por | 2 Jun, 2022 | Editorial

Editorial da edição 75º de 02 de junho de 2022

Que futuro espera as nossas crianças?

Ontem dia 1 de junho foi dia mundial da criança! Que futuro terão as crianças de hoje? Provavelmente pior que a geração dos seus pais. Mundo muito mais inconstante e atribulado, com o Planeta adoecer a passos largos, tecnologia a substituir o ser humanos de uma forma irreversível, menos socialização, mais egoísmo intra-espécie, enfim, diversas situações que poderão dificultar o futuro da humanidade. Claro que há coisas mais positivas, fundamentalmente, o avanço da medicina, a capacidade de comunicar à distância e a parte tecnológica que nos ajuda efetivamente.

Este é o nosso destaque. Auscultar técnicos que nos ajudem a conhecer a realidade de hoje da nossa juventude. Tentar compreender se as desigualdades da infância acompanham a criança ao longo da sua vida e se têm impacte direto nas suas escolhas de instrução e na sua carreira profissional. 

Crianças de comunidades mais desfavorecidas têm menos acesso à educação e ao desenvolvimento do seu potencial. Situação que se mantém aquando da passagem para o mercado de trabalho. O Estado não se pode demitir do seu papel de “educador” e as empresas têm de olhar para além das habilitações. Por incrível que pareça, 47,8% dos portugueses com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos não terminaram o secundário. São pessoas que, muitas delas, ainda estão no ativo. E que são (ou vão ser) os pais da futura geração de jovens. Esta geração precisa de valorizar o mérito e potencializar o talento, para que não haja uma sociedade tão interesseira e corrupta.

A verdade é que “o sucesso escolar de uma criança é fortemente influenciado por aquilo que é um conjunto de fatores alheios ao seu próprio esforço” (Maria Azevedo). Mas que acabam por condicionar o seu futuro enquanto profissionais no ativo. 55% dos filhos de trabalhadores manuais tornam-se eles mesmos trabalhadores manuais. E isso tem impacto quer no percurso profissional, quer no nível salarial. Uma solução seria dar mais importância aos valores e não tanto às qualificações. Será necessário mudar esta mentalidade antiga e ultrapassada, que os que têm mais estudos e com melhores resultados serão os mais capazes. Temos verificado que esta visão não corresponde às necessidades do mundo de trabalho, pois tem escasseando responsabilidade e compromisso com o dever. Parece que os direitos aumentam e os deveres diminuem. O futuro…a eles (crianças/jovens) pertencerá, falta saber em que condições?

António Pacheco é o lousadense que relevamos na rubrica “Grande Louzadense”! Cidadão de causas, que desde muito novo abarcou a atividade associativa e política. Homem de fortes convicções foi presidente de junta muito ativo, bem como 1º secretário da assembleia municipal. Enquanto político, foi sempre reconhecido como um homem impoluto e equitativo. Teve uma postura respeitadora e respeitada. Fundou e representou várias intuições associativas do concelho. Foi ainda um dos lousadenses que participou na revolução do 25 de abril.

António Mário Sampaio Bessa, mais conhecido por Toni Bessa é recordado nos “Louzadenses com Alma”. Foi um cidadão bairrista, defensor da sua terra e tradições. Registava em filme e fotografia tudo que acontecia relevante em Lousada, desde atividades políticas, desportivas culturais e sociais. Detentor de um espólio muito importante para se reconstituir a história mais recente de Lousada e dos seus intérpretes mais ativos e participativos. 

Rui Ribeiro é o nosso destaque na rubrica “Cidadania”. Um verdadeiro lousadense dedicado ao próximo. Bombeiro há mais de 30 anos e atualmente funcionário da corporação. Participou nas Festas Grandes em Honra do Senhor do Aflitos, no primeiro ano que as mesmas deram lucro! Foi fundador da LADEC e teve outras participações sociais. Homem simples, mas de forte personalidade é mais um lousadense que defende e gosta da sua terra.

Cátia Pereira é uma desportista no mundo do boxe. Desmistifica certas ideias preconcebidas sobre este desporto ser só para homens. Dedicada à modalidade desde 2018, sente que foi uma paixão inesperada, mas que a realiza também enquanto mulher.

A Banda Musical de Lousada merece o nosso destaque na rubrica “Associativismo”. Mantém a tradição de atuar em várias festas e romarias que se comemoraram ao longo do ano, bem como na realização de concertos. Esta banda filarmónica conta com 64 elementos, com uma grande maioria provenientes do Conservatório do Vale do Sousa, sediado em Lousada.

Continuem a seguir-nos!

Boa leitura!

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