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Entrada Sociedade Política

Os jovens e a política: o que pensa a próxima geração de políticos?

De Redação
Dezembro 28, 2020
Em Política, W
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Os jovens e a política: o que pensa a próxima geração de políticos?
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Estudos recentes apontam que são cada vez mais os jovens que se afastam da atual política, seja concelhia ou nacional. Descrença, preguiça ou desinteresse? Que fenómeno é este que afasta a faixa etária juvenil da política? Estará a geração mais formada e informada alienada da política? Edgar, Pedro, Vítor e Ana são jovens políticos e, embora dos diversos partidos, têm em comum o amor por Lousada e a vontade de mudar o que os rodeia. 

Os jovens portugueses estão cada vez menos interessados na atualidade política e a taxa de abstenção tem aumentado significativamente. Apesar de ainda não haver números recentes que reconheçam esta ligação, há quem considere indiscutível que a problemática existe. 

Edgar Gonçalves, estudante de Comunicação de Moda, na Universidade do Minho, tem 23 anos e inscreveu-se como militante no Bloco de Esquerda (BE) no dia 25 de abril de 2017. Desde criança que reivindicava tudo o que achava estar errado, uma das primeiras foi a luta contra as touradas. “Antes sequer de ter consciência política, antes de me considerar de esquerda ou direita, achava que uma tradição que pressupunha torturar animais não poderia ser uma tradição correta e que uma sociedade civilizada pudesse aceitar. Nessa altura, não tinha noção nenhuma de conceitos políticos, e era daquelas coisas que mais me revoltava, e isso foi uma das grandes motivações para eu ingressar na política, foi ver, para além dessa, outras injustiças que eu gostaria de ver corrigidas”, conta.

“Naturalmente que muitos professores me influenciaram, direta ou indiretamente, com ideias que eu hoje defendo, ideias contrárias às minhas, mas todos eles contribuíram de forma positiva para eu ter espírito crítico no geral”

Edgar Gonçalves
Edgar Gonçalves, militante do Bloco de Esquerda

Embora sem qualquer influência direta para seguir o caminho da política ativa, Edgar percebeu junto da família que podia fazer algo pelos outros. “Ouvia os meus pais a falarem de política, não de uma maneira apaixonada ao ponto de serem militantes, porque na altura nenhum dos meus pais estava envolvido na política, mas de um ponto de vista de comentarem a atualidade constantemente”, refere, acreditando que isso tenha influenciado de alguma forma a prestar atenção. 

Para Edgar, nos agregados familiares que esses temas não sejam abordados, será mais difícil um jovem ter um meio onde se sinta confortável para se expressar. “Naturalmente que muitos professores me influenciaram, direta ou indiretamente, com ideias que eu hoje defendo, ideias contrárias às minhas, mas todos eles contribuíram de forma positiva para eu ter espírito crítico no geral”, acredita. 

Não se considera uma pessoa de esquerda radical, mas de esquerda moderada. “Porquê o Bloco e não o Partido Socialista (PS)? Porque acredito que houve um conjunto de situações que o PS, em determinadas alturas da História da Democracia, pôs em prática, nas quais, olhando para trás, não concordava, nomeadamente uma certa remodelação da carreira da função pública no tempo do Governo de José Sócrates, que não me identificava”, comenta. 

“Um desses exemplos foi a alteração que fez à carreira dos professores. A minha mãe é professora e senti que aquilo a afetou diretamente, ou seja, houve um conjunto de coisas nas quais eu também não me identificava. Agora, estou naturalmente mais próximo do PS do que do Partido Social Democrata (PSD) e do CDS, por acreditar que dentro de um sistema capitalista é necessário o estado intervir para diminuir as desigualdades. Neste sentido, não tenho uma visão liberal, obviamente, mas não me posso dizer comunista nem esquerda radical, colocar-me-ia no socialismo democrático”, explica. 

“A política não é atrativa para os jovens, porque eles não se identificam e porque aquele discurso populista dos políticos são todos iguais. Acredito que isso seja uma parte, mas acho que também há uma resistência por parte dos jovens em envolver-se na política, por comodismo”

Edgar Gonçalves

O jovem, residente em Pias, lembra que, durante a adolescência, as pessoas com quem convivia eram “extremamente desinteressadas na política”, mas acredita que, embora o paradigma esteja a mudar aos poucos, ainda há falta de interesse e estímulos. “Uma zona de conforto na qual os jovens estão a conviver, a viver o seu dia a dia, socializar, consumir, sem pensar sobre o que está por trás disso. É muito referido um ponto que eu concordo, que a política não é atrativa para os jovens, porque eles não se identificam e porque aquele discurso populista dos políticos são todos iguais. Acredito que isso seja uma parte, mas acho que também há uma resistência por parte dos jovens em envolver-se na política, por comodismo”, lamenta. 

