A inovação no tratamento de hemodiálise chegou a Lousada com a inauguração da clínica Dialmedicis, em Pias, no domingo, dia 16. A cerimónia, sob a forma de uma casa-aberta, contou com a presença de responsáveis pela implementação e gestão do projeto, potenciais utentes e entidades locais, nomeadamente o presidente da Câmara Municipal, Pedro Machado.

Com sede em Coimbra, a Dialmedicis é agora um equipamento único em Lousada que oferece a capacidade para realizar 20 tratamentos de hemodiálise em simultâneo.
Em declarações à parte daquela cerimónia, a diretora clínica Patrícia Neto destacou a segurança e versatilidade dos equipamentos de monitorização de dados dos utentes e segurança dos profissionais de saúde.
“Temos modelos cada vez mais avançados de aquisição de monitorização de dados, nomeadamente do acesso vascular no próprio monitor. É um equipamento extremamente versátil e, essencialmente, seguro para qualquer trabalhador desta área”, assegura.
Segundo a responsável, a clínica segue a legislação vigente, reservando um posto para emergências. As sessões de hemodiálise, que podem durar até quatro horas, são realizadas três vezes por semana, e a Dialmedicis assegura o conforto dos utentes com postos equipados com sistemas audiovisuais independentes e outros mimos como lanches e mantas.
“E depois cá estamos nós para dar um apoio personalizada, auxiliando no que podemos”, frisa, salientando que a clínica tem acordos com o SNS e ADSE e faz parte do sistema de trocas em tratamentos de hemodiálise, no país e da União Europeia.
Equipa de enfermagem está pronta para iniciar os tratamentos — Rogério Pacheco enfermeiro-chefe
Por seu lado, enfermeiro-chefe Rogério Pacheco salienta que a equipa da enfermagem contará com 12 enfermeiros e quatro assistentes operacionais dotados de experiência na área da nefrologia e de cuidados hospitalares.
“Há uma série de competências que todos têm que ter: técnicas, humanas e relacionais. Isso será a base do sucesso desta equipa, com cuidados humanizados e personalizados que será a nossa essência e a nossa matriz”, afirma.
Foco na qualidade, tanto dos quadros como no equipamento — José Pedrosa empresário na área da Saúde
José Carlos Pedrosa, investidor e diretor-geral do projeto, explica que escolheu Lousada para esta primeira clínica da Dialmedicis devido ao ambiente “propício para negócios” do concelho, pelas características demográficas e respectiva localização.
“Num primeiro contacto, e tendo em conta os diversas viabilidades, a comercial, a técnica, a profissional, a legal e a económica, senti que Lousada é um ‘habitat’ muito estimulante para poder empreender” explica, frisando que o investimento é orientado pela diferenciação, nomeadamente usufruindo do melhor equipamento disponibilizado no mercado.
A clínica localizada em Pias é a primeira de uma série de investimentos neste setor que a empresa planeia, revela. Segundo o empresário, o foco no conforto dos utentes é reforçado pela parceria com a multinacional alemã Fresenius Medical Care marca líder mundial do setor e que fornece os melhores equipamentos e consumíveis para hemodiálise.

Pedrosa também valoriza a seleção de uma equipa de trabalho empática e profissional, considerando estas qualidades essenciais para adicionar valor ao serviço prestado.
“Tudo o que leve ao conforto, a um bom ambiente de trabalho e boas relações humanas, do meu ponto de vista, acrescenta valor ao negócio. A pessoa e as suas competências estão no centro da qualidade no âmbito da prestação de serviço de saúde, não tenho dúvidas sobre isso”, acrescenta.
José Pedrosa também elogiou a atuação da Câmara de Lousada em auxiliar na implementação do projeto, adiantando que “estiveram presentes quando foi preciso”, sempre dentro do quadro legal e no âmbito das suas competências, frisa.
“Foram brilhantes, devo acrescentar. Lousada é um bom sítio para investir”, conclui.

Autarquia correspondeu para desbloquear processos morosos
A Câmara de Lousada teve um papel ativo na implementação do projeto, auxiliando na resolução de questões iniciais e finais. Por outro lado, também foi entidade intermediária para desbloquear a morosidade de alguns processos “que se arrastavam no Ministério da Saúde”, explica o presidente de executivo, Pedro Machado.
“Infelizmente, no nosso país, muitas vezes os processos arrastam-se durante anos, há falta de resposta de diversas instituições e uma complexidade de competências, muitas vezes paralelas e algumas até sobrepostas”, afirmou, acrescentando que a autarquia “correspondeu” para tentar desbloquear situações, quando possível.
O edil concluiu, expressando satisfação pela implementação deste projeto em Lousada, destacando as qualidades diferenciadoras e a grande utilidade desta clínica para o concelho.
Segundo a Dialmedicis, os tratamentos de hemodiálise iniciam a 8 de julho próximo.



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