por | 9 Mar, 2022 | Economia

Novo avanço da candidatura de Susana Faria: Eleições na Caixa Agrícola

Susana Faria é despedida após avançar com candidatura

Em Agosto, a Comunicação Social divulgou que um grupo de associados da Caixa Agrícola (CCAM TSABT) liderado por Susana Faria iria apresentar uma candidatura aos órgãos sociais da Caixa. Nessa data, a economista referiu que a candidatura pretendia ser um projeto alternativo, pela positiva e, assumindo que “não era contra ninguém”. 

O processo eleitoral mostrou-se conturbado, sofreu alguns atropelos e mereceu críticas e reparos de Susana Faria e de alguns associados, o que originou a apresentação em Tribunal de uma providência cautelar, cujo julgamento se realizou hoje, dia 9 de março. 

Tal como também foi noticiado, Susana faria tem um percurso de 13 anos no desempenho do cargo de analista de crédito nesta instituição bancária.  

Cinco dias após ter sido noticiada a sua intenção de liderar uma equipa com um projeto alternativo para a Caixa, foi notificada com uma 1ª nota de culpa com base na divulgação da sua candidatura junto da comunicação social, iniciando-se o processo disciplinar movido pela sua entidade patronal. Seguiram-se mais 2 notas de culpa para avolumar o processo disciplinar e no dia 23 de setembro de 2021, o Conselho de Administração Executivo informou a analista de crédito, Susana Faria, que tinha deliberado “suspender preventivamente das suas funções até à conclusão dos processos disciplinares”, impedindo-a, a partir dessa data, de entrar na sede da Caixa, seu local de trabalho.  

Mais tarde, recebeu mais uma 4ª nota de culpa e no 22 de fevereiro foi informada que o processo disciplinar se concluiu com a decisão de “despedimento por justa causa, sem qualquer indemnização ou compensação”. 

Susana Faria diz estar “chocada com a atuação demonstrada pelos órgãos superiores da Caixa, designadamente o seu presidente e qualifica “todo o procedimento de anti-democrático, prepotente e de perseguição, num total desrespeito pelo  trabalho enquanto colaboradora”. Acrescenta ainda que sente “falta de liberdade enquanto associada” para se “candidatar ao órgão superior da Caixa”. 

Susana Faria adiantou ainda, que quando transmitiu a sua intenção de se candidatar a alguns dos seus colegas e alguns sócios ouviu de forma repetida a mesma frase:  “Assim que se souber da candidatura, vai aparecer um processo disciplinar. Efetivamente estavam certos, acabou por se concretizar o que muitos vaticinaram”.  

Susana Faria afirma que acredita que tem o apoio de muitos dos seus colegas que nunca se manifestaram publicamente por recearem represálias do Conselho de Administração. 

A economista confessa que “provavelmente não teria recebido esta carta de despedimento se tivesse acedido a uma alegada proposta que lhe chegou por interposta pessoa”.  

“Podemos resolver isto: a Susana retira a providência cautelar e o processo disciplinar cai”, afirmou, explicando que “como não acedi a tal proposta, fui despedida”.  

Para Susana Faria, esta postura não terá certamente a anuência do regulador, o Banco de Portugal, designadamente no que diz respeito à idoneidade.  

Desde o início do processo eleitoral, foram reportadas ao Banco de Portugal “todas as situações irregulares, injustas e anti-democráticas”, mas não obstante já terem decorrido 6 meses ainda não há uma resposta final. 

Por fim, refere que a providência cautelar seguirá os trâmites normais até à decisão final que acredita ser favorável ao grupo de associados contestatário à atual liderança da Caixa.  

Quanto ao seu despedimento, assegura que irá recorrer ao Tribunal competente “para que se reponha a verdade e se acabe com a injustiça” que se diz estar a ser alvo. 

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