O bloquista acredita que os partidos podiam fazer mais e há uma certa responsabilidade “por parte dos partidos, que deveriam fazer campanhas de se aproximarem aos jovens, perguntarem o que eles sentem que falta na política. Não sei se as juventudes partidárias são o suficiente, penso que não”, expõe, manifestando que “as redes sociais estão a mudar muita coisa, mas seria hipócrita dizer que estão a ter só efeitos positivos na aproximação das pessoas à política, estão a ter muitos efeitos perniciosos nas democracias, em Portugal inclusive, espalhando notícias falsas e criando alarmismos desnecessários”. 

Edgar não tem a médio prazo intenção de atingir cargos de poder, mas deixa o futuro em aberto. “Não posso falar a longo prazo, porque não sei onde a vida me vai levar, mas não entrei para o partido com o intuito de conseguir poder, entrei para ser uma das células estruturantes que ajuda o país a caminhar no sentido do progresso. Apesar de tudo, com todas as críticas que possam ser feitas, e que eu tenho, de uma maneira geral, o executivo camarário não é um executivo que não oiça a sua população. Penso que o PS, no geral, está a fazer um bom trabalho no concelho de Lousada”, afirma. 

No papel de Presidente de Câmara, a primeira medida a tomar seria “criar transportes públicos acessíveis e inclusivos por todo o concelho, aumentar a rede de transportes públicos, por motivos de justiça social, por motivos ecológicos, por motivos de acessibilidade”, termina. 

Nascer com um gosto inato pela política 

Com uma consciência política formada desde muito cedo, Pedro Amaral tem 25 anos, é residente em Silvares, militante do CDS, licenciado em Direito e concluiu o Mestrado em Direito Administrativo, estando a terminar a Ordem dos Advogados. “Lembro-me de ter consciência política plenamente formada, relativamente aos aspetos, às linhas delimitadoras das grandes famílias políticas. Na altura, mais dentro do que é a política nacional, e isso permitiu-me depois nunca perder esse gosto pela política, apesar de não ativa”, confessa. 

A família sempre foi importante para Pedro perceber que possibilidades políticas tinha. “Sempre se falou salutarmente de política em casa, tenho também uma ligação forte aos meus avós, que nunca participaram ativamente na política, mas também nunca se demitiram do seu papel democrático, de poder fazer política, não só no seu direito de voto, mas no seu dia a dia, expressando as suas preocupações e pontos de vista. Esse meu gosto inato tem, necessariamente, provir daí, dessa salutar convivência que em família também se estimulou politicamente”, afirma. 

Na hora de escolher um partido, “olhei para o espectro, para o semicírculo da nossa política, tendo excluído, naturalmente, os extremos quer de um lado quer do outro, no arco tradicional da governação. Aquilo que me apelou foram os princípios gerais, as matrizes, olhando para o espectro político identifiquei aquele que se identificava, claramente, com as minhas convicções e passei a defendê-lo com determinação, apesar de não me ter inscrito logo, sou um recém inscrito, comparativamente com outros jovens”, revela. 

“Hoje, como a maioria dos jovens já nasceram, inclusivamente eu, em total democracia dão como adquirido este que é um dos valores e um dos direitos mais bonitos que temos em cidadania que é podermos exercer o nosso direito de voto”

Pedro Amaral

Mas estarão os jovens interessados ou não na política? Pedro refere que “se tivesse de arriscar um número, em termos estatísticos, não estamos tão mal como muita gente gostaria que estivéssemos em termos de interesse da juventude pela política, mas podíamos estar claramente melhores nesse aspeto. Sinceramente, acho que é uma inerência da própria idade, aquilo que aconteceu, designadamente a seguir ao 25 de abril com um interesse crescente de todas as faixas etárias na política teve muito a ver com um período de grande restrição de quase 40 anos de ditadura e, portanto, as pessoas quando se sentiram livres não quiseram abdicar em grau nenhum do seu novo leque de direitos adquiridos, um deles a capacidade de ser e fazer política. Hoje, como a maioria dos jovens já nasceram, inclusive eu, em total democracia dão como adquirido este que é um dos valores e um dos direitos mais bonitos que temos em cidadania que é podermos exercer o nosso direito de voto”. 

