Caro leitor,
Perdoe-me o atrevimento mas inicio esta rubrica com uma frase peculiar – “A Psicologia possui um longo passado, mas uma história curta” (célebre frase de Hermann Ebbinghaus).
A Psicologia é uma ciência muito recente.
A própria Ordem dos Psicólogos Portugueses, organismo que regulamenta o exercício da função de psicólogo, foi criada a 4 de setembro de 2008, não tendo 20 anos de existência. Isto poderá explicar o desconhecimento sobre a ciência psicológica…
Mas, então, porquê “Ciência Viva”?
Pensei neste termo “Ciência Viva” em primeiro lugar, tudo o que rodeia a psicologia é científico e comprovado: os psicólogos têm o dever de exercitar a sua função com base em factos científicos atuais e respeitando todo um conjunto de regras previstas no Código Deontológico da profissão. Sabe-se também que Psicologia tem como objetivo primordial a explicação dos comportamentos humanos promovendo o bem-estar dos indivíduos nos vários contextos da sociedade, nos hospitais, escolas, comunidades locais (através do trabalho em juntas de freguesia, câmaras municipais), prisões, empresas,.. sendo que para ocorrer comportamento tem de existir logicamente… Vida.
E, finalmente, é uma ciência viva porque nunca se falou tanto de psicologia e do papel do psicólogo como durante a recente pandemia e após o surgimento de imagens que nos recordam dia após dia desta guerra vivida no seio da Europa.
A Psicologia é também uma ciência viva porque tudo o que se faz em psicologia precisa exatamente de Vida… Um psicólogo em contexto clínico privado não conseguirá ajudar um cliente, se este não se expuser ao fator “Vida”- à sua própria vida em interação com outros elementos.
Em Psicologia não existem “milagres”, “bruxarias” ou “mézinhas”… a psicologia simplesmente propõe ao indivíduo um momento privado para refletir sobre si próprio e sobre a sua Vida.
Andreia Moreira

Psicologia: A Ciência Viva

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