Márcia Ribeiro tem 22 anos, nasceu em Paredes, mas fez parte da sua vida em Lousada. Adora fotografia e estar à frente das câmaras como modelo. É a mais recente cara da marca ‘Cavalinho’ e deseja crescer no mundo da moda e fotografia.
Começou o seu percurso do 10.º ao 12.º ano, na Escola Secundária de Lousada, onde tirou o curso de multimédia. Prosseguiu para a licenciatura na mesma área, que terminou no ano passado.
“Desde muito cedo percebi que queria trabalhar na área da fotografia”, afirma. Apesar da sua grande paixão ser atrás das câmaras, Márcia não se deixa ficar por aí, sendo a cara mais recente da marca Cavalinho.
Esta paixão foi aumentando à medida que ia crescendo. Com o aparecimento das redes sociais sentiu mesmo que era isto que queria fazer: “tive até a minha primeira câmara fotográfica, que era uma câmara compacta, que ia comigo para todo lado”, lembra. Ao entrar para o Curso de Multimédia começou a explorar mais este mundo e a nunca mais querer sair dele.

Antes de se tornar na cara mais recente da Cavalinho, Márcia já fez trabalhos de modelo para ajudar outras lojas: “como também gosto de ser fotografada, nunca me importei muito em ajudar as lojas neste sentido”, comenta.
Em 2019, foi desfilar no programa “Praça da Alegria”, através de uma loja de Penafiel, e “foi este o meu primeiro grande projeto como modela”, relembra. Em 2021, “uma prima começou a trabalhar na agência que faz fotografias para a ‘Cavalinho’ e como estavam à procura de uma nova modelo ela mostrou o meu Instagram e, felizmente, gostaram de mim e entraram em contacto comigo”, afirma a fotógrafa.
Um mundo que costumam pintar de cruel, mas que nem sempre é assim. Nas últimas experiências vividas, não sentiu qualquer crueldade. “A única coisa que senti, mas talvez por ser baixa, é que as roupas nem sempre me serviam ou não me assentavam bem, começando a sentir-me frustrada comigo mesma, não por quem estava à minha volta, mas para mim mesma. Acho que depende muito das pessoas com quem trabalhamos”, admite.
No entanto, Márcia não se deixou ir abaixo por causa destas pequenas barreiras que por vezes aparecem: “neste momento não tenho uma baixa autoestima, porque se sabemos aquilo que valemos, não nos podemos rebaixar por causa disto”.
“Não há motivos para nos sentirmos mal”, refere. Para afastar os pensamentos mais negativos, a modelo tenta abstrair-se e pensar de maneira positiva: “uma peça não me serviu, mas não faz mal, tenho uma loja inteira para experimentar, vai haver sempre solução”.
“Foi bom ter estado do outro lado da câmara, porque pude perceber os métodos que usam e como trabalham.”
Apesar do seu objetivo ser ficar atrás das câmaras, a fotógrafa não conseguiu negar este convite, “aliás, quando disse ao meu pai, ele até pensou que ia ser eu a fotografar a campanha”, brinca. Nas sessões, admite que enquanto fotografa “foi bom ter estado do outro lado da câmara, porque pude perceber os métodos que usam e como trabalham”.

Assim como Márcia, a sua família e amigos, ao receberem a notícia de que a fotógrafa iria fazer a campanha para a Cavalinho, ficaram surpresos: “ao início pensaram que era mentira”, lembra. Com o apoio dos familiares e amigos, Márcia ganhou ainda mais forças para caminhar nesta aventura: “ficaram muito orgulhosos, principalmente os meus pais, e apoiaram-me imenso”.
Para a modelo, “não é que seja assustador, mas quando passo na autoestrada e vejo os outdoors com a minha fotografia, fico `ok, aquela sou´, imensa gente vê-me todos os dias. É gratificante representar uma marca com um peso tão grande a nível nacional, como a Cavalinho”, afirma.
Admite que se receber um convite para representar uma marca com a qual não se identifica, não irá aceitar, “porque estamos a representar uma marca só pelo dinheiro, as coisas não vão ficar bem feitas. Acho que só prejudicará o meu futuro, porque o resultado final não será o melhor”.
Para já, ainda não tem em vista projetos enquanto modelo. A nível da fotografia “gostava de evoluir sempre mais, ter o meu próprio espaço e ganhar mais nome”. Os planos a curto prazo serão sempre crescer e ganhar mais experiência.
Por último, Márcia acha que desistir dos sonhos nunca será opção, mesmo ouvindo muitos “nãos” que se vão recebendo pelo caminho.
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