Pedro Amaral é residente em Silvares e militante do CDS

Também a falta de ligação e representatividade é referida pelo jovem: “não sei se por conflito geracional, mas não encontro muitas provas em relação a isso, porque ao fim ao cabo, por exemplo, o CDS neste momento tem um líder muito jovem e não vejo a juventude sentir-se particularmente  identificada, não consigo explicar como é que será possível fazer esse salto relacional entre o jovem eleitor e o seu representante, talvez um problema de sistema, de longevidade dos nossos representantes, não os locais, porque esses gozam dessa benesse de estarem perto das pessoas, mas principalmente a nível de poder central é muito difícil nós identificarmo-nos com os nossos deputados e com os nossos círculos eleitorais”, lamenta. 

“Quando uma pessoa não é recordada, costuma-se dizer “longe da vista longe do coração”, e na política também é assim, se um jovem não perceber que sem determinadas reuniões para o Orçamento de Estado a sua escola não vai funcionar, a sua autarquia não via receber os fundos para lhes proporcionar um parque urbano com locais de lazer, que não vai ser orçamentada verba para a cultura que lhes permite ir a concertos das suas bandas preferidas, se não perceber que o seu futuro, em termos de emprego depende das políticas que foram praticadas há cinco anos, são praticadas hoje e vão ser praticadas daqui por cinco anos, se não se fizer perceber essa imprescindibilidade do poder decisório e do impacto que isso tem na vida efetiva daquele jovem que quer ser feliz e realizado, é muito difícil chamá-los a esse círculo, a esse direito, que no fundo acaba por ser um dever não consagrado de exercemos o nosso direito de voto fazendo política. Todos nós somos políticos no dia em que vamos votar”, esclarece.

“Dizia sempre que se algum dia exercesse cargos políticos, que queria começar por baixo, pela Assembleia da República e que depois acabaria nas autarquias locais porque aí é que se fazia verdadeira política, mas nunca pensei nisso”

Pedro Amaral

Mesmo sem um sonho de criança de atingir cargos de poder, sempre viu a política local mais interessante que a nacional. “Dizia sempre que se algum dia exercesse cargos políticos, que queria começar por baixo, pela Assembleia da República e que depois acabaria nas autarquias locais porque aí é que se fazia verdadeira política, mas nunca pensei nisso”, brinca. 

No poder local, afirma que faria, sem qualquer dúvida, algo diferente do atual executivo, até “por inerência partidária, não na substância, mas na forma. O interesse que o Dr. Pedro Machado tem por Lousada é fazer de Lousada um melhor concelho para os Lousadenses e para aqueles que nos visitam, claro que depois divergimos em questão de forma, na forma como isso se faz. De qualquer das formas, acho que uma primeira medida seria avaliar em que ponto está todo o trabalho técnico dos órgãos administrativos da câmara e partir daí com um estilo diferente, mas sempre na perspetiva de fazer de Lousada um concelho atrativo, sobretudo, primeiro a nível industrial e a nível familiar e societário”, termina. 

Entrar na política sem uma contrapartida 

Vítor Silva tem 25 anos e mora em Silvares. Concluiu o mestrado em Direito Administrativo e quis entrar na política sem esperar uma “contraprestação ou contrapartida”. “Era algo que me queria inserir e tive de ganhar maturidade primeiro para decidir em qual ideologia é que me inseria. Poderia ter-me inserido no mundo da política mais cedo, como alguns jovens que se inserem mesmo sem idade para votar, mas queria estar ciente de qual era minha ideologia partidária para depois não ter de voltar atrás”, expõe. 

Este gosto mais ativo começou há cerca de três/quatro anos, aquando do término da licenciatura, altura em que se inscreveu na Juventude Socialista (JS). “Tenho a sorte de ter tirado um curso que transmite muito o que é cada vertente e cada ideologia partidária. Então, comecei a saber mais ou menos qual era a que mais me identificava a partir do primeiro ano de curso, que é quando se tem ética e tive um professor, que até é da oposição, e foi um dos presidentes mais jovens de sempre, Manuel Monteiro do CDS-PP com 19 anos”, testemunha. 

