O Caíde Sport Clube foi fundado a 24 de fevereiro de 1977. Os seus jogos em casa são disputados no Estádio Quinta dos Ingleses, na freguesia de Caíde de Rei e a equipa de futebol sénior participa na Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto (AFP), 5º escalão do futebol nacional.
O Caíde Sport Clube nasceu em 1977, por um grupo de pessoas, nomeadamente Abílio Cunha e António Cunha que, de alguma forma, ainda estão ligados à associação. “E por aqui ainda andamos. Sempre estivemos na Associação de Futebol do Porto onde, em meados dos anos 90 nos consagramos campeões”, refere o presidente Fernando Madureira.
No princípio deste milénio também foram campeões e foram “ganhando outro tipo de provas importantes naquela altura”, esclarece, acrescentando que vão “tentando manter e criar estruturas para que tenhamos camadas jovens, seniores e masters. No fundo é a história do clube e que, aparentemente, está saudável”.

No total, são 24 atletas no plantel sénior e cerca de 30 nos masters. Devido à pandemia, o clube conta apenas com duas equipas formadas: seniores e masters. “Não chegamos a começar a formação com as camadas jovens. Se não fosse a pandemia, a ideia seria ter formado mais duas equipas de camadas jovens, porque humanamente é-nos impossível ter mais do que isso. Iríamos ter quatro equipas de formação e, ainda, os seniores e os masters”, lamenta.
“Tínhamos duas equipas de formação com o intuito de as fazer crescer. Aquilo que tínhamos projetado, nesta direção, seria depois de dois anos e veríamos em que condições seriam. Não pomos de parte a continuidade, mas depois terá de haver eleições e se houver outras listas teremos de respeitar democraticamente aquilo que será a escolha dos Caídenses, porque o nosso intuito é que as camadas jovens comecem a colocar jogadores nos seniores”, menciona.
“Nunca quisemos começar sem ter certezas de nada. Não queremos pôr em risco nada nem ninguém.”
Com a paragem, os receios são muito comuns ao de outras associações: perder atletas. “Nunca quisemos começar nada de concreto, porque há um custo para os pais e seria muito desagradável ter aqui os miúdos quatro ou cinco meses em que os pais iriam ter despesa sem haver campeonato. Nunca quisemos começar sem ter certezas de nada. Não queremos pôr em risco nada nem ninguém”, profere.
Este ano, se as competições começarem, acredita que será “de uma forma desastrosa, porque se tivermos de jogar ao domingo e à quarta-feira vai ser um desgaste tremendo, a nível físico e psicológico. Apesar de ainda não termos sentido muito a questão dos jogos à quarta, porque a única deslocação que tivemos foi a Lousada e as outras equipas é que vieram cá jogar”, confessa.
Clube mantém-se “saudável e estável”
Para o presidente, é um clube que teve altos e baixos. “Felizmente, teve mais altos que baixos, mas é um clube que está saudável. Temos muitas responsabilidades, nomeadamente algumas dívidas que vieram de trás”, lamenta.
“Temos um plantel interessante e a tabela não mostra aquilo que se tem trabalhado. Melhoramos um bocadinho, mas por esta altura poderíamos estar num lugar melhor. Se não tivéssemos que pagar essas dívidas poderíamos investir um bocadinho mais no plantel, mas sem loucuras. Na nossa forma de gerir não há loucuras”, garante.

No Caíde Sport Clube, os atletas são ressarcidos apenas com uma ajuda de custo para os combustíveis: “são os prémios de jogo e é apenas o que o clube ajuda”. O objetivo da direção é garantir que o clube fique “totalmente estável”. Embora haja alguma estabilidade, “ainda há muito trabalho a fazer para garantir que se mantém. Haverá outras metas, mas essas, para já, estão em segredo”, comenta o presidente.
“Queremos estabilizar na Divisão de Honra. Não queremos a loucura de ir para a Elite, porque depois é muito complicado, mas creio que se aparecer a oportunidade o clube não vai vender resultados para não subir.”
“Queremos estabilizar na Divisão de Honra. Não queremos a loucura de ir para a Elite, porque depois é muito complicado, mas creio que se aparecer a oportunidade o clube não vai vender resultados para não subir, isso não fazemos, mas o nosso foco é manter-nos na Honra com estabilidade”, testemunha.
Este ano, privados do habitual convívio de comemoração do aniversário, o clube não esqueceu a data em que celebram a história do clube e das pessoas que fizeram dele uma “instituição respeitada, consciente do seu passado, firme no presente e de projeção para um futuro de ainda maior crescimento”.
Fernando Madureira deixa, ainda, um agradecimento: “nesta direção temos muito hábito de agradecer, podemos às vezes esquecer um ou outro, mas não é por mal. Agradecer aos nossos patrocinadores que, mesmo na incerteza, foram incríveis. Que nos proporcionaram continuar com esta luta, foi uma ajuda fantástica. Os Caídenses, porque fizemos um peditório nas duas temporadas e toda a gente ajudou, seja cinco, dez ou 50 euros, e os nossos sócios, mesmo sabendo que não poderiam entrar para ver os jogos, continuaram a pagar as suas quotas”.
TOP – 5*
– Quem trabalho, por Amor ao club merece todo o carinho.
– Parabéns a excelente equipa.