adversidades. A forma de liderar é muito particular de cada pessoa, não existe um formato certo ou errado, mas singular. Existem líderes que lideram (ou/e) pelo conhecimento, pela influência, pelo relacionamento, outros preferem ser o exemplo. Mas todos têm um objetivo, envolver um grupo para chegar a um resultado em comum.
O Líder precisa de estar atento, acompanhar as mudanças e tendências, aprimorar conhecimentos e autodesenvolver-se diariamente, dado que, as relações de trabalho estão mais frágeis e complexas, impondo uma mudança na gestão dos colaboradores. A evolução tecnológica provocou mudanças no nosso comportamento, aquilo que satisfazia as gerações passadas, não mais satisfaz a geração atual. Cargos hierárquicos com estrutura de comando e controlo, apesar de existirem, não são os modelos que conseguem extrair o melhor de cada pessoa. Pesquisas mostram que, ter um bom ambiente de trabalho, trabalhar com pessoas interessantes estão nas prioridades, fazendo a geração atual permanecer num emprego por mais tempo. O mercado atual é global, em constante transformação, adaptação a esta nova forma de agir e pensar o trabalho, na Liderança não é diferente. Ainda que, os valores de Liderança sejam atemporais, o modo com que, estes valores são aplicados precisam mudar. Os líderes de hoje, não podem decidir com base no seu feeling e fazer o de sempre. Precisam ser inquisitivos e estarem sempre interessados em mudar e aprender. Os mais experientes precisam procurar conhecimentos para enfrentar os novos desafios, principalmente no quesito gestão de pessoas, pois o Líder de ontem, não consegue liderar hoje sem atualização e aperfeiçoamento contínuo.
Atualmente, nas organizações, um senão, é identificar líderes capazes de alcançarem os objetivos previstos pela organização, de acordo com a cultura, as normas e valores da mesma. O problema das organizações é pensarem que existe um Líder “Ideal” para todos os contextos, contudo, não se aplica. Hoje, o Líder é aquele que, conseguir adaptar o seu comportamento em função do grupo ou contexto em que esteja inserido, dessa forma, conseguirá obter sucesso nas diversas solicitações de gestão, conciliando os objetivos da produção e as necessidades do elemento humano, e com o envolvimento e participação das pessoas no planeamento, controlo e execução.
Líderes com visão são informados e comprometidos, servindo como catalisadores para transformar desafios em oportunidades e criar medidas eficazes para superar objetivos, aprimorar a criação de valor e aumentar o engagement e produtividade do grupo. A era digital trouxe um conjunto de desafios aos modelos convencionais de Liderança. Um Líder deve desenvolver uma nova mentalidade e competências, que permitam desempenhar as suas funções tanto presencialmente como à distância.
O cenário de Hoje é incerto e instável. Os empregos não têm garantias como antigamente, o que era certo e duradouro se desmoronou e rastreia dúvidas sobre o futuro. Antes, a Liderança era um cargo, uma posição social e não se aprendia a ser um Líder. Porém, as mudanças bruscas e constantes em que vivemos fazem repensar sobre os conceitos de Liderança para o desenvolvimento e crescimento organizacional, assim, o Líder não é mais um cargo dentro da organização. Tem agora, o papel de conseguir resultados em vantagem competitiva, consolidação de sua marca e reputação nos stakeholders, em ambientes menos hierarquizados, privilegiando uma comunicação mais direta e plural. Com as estruturas mais horizontais e grupos mais informais. O que de fato não mudou, foi a “cobrança” por cada vez mais resultados e prazos mais curtos. Nas empresas, exige-se de todos, mais competência, capacidade estratégica de criar coisas inéditas, visão abrangente, fazer acontecer, introduzir mudanças, cabendo à Liderança fazer com que isso aconteça. Esse acontecer tornou a tarefa de liderar mais complexa. A habilidade em lidar com situações inusitadas e problemas complexos, impõe significativas e contínuas mudanças no perfil dos líderes atuais. As empresas esperam que os líderes sejam capazes de cultivar o potencial produtivo das pessoas, de proporcionar mudanças de comportamentos/atitudes, possibilitar novas habilidades e conhecimentos, atingir melhores níveis no desempenho, fornecer feedback construtivo e procurá-lo, aumentar o compromisso e felicidade dos colaboradores, evitando uma maior rotatividade.
O Líder agrega valor ao conjunto, importa entender os processos e desenvolver a capacidade de ver o todo. Conhecer o negócio a partir do ângulo de visão do outro. Contribuir para melhorias, fortalecendo as forças individuais e coletivas.
Um(a) Grupo/Organização é o reflexo do seu Líder!
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