Vítor é militante da JS, mas não se vê como um aferroado, tendo ao mesmo tempo uma convicção de direita no que diz respeito há existência de propriedade privada, explicando que acredita que o Estado “deve ter um papel primordial no país e na economia. Não tem de se intrometer excessivamente, mas tem de haver uma liberdade económica, liberdade na sociedade”. 

“Os mais novos estão mais materialistas e egocêntricos e isso não coaduna com a política, porque política faz-se para os outros. Pelo menos é a ideologia que devemos defender.”

Vítor Silva

Na JS encontrou, mais do que um partido, um grupo de amigos com quem fala abertamente sobre política. Sobre o interesse dos jovens, confia que se inserem na política com “uma contrapartida de que surgirá a partir daquele caminho, daquela via, um melhor trabalho, ou melhor emprego, regalias e assim. Acho que os jovens não se interessam mesmo como antigamente de querer ver o país melhor”. 

O jovem socialista relata que os mais novos estão mais materialistas e egocêntricos e isso não “coaduna com a política, porque política faz-se para os outros. Pelo menos é a ideologia que devemos defender”. 

Com o desinteresse geral da sociedade, a taxa de abstenção atingiu números preocupantes. “O povo português critica mais do que o que faz, independentemente da cor partidária de quem lidera, nunca está bem, mas também não fazem por colocar alguém diferente, é um povo acomodado. E depois chegam as consequências como mais impostos. Não acredito que esteja tudo bem com o Governo, mas também não encaro a oposição como a melhor, não apresentam soluções para melhorar, partem para o ataque”, alega. 

Vítor Silva é militante da JS Lousada

Atualmente, os partidos têm-se reinventado e “têm agora um melhor uso das redes sociais, ficando mais próximos dos jovens, até com um bom marketing digital e físico. Aliás, com isto do confinamento, as juventudes partidárias e os partidos não deixaram de trabalhar. Se não era possível fazer congressos presenciais, fazia-se online. Se era possível fazer um debate sobre um determinado assunto, até do interesse de muitos jovens, por exemplo a empregabilidade, fazia-se. No que diz respeito às redes sociais, os jovens não podem dizer que os partidos não lhes chegam, se não é do conhecimento deles é porque foi mesmo revelado falta de interesse”, afirma. 

Nunca sonhou ser deputado e coloca a profissão acima de todas as prioridades. “Não há um cargo que eu ambicione todos os dias. Ambiciono mais a nível profissional, e até no meu ramo, em Direito, há muita gente que está no mundo da política e isso não é bom, porque perde-se muitos clientes e muita evolução profissional por evidenciar a cor partidária, mas tento conciliar. Se será bom para a minha profissão também não sei, para já a minha profissão é a prioridade, se puder crescer na política, porque não”, acrescenta. 

“Se um dia estiver inserido num cargo superior é para melhorar, não para estar lá acomodado. Estarei lá para trabalhar e colocar a população lousadense contentes com o meio onde se inserem.” 

Vítor Silva

Apaixonado pelo concelho, garante que se um dia estiver inserido num cargo superior “é para melhorar, não para estar lá acomodado. Estarei lá para trabalhar e colocar a população lousadense contentes com o meio onde se inserem, ajudar todos os jovens a nível de emprego e ajudar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida”. 

Enquanto responsável pela autarquia, “a primeira coisa que fazia era ligar para o atual Presidente da Câmara, Dr. Pedro Machado, e não é por ser da minha cor política, mas acho que, tanto o atual presidente como o seu antecessor, fizeram um trabalho tremendo por Lousada, que tem evoluído de dia para dia, tem dado cada vez mais aos jovens infraestruturas de desporto, de ensino, de saúde. Penso que não têm errado nada, claro que a perfeição não está ao alcance do ser humano e pode haver medidas menos boas. No geral, a primeira coisa que faria era felicitá-los e pedir que me ajudassem a prosseguir com o que têm em mente para o futuro”, completa. 

O gosto pelo associativismo e a iniciativa para ajudar os outros

Com muitos sonhos por realizar na política, Ana Cristina Moreira, a mais recente presidente da Juventude Social Democrata (JSD), é advogada estagiária e tem 25 anos. O gosto pelo associativismo sempre esteve muito marcado na sua vida e, há cerca de quatro anos, juntou-se à JSD. 

