Luís Marinho, de 35 anos, assume a presidência do Clube Automóvel de Lousada há 5 anos. Nesta perspetiva, concedeu uma entrevista onde abordou os objetivos deste. E, além do mais, a próxima corrida que realizar-se-á no circuito, a Prova Rainha, Vodafone Rally de Portugal, a 13 de maio. Conheça mais sobre o desporto automóvel.
O Clube Automóvel de Lousada foi fundado a 07 de Agosto de 1987. Segundo as histórias, tudo iniciou pelas mãos de uma Banda de Música que decidiu fazer corridas de motos e carros para angariar fundos. No seguimento das corridas, entretanto, acabaram por fazer um circuito e realizar provas no mesmo.
Luís Marinho encontra-se no clube há 11 anos. Foram vários os cargos onde marcou presença, tanto a nível diretivo como desportivo, conciliando-os. Após 3 anos da sua entrada, assumiu o papel de vice-presidente e, à posteriori, assumiu a presidência do clube.

Para o presente ano, 2023, o clube irá receber as seguintes provas: 1 prova do Campeonato Nacional de Ralicross; Taça de Portugal de Ralicross; 1 prova do Campeonato Nacional de Drift; Taça de Portugal de Drift; e a prova de 6 horas de resistência de Rallycross. Para mais, está em “cima da mesa” a realização das 400 voltas.
Naturalmente, são provas que envolvem uma enorme logística a vários níveis. Num fim de semana de provas, estão cerca de 100 a 120 pessoas a trabalhar para que tudo funcione da melhor maneira, sendo que estes números não englobam os pilotos inscritos, nem assistentes de equipa.
O circuito situa-se quase no centro da cidade, tornando-se uma complicação para a organização porque exige que haja cortes de trânsito, difícil estacionamento para o público, colocação de vedações extra, etc, uma vez que o paddock está situado no outro lado da rua.
De referir que a preparação da pista é também de extrema importância, merecendo o destaque de Luís dada a quantidade de tarefas necessárias a fazer como: pintura de corretores; retificação de semáforos, retificação geral dos sistemas de iluminação, reparação de terras, limpeza total da zona de asfalto; pintura de linhas de corredores de partida; e a abertura da Joker Lap; entre outras tarefas.
No Ralicross a Joker Lap tem que estar aberta. Contudo, nas restantes provas, esta tem que estar fechada. A coordenação face a estas medidas é grande e o Clube Automóvel de Lousada já fez um pedido de homologação internacional à FIA (Federation Internationale de L’Automobile), e no caso de conseguirem os apoios necessários, será uma tarefa que no futuro, não será necessário realizar.
“Somos uma direção que tem os pés bem assentes na terra e não entramos em grandes ilusões, embora tenhamos objetivos que gostávamos de concretizar”, afirma. Neste sentido, o principal propósito é voltar a receber o Campeonato da Europa de Rallycross. Dado isto, entraram com a referida homologação internacional que está bem encaminhada.
Naturalmente, para receber provas internacionais é necessário gastar quantias elevadas de dinheiro. “O Município de Lousada apoia-nos bastante, mas também percebemos que não pode canalizar todas as verbas para o Clube Automóvel de Lousada, uma vez que Lousada é uma vila com uma forte ligação ao desporto”, afirma.
Lousada recebe muitas competições internacionais, nas diversas modalidades e nos diversos escalões. As organizações deste tipo de competições, estão cada vez mais, com custos mais elevados, sendo completamente impossível o clube assegurar 100% da prova e atualmente, é muito complicado para o clube garantir receita para pagar 50% das provas. São contratados serviços para os dois dias de competição, tais como: inscrição de prova na federação, seguros de prova, GNR, Bombeiros, segurança privada, alimentação para o staff, estadias, entre outros gastos.
O Clube Automóvel de Lousada dispõe as instalações para aluguer. “Existem pilotos que nos alugam com alguma frequência, sendo que parte deles nem praticam a modalidade de Ralicross”, salienta. A Pista da Costilha acaba por ser um local bastante escolhido para fazer testes e treinos, sobretudo, em épocas de aproximação de provas.
“Há dias, em que estamos próximos das corridas de Ralicross, chegamos a ter o circuito completamente lotado devido ao aluguer. No entanto, o clube no fim de semana que antecede as corridas está fechado para a preparação do traçado”, conta.
No dia 13 maio realiza-se em Lousada aquela que é considerada a prova rainha no nosso circuito, que é o Vodafone Rally de Portugal que é uma prova que já é acolhida pelo circuito desde 2015. Nos primeiros anos, esta decorreu à quinta-feira e, depois, à sexta-feira. Todavia, este ano será ao sábado. São vários os desafios e questionamentos que o clube enfrenta: o facto de o sábado ser uma novidade e o facto dos carros antes de virem para Lousada passarem por Felgueiras. Apesar destes, Luís está confiante que será mais um ano de sucesso e com uma boa adesão por parte do público.
Quanto ao programa, as portas vão abrir às 14h30, das 14h00 às 15h00 irá decorrer os reconhecimentos dos pilotos dos clássicos desportivos. A partir das 15h45, realizar-se-á a prova dos clássicos que será feita por eliminatórias e a final será por volta das 18h15. Das 18h30 às 19h é o intervalo onde não vai faltar surpresas. Às 19h05 é a hora de partida do 1º WRC.

“Este ano vamos prolongar a hora de fecho do circuito, na medida em que estará aberto até às 2h da manhã com a atuação de alguns Dj´s”, explica.
No dia 14 de abril, sexta-feira, os bilhetes vão ficar à venda online. Quanto aos bilhetes físicos, vão estar à venda a partir do dia 20 de abril, na sede do Clube Automóvel de Lousada e no Posto de Turismo de Lousada. Eventualmente, poderão surgir outros pontos de venda e o melhor é acompanhar as redes sociais do clube.
“A dinâmica vai ser diferente e garanto que vai haver surpresas”, finaliza sobre a tarde de festa e convívio que se avizinha.
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