por | 3 Mai, 2023 | Cultura, LouzaRock

Bia Lopes: uma estrela em ascensão

A voz cândida e melódica desta jovem desperta atenções e cativa corações. É de estatura baixa, mas agiganta-se em palco. Tem um instinto nato para a música, que desenvolve com muito trabalho e paixão. Tem tudo para se tornar numa estrela de grande dimensão. Por estes dias sai um videoclipe e o primeiro disco.

A música não apareceu na vida de Bia Lopes de paraquedas. Tudo começou “com uma história até engraçada, quando o meu pai ofereceu uma guitarra à minha mãe, como prenda de namoro, e ela nunca chegou a aprender. A guitarra ficou durante anos encostada num canto. Depois casaram e nasceu a minha irmã mais velha, mas ninguém tocou na guitarra. Entretanto num dos primeiros natais o meu pai ofereceu-lhe um daqueles teclados pequenos o qual também nunca chegou a tocar. Depois nasci eu. A guitarra que tinha andado por todas as casas da família voltou e comecei a aprender sozinha, com cinco anos, tanto piano como guitarra, porque tinha os dois instrumentos ao meu dispor”.

Os pais, Isabel Barbosa e Alexandrino Lopes, de Meinedo, inscreveram Bia no Conservatório do Vale de Sousa, em piano. Aos 14 anos foi para uma academia de música em Penafiel, A MELODIA e a jovem explica porquê: “na academia somos um bocadinho mais livres do que no conservatório, que é mais clássico, ou seja se gostas de música pop ou jazz, por exemplo, eles direcionam a aprendizagem um bocadinho mais para isso, o que te dá um impulso e prazer maior”.

Na Universidade, “entrei em 2021, em Genética e Biotecnologia e a parte mais interessante foi que organizei praticamente sozinha, com ajuda da Associação Académica da UTAD um concerto solidário a reverter para as vítimas da Ucrânia, concerto esse que impulsionou o início de uma intensa jornada de concertos no Verão. Até fui convidada para cantar nas Festas de Lousada, o que foi muito bom”.

Confessa que gosta de “música um bocadinho diferente do habitual, ou seja, nunca fui muito fã de tocar música clássica, que até gosto de ouvir, mas não de praticar; gosto mais de pop e hip-hop. Mas também gosto muito de fado. Sou apaixonada por isso e por tudo o que é português. O cante alentejano, por exemplo. O meu gosto musical é completamente versátil”.

Continuando a falar dos gostos e dos feitos, recorda que já participou em três concertos de Pedro Abrunhosa, um deles recentemente, em Lousada. “Ele é alguém que eu admiro imenso como pessoa e a forma como ele canta e transmite aquilo que sente.”

“Gosto da fusão de estilos. A Bárbara Bandeira é uma cantora pop e, no entanto, fez uma música com a Carminho, que é fadista e ao mesmo tempo com o Ivandro que é músico de hip-hop. Vejo-me a fazer algo desse género”.

“Um curso de Direito exige muito estudo e estou em Coimbra, o que me faz perder imenso tempo em viagens. Às vezes venho direta de de lá e vou para o estúdio. É um trabalho que não se vê, mas intenso. É difícil conciliar, mas tudo se consegue e somos todos capazes quando se trata de algo que gostamos”, afirma.

Já deu imensos concertos. Um dos últimos foi na FNAC da Rua Santa Catarina (Porto), com o guitarrista Salvador Gonçalves que é também o seu agente

Embora tenha potencial para tocar vários instrumentos, espera formar uma banda: “conheço ótimos instrumentistas e devemos aproveitar esses recursos”. Depois da atuação como convidada do concerto dos Fulano- X nas Festas Grandes de Lousada de 2022, Bia Lopes espera dar o seu próprio concerto aqui.

“Eu cresci aqui, foi onde tive as minhas primeiras oportunidades e, portanto, é uma honra tocar para a nossa gente, não há sítio nenhum mais significativo. Tenho feito alguns concertos em muitos sítios, mas não há lugar nenhum onde eu me sinta tão acolhida como aqui. É como tocar na sala de casa. Recordo-me, depois de atuar aqui nas festas da vila, passado dois dias fui ali à farmácia e estávamos ainda de máscaras uma senhora disse-me: «tu não foste a menina que atuou nas festas da vila?» e eu adoro esta energia que se cria”.

É uma cantora muito empática e talentosa, portanto duas características muito promissoras de um futuro com sucesso, capaz de realizar os seus sonhos. Um deles é atuar num grande festival nacional, como o Meo Marés Vivas. Bia Lopes está lançada e o céu é o limite.

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