“Quero ter uma carreira política, mas nunca pensei que começasse por este caminho, porque este ano surgiu a oportunidade de ser presidente da JSD e não era essa a minha ideia de começar este meu percurso, mas se houvesse a proposta tinha de aceitar”, comenta. 

Desde muito cedo que se descreve como boa comunicadora e afirma ter iniciativa para ajudar os outros. “Sempre tive ideias fortes e, desde cedo, senti necessidade de me juntar a alguma associação, não só pela relação com as pessoas, mas para passar as mensagens. Também fiz parte das associações de estudantes por onde passei, para passar a mensagem, e, neste caso, passar aos jovens. A JSD e o PSD são o partido com maior espectro político, ou seja, mais ideias podem caber lá, e surgiu. Claro, a minha família também é, mas não foi pela necessidade de eles serem eu ter de ser também, não. Foi um partido que vi que poderia ter liberdade para expressar, tem ideias e princípios semelhantes aos meus”, completa. 

“Somos dos jovens mais qualificados de sempre e não temos empregos à nossa altura, nem sequer temos a possibilidade de trabalhar, mesmo que seja em más condições. E isto preocupa-me muito.”

Ana Cristina Moreira
Ana Cristina Moreira é presidente da JSD Lousada

Dado a situação do país, Ana explica que “levou a que as pessoas desacreditassem, desmotivassem e se desinteressassem, isto tudo porque houve uma má gestão até agora. Claro que Lousada não foi exceção, foi ebulido nesta bola de neve e as pessoas a olharem para isto ficam desmotivadas e Lousada, nos últimos três anos depois das autárquicas, na minha perspetiva, foram anos perdidos no sentido em que nos faltou um plano estratégico para captar investimento, para dar às pessoas mais qualificações, principalmente aos jovens, porque há coisas que me preocupam”. 

No centro das preocupações está o facto de os jovens não estarem a fixar-se no concelho. “Somos dos jovens mais qualificados de sempre e não temos empregos à nossa altura, nem sequer temos a possibilidade de trabalhar, mesmo que seja em más condições. E isto preocupa-me muito, porque os jovens quando acabam a faculdade querem, pelo amor que têm à vila e pela naturalidade que têm, ficar cá, mas se não tiverem essas oportunidades têm de ir trabalhar para fora”, lamenta, 

“Falta-nos massa crítica, falta-nos ter uma sociedade aguçada, falta falar, falta dizer, expressar, criticar o que está bem e o que está mal, as pessoas têm medo de fazer isso. As pessoas não se interessam. Devia ser incutido, na escola, mais formação política, no sentido de explicar o que são os partidos, que é importante votar, aspetos que sejam importantes e devemos aprender na escola e aguçar muito mais o espírito crítico porque é necessário”, acrescenta a social democrata. 

“As pessoas nem sequer se interessam, os jovens vão ao café e nem falam de política, isso tem que ser mudado, porque é necessário.” 

Ana Cristina Moreira

Ana Cristina Moreira afirma não ter apenas interesse em cativar jovens para a JSD, mas pretende ver jovens em Lousada que sejam pessoas formadas e que saibam aquilo que estão a falar. Precisamos de uma mudança, estamos cansados. Vamos ter as nossas eleições presidenciais agora em janeiro e não se fala disso, toda a gente falou das eleições do Estados Unidos da América e agora ninguém fala das nossas, e isso é que me preocupa, as pessoas vão chegar ao dia e não sabem em quem é que vão votar. As pessoas nem sequer se interessam, os jovens vão ao café e nem falam de política, isso tem que ser mudado, porque é necessário”. 

Um dos primeiros patamares na política está alcançado, mas os sonhos da jovem voam até Lisboa, onde pretende ter um lugar como deputada na Assembleia da República. “A nível municipal, quem sabe ser vereadora e fazer parte da Assembleia Municipal, para começar agora e futuramente conseguir o outro objetivo. Neste momento, o que me interessa mesmo são os jovens e que haja uma mudança. Se calhar, começar pela Assembleia Municipal e falar, mostrar a minha voz”, comenta. 

Não tem como objetivo ser Presidente de Câmara, “mas iria fazer muita coisa a nível social, mudar os apoios, ajudar mais as pessoas, iria criar uma estratégia de desenvolvimento para Lousada. Iria apostar no jovem, na sua formação, e iria apostar também na indústria para promover e ajudar as pequenas e médias empresas. Precisamos de pessoas que falem e estejam interessadas”, finaliza. 

Redação

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