Nascido no dia 21 de outubro de 1968, o cidadão natural de Silvares, representa o associativismo nas diversas comunidades. Desde o ano de 1989 é bombeiro voluntário e, adiante, tornou-se profissional desta área, até à data. Contribui para uma sociedade mais responsável e preparada na qual o trabalho desenvolvido em várias áreas é fundamental na proteção dos cidadãos. Além do mais, o desporto fez sempre parte da sua vida, representado nos inúmeros cargos que desempenhou no A.D. Lousada. No meio da vida agitada, ainda deixou a sua marca nas Festas em honra do Senhor dos Aflitos.
Natural de Silvares, Rui Ribeiro habitava com os seus pais no centro da vila. Atualmente, no seguimento do seu matrimónio com Anabela, reside em Alvarenga, uma freguesia portuguesa do concelho de Lousada. Deste resultou um filho, Rui Pedro, que se encontra a terminar o mestrado em Enologia.
Iniciou o seu período escolar na Escola Primária dos Bombeiros e, a partir de então, a sua ligação com esta instituição começou a ganhar força. Recorda com carinho os tempos em que compelia, no bom sentido, o seu professor a deixá-lo ver o que tinha acontecido sempre que era acionado o alerta imediato da sirene. “Qualquer coisa relacionada aos bombeiros cativava-me”, afirma.
De seguida, frequentou o segundo ciclo na Quinta das Pocinhas. Terminada esta fase, uma vez que não havia nenhuma instituição em Lousada a lecionar os próximos anos, optou por ir para a Escola Secundária de Penafiel onde se manteve até ao 11º ano de escolaridade. Neste ano, deixou duas disciplinas para exame que, à posteriori, não chegou a terminar. Posto isto, em jeito de castigo os seus pais obrigaram-no a regressar à sua terra natal para completar os estudos.
Neste interregno, surgiu a Escola Secundária no edifício novo em Pias e matriculou-se na mesma. Contudo, como só tinha duas cadeiras para terminar, começou a trabalhar na Pensão Restaurante Avenida. Concluídas, regressou à Escola Secundária de Penafiel para fazer o 12º ano.
Todavia, por meio deste, foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório. Colocou-se na Tropa da Marinha e, inicialmente, realizou a instrução inicial básica e as formações em várias vertentes em Vila Franca de Xira. Após meio ano, devido à sua boa classificação, escolheu vir para a unidade situada em Leça da Palmeira onde permaneceu até ao fim do seu período militar de 18 meses.
“A minha experiência foi boa. Lembro-me daqueles tempos com muita nostalgia pois foram muitos e bons os momentos que lá vivenciei”, sublinha Rui que, nos dias de hoje, ainda mantém contacto com os companheiros.
Por meio desta sua passagem, conciliou o serviço militar com a atividade jornalística. Em simultâneo desempenhava as duas tarefas derivado à permissão dada pelos seus comandantes. Segundo o próprio, foi bastante interessante essa fase pois auferiu do privilégio de fazer coisas engraçadas. A sua função na área do jornalismo adveio de umas colaborações realizadas outrora, nomeadamente na Rádio de Lousada e noutros meios de comunicação.

Terminada esta época, acabou o 12º ano em horário pós-laboral. No ano seguinte, propôs-se ao ensino superior e entrou no curso de Gestão Autárquica na Universidade Portucalense, um pólo existente em Penafiel. No entanto, ao fim de cinco meses desistiu. Esta sua decisão derivou de ver os jovens da sua idade a ganharem dinheiro e, como a sua vida tinha sido marcada por várias pausas, atrasou-o neste aspeto.
A ânsia de usufruir dessa propriedade levou-o a iniciar o seu percurso profissional numa empresa familiar onde permaneceu de 1994 até ao ano de 2008. Neste ano, ingressou como profissional dos bombeiros no qual se mantém até à data. De referir que é voluntário da Corporação de Bombeiros de Lousada desde 1989.
Como referido anteriormente, o “bichinho” desta paixão entranhou-se nos tempos primários. Na altura que saiu da firma foi convidado pela direção dos Bombeiros Voluntários de Lousada para integrar o comando. Rui aceitou e manteve-se no mesmo durante quatro anos. Após sair deste cargo, por opção própria, continuou como funcionário.
“Prezo em ser funcionário dos bombeiros e com muito orgulho que o sou”, declara, visivelmente satisfeito da sua atividade profissional. No entanto, como em todas as atividades, existem sempre as partes boas e as menos boas. De acordo com Rui, os momentos mais tristes é quando não se consegue fazer nada por quem se vai socorrer. Por outro lado, quando conseguem auxiliar, bem, é a melhor coisa que pode acontecer a um profissional desta área.
Quando interrogado acerca daquilo que é necessário para se ser considerado um bom bombeiro, o lousadense não hesita e afirma que a disponibilidade é primordial.
“Dediquei mais de metade da minha vida aos bombeiros”, assinala, demonstrando o carinho e o cordão umbilical que nutre por esta instituição.

No meio das mais de cinco décadas de existência, Rui esteve sempre envolvido em várias associações. Inicialmente, na época académica fez parte da Associação de Estudantes em Penafiel e em Lousada. Estas representam as primeiras plataformas de cidadania para muitos jovens e, através das mesmas, desenvolvem vários métodos fundamentais.
“É preciso organização e trabalho em equipa”, remata. Fez também parte dos escuteiros, no ano de 1980, em Lousada, na qual revela ter sido uma experiência interessante. A partir de então, nunca mais parou. O desporto fez sempre parte da sua vida, inclusive agora que se assume um verdadeiro consumidor de todas as modalidades. Em seguimento, foi atleta, treinador e dirigente em diferentes alturas na Associação Desportiva de Lousada.
No ano de 2006, surge nas Festas em Honra do Senhor dos Aflitos. “Gostei sempre das festas, eu saía da porta de casa e já estava nelas”, explica, mostrando que mesmo que não apreciasse tinha que conviver na mesma. Contudo, nunca foi esse o caso pois sempre nutriu gosto por estas.
Numa questão de brincadeira, um amigo disse-lhe que iria fazer as festas e perguntou a Rui sobre se aceitaria ajudar. Em boa fé e porque preza a palavra dada, aceitou. Um ano após o convite meteu “mãos à obra” juntamente com os restantes elementos da comissão de festas. O lousadense foi o tesoureiro das festas no ano de 2006.
Foram alguns os objetivos da comissão de festas de 2006, como: não dar prejuízo, introduzir a terça-feira, realizar uma confraternização no final, entre outros. No meio de muitos obstáculos e sobressaltos num caminho desconhecido, os propósitos foram cumpridos com bastante sucesso. “Correu tudo muito bem”, sustenta.
Por consequência, devido aos entraves que apareceram constituiu-se a LADEC – Associação de Eventos Culturais no sentido de regularizar a parte contabilística das festas, bem como por outros motivos. Rui foi o fundador número cinco desta instituição.

Apesar de todos os serviços que desempenhou e continua a desempenhar nas várias vertentes, o lousadense não gosta de estar sob os holofotes derivado da sua personalidade discreta. Além desta particularidade, caracteriza-se como amigo do amigo, justo, verdadeiro e homem de uma só palavra que incompatibiliza com pessoas hipócritas. Nos seus tempos livres adora fazer puzzles e olha para estes como uma analogia da sua existência.
Para finalizar, Rui Ribeiro declara que Lousada é o seu berço. “Foi a terra onde eu nasci, com o maior privilégio, e a terra que me habituei a gostar”, conclui.
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