Há cada vez menos jornais em circulação em Portugal. No ano de 2002, circulavam 800 jornais nacionais, regionais ou locais no nosso país, com periodicidade diária, semanal, mensal ou outra. Esse número vem decrescendo desde então e em 2019, o último ano com registos, circularam apenas 364 jornais em Portugal. Segundo os dados de fevereiro deste ano da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), apenas estão registados 276 jornais. O Louzadense será uma das publicações que contraria esta tendência. Iniciamos a nossa atividade em abril de 2019 e por isso estamos em contraciclo nestes registos da Pordata e da ERC.
A nossa tarefa tem sido árdua! A conjuntura pandémica e económica tem sido uma verdadeira tormenta, que enfrentamos com bravura e resiliência. Estamos conscientes das dificuldades, mas as dezenas de “Grandes Louzadenses”, de “Louzadenses com Alma” e de “Louzadenses lá fora”, que demos a conhecer aos nossos leitores, são um estímulo e um compromisso que nos honra e motiva para ultrapassar as barreiras e armadilhas que o caminho nos vai proporcionando. Desejamos que os nossos leitores nos auxiliem nesta caminhada. Precisamos de mais assinantes e que publicitem n’ O Louzadense.
Sentimos que estamos a crescer como uma referência importante no quadro informativo do nosso concelho. As centenas de assinantes da edição em papel e no digital, bem como os nossos seguidores e leitores ajudam-nos a monitorizar o trabalho que desenvolvemos. Temos dado relevo a jovens e menos jovens, que expõem as suas ideias através de artigos de opinião. As associações recreativas, culturais e desportivas apresentam as suas dificuldades e ambições. Os temas de pertinência local e por vezes nacional, que abordamos com coerência, independência e dignidade são motivo de orgulho. Todo o repositório que disponibilizamos ao longo destas 47 edições é uma realidade indelével, que um dia a história testemunhará.
Não é fortuitamente, que o nosso aniversário coincida com esta data tão importante para Portugal – o 25 de abril! Curiosamente pouca coisa é ao acaso nesta nossa construção. Tencionamos contribuir com algo diferente para a comunicação social lousadense. Temos um parceiro nesta comunicação social existente em Lousada há dezenas de anos – o TVS. Jornal importante na dinâmica informativa do nosso concelho e não só. A sua matriz semanal reporta-nos a factos fundamentais para o nosso esclarecimento. O Louzadense preferiu um outro paradigma, a notícia quinzenal, muitas vezes intemporal, que nos permite dar mais profundidade a alguns temas. Ainda não tinha surgido este modelo no nosso concelho. Pretendemos “revolucionar” a atitude comunicativa de proximidade, empática e abrangente. Estamos conscientes que sozinhos a tarefa é hercúlea, assim contamos que nos coadjuvem neste terceiro ano de existência, que agora iniciamos.
Passemos à nossa edição que terá 24 páginas de temas aliciantes. Abrimos com um verdadeiro lousadense de corpo e alma – Jorge Magalhães! Nunca desejamos que o nosso Lousadense de capa tivesse uma determinada ordem ou sequência, quer de relevância ou de erudição pública. Gostamos que surja num determinado contexto que planeamos. Assim, o ex-presidente da câmara Jorge Magalhães corporiza a “revolução” que Lousada sofreu nos últimos 20 anos. Sem desprimor para os anteriores, teremos de ser justos e aceitar que o seu legado foi importante para a nossa realidade atual concelhia. Homem diligente, empático e acessível corporiza a verdadeira dimensão política e social, que um autarca deve possuir. Como é um lousadense sobejamente conhecido, não nos alongamos em mais considerações sobre a caracterização do Dr. Jorge Magalhães. Consideramos que os adjetivos que possamos acrescentar poderão parecer exageradamente lisonjeadores, fruto da amizade que partilhamos há muitos anos.
José Dias será o nosso “Louzadense com alma”! Homem de grande verticalidade, empresário entusiasta, benemérito e dirigente associativo de imensa relevância, foi uma figura, que bem merecia ter obtido um maior reconhecimento público de todos nós durante a sua vida.
Na rubrica “Cidadania” partilhamos duas vivências diferentes. A extensa e admirável vivência do engenheiro Alfredo Ferreira, que com os seus 92 anos, retrata-nos resumidamente a sua longa e proveitosa vida. Joaquim Cunha, um lousadense empreendedor e disponível para colaborar com várias organizações da sua freguesia (Macieira) e com uma enorme vontade de a tornar melhor.
Apenas mais um apontamento, para relevar a nova rubrica que introduzimos no nosso jornal – As Casas Nobres de Louzada. O Mestre em património José Carlos Silva dar-nos-á a conhecer um pouco mais da diversidade e riqueza de construções centenárias lousadenses e que o seu interesse histórico e artístico justifica plenamente, uma análise mais pormenorizada.
Esta missiva já vai longa, outros e bons motivos existem para auscultar a nossa edição. Terminamos, desejando uma ótima leitura e reiterando o nosso desafio a Lousada, colaborem no crescimento d’O Louzadense, pois seguramente estarão a contribuir para que se alcance um meio de comunicação mais capaz e mais abrangente, tanto nos conteúdos como na cidadania.
Viva o 25 de abril!
Viva a liberdade de opinião!
Viva Lousada!