Um homem de sucesso com os pés bem assentes na terra.
Nascido a 26 de outubro de 1956, com 65 anos de idade, José Meireles da Silva é um empresário de sucesso e um ativo residente de Lodares, freguesia portuguesa do município de Lousada. Fundador de quatro grandes Leiloeiras, de um Grupo de Cavaquinhos, do Núcleo de Árbitros de Futebol do Vale de Sousa…entre tantas outras coisas que, nos dias de hoje, o fazem ser uma figura importante no crescimento e desenvolvimento da vila.
Proveniente de Santa Marinha de Lodares onde atualmente ainda habita, José Meireles é considerado um verdadeiro filho da terra na qual nutre um sentimento único por esta. Um indivíduo viajado e, consequentemente, conhecedor de inúmeros saberes, nestes anos de vida, é naturalmente conhecido como Sr. Meireles. Apesar de não escolher esta designação, reconhece o carinho de quem a profere.
Desde muito novo, soube o que era passar dificuldades de vida. Com, somente, 8 anos de idade, onde a brincadeira deveria ser princípio, foi trabalhar para uma padaria durante a noite. Assim sendo, a ilusão e o lazer característico desta tenra idade transferiram-se para uma realidade completamente distinta.
Ao abordar a sua infância, de imediato, a descreve como complicada devido ao seu precoce emprego. Em virtude de ser ainda uma criança, estudava durante o dia e à noite dirigia-se para a sua ocupação. O resultado deu-se num menino revoltado com a situação porque ia para a escola e adormecia, porém, a culpa não era sua. Incompreendido pela professora acabava a levar, naquela época, as tradicionais reguadas.
Nasceu numa família humilde, filho de pai carpinteiro e de um núcleo familiar de lavradores onde se amanhava terras, José considera que o seu percurso profissional não exerceu influência alguma dos seus parentes. Segundo o próprio, “a melhor formação que os pais podem dar é, essencialmente, a educação, o preparo para a vida e caso possam, condições para estudar”, todavia este não deteve desta última possibilidade, respetivamente, pois teve de trabalhar para ajudar a sua família numerosa.
“Fui sempre uma pessoa com ambição”, afirma José Meireles. Após este trabalho, decidiu ir aprender certas artes ligadas ao ramo do mobiliário, como as técnicas habituais de acabamento de móveis. Encontrou-se muitos anos nesta área, até que certa altura, começou a haver alguns problemas derivados da crise sentida e optou por encerrar esse capítulo da sua vida.
Aliciado por novas experiências e sendo uma das particularidades dos leilões, pelo meio do seu antigo emprego já estava um bocado vinculado a esta parte que, na ocasião do fecho da empresa mobiliária dedicou-se inteiramente aos leilões. Nos dias de hoje, é um empreendedor com bastante notoriedade nesta atividade, mas revela que foi sempre “dando passos” para chegar ao atual patamar.
“Inicialmente, comecei a comprar produtos em leilões públicos”, refere José admitindo que com as inovações tecnológicas naturais inaugurou-se também o leilão eletrónico. Este último, respetivamente, também conhecido como leilão online é realizado via web, como uma ferramenta de Business-to-Business principalmente para as áreas de aquisição ou compras. Para o mesmo, o leilão presencial traz mais rentabilidade, uma vez que as centenas de pessoas presentes se estimulam umas às outras. As características primordiais destes, sejam online ou não, é que os preços são determinados dinamicamente em processo de concorrência.
A sua primeira empresa foi a Global Geração sendo criada em 2002. A mesma dedica-se à comercialização de produtos provenientes de leilões ou insolvências. A sua norma é comprar todos os processos referentes a bens móveis e, no geral, 80% dos produtos são vendidos no local e os restantes vêm para a instalação física que se encontra aberta ao público, situada em Lodares.

