Erasmus+ continua a proporcionar viagens de sonho aos alunos e neste caso isso aconteceu com alunas do Agrupamento de Escolas de Dr. Mário Fonseca, acompanhadas por duas professoras. No âmbito do programa Erasmus+, realizaram recentemente uma visita à Islândia, mais concretamente à pequena cidade portuária na costa sul da Islândia, Þorlákshöfn. Na Escola, a equipa teve a oportunidade de contactar com os métodos de ensino e aprendizagem islandeses.
As alunas e professoras puderam conhecer o funcionamento da escola e participar nas aulas, observando a forma de aprender dos seus colegas, diferente da realidade portuguesa. Beneficiaram de momentos de grande enriquecimento.
O tema principal foi a proteção ambiental e a consciencialização para a importância do cuidado com a natureza, não fosse este o país com a água mais pura do planeta.
Mas houve também lugar à aprendizagem da de outras áreas, sobretudo a prática da língua inglesa.
Entre outras atividades, as alunas acompanharam os colegas à piscina da Escola (atividade muito presente na rotina escolar islandesa). Os alunos jogaram ainda frisbee e até golfe!
Os momentos de partilha aconteceram também entre as professoras portuguesas e os professores de outras nacionalidades que, no âmbito do Erasmus+, também lá se encontravam. Trocaram-se experiências, práticas pedagógicas e materiais de várias outras áreas, como Teatro, Inglês, Espanhol, Ciências e Saúde Mentalentre as professoras portuguesas e as colegas da Islândia, da Polónia, da Turquia e de Espanha.

No final, o que mais foi destacado pelas participantes nesta visita foram a simpatia e a hospitalidade das famílias, dos pais e das professoras locais, que, desde o primeiro momento, receberam o grupo português com grande calor humano. Além da visita às escolas, as alunas tiveram a oportunidade de conhecer espaços muito importantes da ilha, como o impressionante Túnel de Lava. Com os pais, visitaram a cidade abandonada vítima da recente erupção.
O Golden Circle (Gullni hringurinn), que inclui o Parque Nacional e Património Mundial da UNESCO, o Geysir (zona geotérmica de Haukadalur) e a cascata Gullfoss (a “cascata dourada”) foram três locais naturais visitados.
As alunas tiveram oportunidade de conhecer um exemplo da agricultura sustentável no país, na visita a uma estufa de tomate. Foi muito interessante aprender sobre a atividade desenvolvida pela empresa First Water (quinta de salmão), assim como sobre a investigação da VAXA Technologies (empresa de biotecnologia junto à central geotérmica de Hellisheiði, especializada na produção sustentável de spirulina).
Finalmente, a visita à CarbFix foi muito importante uma vez que é uma empresa de captura e armazenamento de carbono que converte dióxido de carbono em rocha em apenas dois anos. Nesta empresa trabalham engenheiros de todo o mundo, até de Portugal. Em Orka náttúrunnar (“Energia da Natureza”), empresa produtora de eletricidade e água quente, as alunas puderam observar o aproveitamento da energia geotérmica para aquecimento de água.
Houve momentos muito alegres para os alunos no Youth Club, espaço de convívio essencial numa comunidade insular, onde se promove o encontro entre jovens e o desenvolvimento de laços de amizade.
Outro espaço muito importante foi Reykjadalur (vale geotérmico, conhecido como o “vale dos rios quentes”), visitado pelas alunas juntamente com colegas da Polónia, Turquia e Espanha, e com os hospitaleiros islandeses. Após cerca de uma hora e meia de caminhada, os alunos puderam apreciar um banho num rio quente nas montanhas.
A temperatura agradável — e por vezes intensa — da água contrastava com o frio do ambiente natural em redor. A descida da montanha (com nova caminhada de hora e meia) permitiu atravessar paisagens deslumbrantes. O esforço valeu a pena.
Finalmente, na visita à capital Reykjavík, o grupo conheceu um centro de interpretação vulcânica, na Harpa (sala de concertos e centro de conferências da cidade), onde assistiram a uma demonstração sensorial extraordinária ligada ao fenómeno vulcânico, com a simulação da experiência de uma erupção.

como forma de balanço, as alunas e professoras destacam sobretudo a forma como foram acolhidas nas casas das famílias e dos professores. Esta experiência enriquecedora permitiu conhecer diferentes realidades culturais e educativas, reforçando que, apesar da distância, somos todos iguais: seres humanos com objetivos comuns, os de lutar por um planeta mais limpo, proteger a natureza e valorizar a diversidade humana.













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