De seguida, inaugurou a Leilomeireles, S.A. que abrange a parte imobiliária, isto é, destina-se à compra de bens imóveis. Esta está apenas ligada a insolvências particulares e apresenta-se em Lousada.
José Meireles, um homem de negócios cheio de vontade, após a abertura destas duas empresas decidiu abrir a leiloeira EXCLUSIVAGORA em Santo Tirso, uma cidade portuguesa que pertence ao distrito de Porto. Esta tem como principal missão a prestação de serviços na organização e gestão de processos de venda de direitos e bens, móveis e imóveis, no âmbito judicial e extrajudicial. Colaboram com cerca de 34 Administradores de Insolvência, Advogados, Agentes de Execução, Repartições de Finanças, entre outras entidades. “Hoje em dia, temos a felicidade de nos procurarem”, sublinha o proprietário.
A par destas três leiloeiras sediadas em Portugal, também detém uma em Espanha, mais concretamente, em Vigo. José Meireles apesar de afirmar que todas se encontram a trabalhar bem, pretende “mais dia menos dia” terminar esta última. De acordo com este, ainda não encerrou graças à afeição e respeito que os Administradores sentem ao trabalhar consigo.
Em nenhum momento da vida de José, surgiu alguma hesitação e receio pelo caminho escolhido. “Sempre fui uma pessoa forte e decidida e nunca tive medo de avançar”, declara, considerando ser essencial ir com a confiança e certeza certa em qualquer situação.
Quando questionado sobre as suas quatro empresas, consolida, “é um crescimento contínuo e estamos sempre a dar passos com muita calma para não dar um em falso”.
Pelo meio desta vida, José Meireles esteve ligado ao mundo do futebol sendo uma das suas grandes paixões, embora nunca tenha tido muito tempo para praticar o desporto dado a sua atividade profissional. Preliminarmente, despertou-lhe o interesse pela arbitragem havendo tirado o curso para árbitro de futebol. Exerceu esta ocupação durante 12 anos e desistiu ao fim desse tempo por vontade sua, no entanto considera ter sido uma experiência engraçada da qual gostou muito.

Ao encargo desta atividade, José contou ao Louzadense uma curiosa história, “era habitual recebermos as cartas com os jogos que íamos arbitrar às quartas-feiras, durante 1 ano após ter abandonado esta carreira, acordava ainda ansioso para receber a menção. Só depois é que comecei a assimilar que o normal hábito havia terminado”, confidencia.
Foi fundador do Núcleo de Árbitros de Futebol do Vale de Sousa ainda a exercer o seu papel de árbitro. Mais tarde, deixou ambas as responsabilidades e foi para Dirigente do Conselho de Arbitragem do Porto. José não se ficou por aqui, corria o ano de 1996 quando foi Presidente da Associação Desportiva de Lousada, uma vez que na altura não havia direção havendo assumido o cargo.

Levando em conta o facto de estar ligado ao meio futebolístico, acredita ter experienciado momentos bons e maus enquanto presidente do AD Lousada. Na altura, o clube estava na segunda divisão nacional e a equipa de José conseguiu excelentes resultados durante a época, conforme afirma o próprio. Após esta vivência, o mesmo nutre muito respeito por quem dirige pois sabe o quão difícil é, essencialmente, quando os resultados não são os esperados.

A determinada altura entendeu já ter feito e dado muito de si ao desporto que abandonou, porém, um convite inesperado para fazer parte da Associação de Futebol do Porto fez com que José “corrigisse as suas palavras” e não rejeitasse a aliciante invitação. Este agregou-se a esta à posterior de ser presidente do AD Lousada. Atualmente, ainda faz parte da Associação de Futebol do Porto.
Interpelado sobre qual acredita ser o ponto chave do sucesso, José Meireles não hesita em afirmar “quando se tem um objetivo e se foca a 100% nele”. Considera que o seu grande êxito foi no momento em que se dedicou, exclusivamente, à parte das insolvências.
Além do seu fascínio pelo futebol junta-se a música embora sem medida comparativa. Na altura em que foi Presidente da Associação Desportiva e Cultural de Lodares havia um Grupo de Cavaquinhos. Contudo, quando abandonou o cargo houveram pessoas que não quiseram continuar devido à sua saída. Com o intuito de apoiar o seu filho e os amantes desta arte onde o próprio se inclui, foi fundador do Grupo de Cavaquinhos de Santa Marinha de Lodares onde arranjou um estúdio para os ensaios.

Através desta criação, conseguiu levar duas vezes os membros à RTP para atuar e também ao Porto Canal. No entanto, a pandemia quebrou esses contratos que ajudam na promoção. “Era um grupo que estava em crescimento, neste momento estão a retomar aos poucos”, sublinha José.
José Meireles é pai de 6 filhos onde possui uma ligação com todos eles. Atualmente, tem dois deles a trabalhar consigo nas empresas. O seu maior desejo é que, um dia, os seus descendentes queiram dar continuidade ao seu trabalho pelo qual lutou e se sacrificou. “Eles são humildes e trabalhadores, mas não sei se irão dar seguimento”, revela o próprio demonstrando uma tristeza caso isso não aconteça.
Enquanto ser humano crê ser bastante acessível a tudo e sempre pronto a ajudar os mais necessitados e não só. No meio do homem de sucesso encontra-se uma sensibilidade fora de série. José afirma, com toda a certeza, que Lousada é tudo para ele. “Nasci nesta terra bonita e irei permanecer até ao último dia”, conclui evidenciando todo o amor que sustém pela vila da Camélias.
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