SETE LOUSADENSES CONCORREM À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Em relação às últimas eleições (2024), Lousada volta a repetir o número de representantes nas listas distritais dos partidos políticos que se candidatam à Assembleia da República, nas Eleições Legislativas de 18 de Maio. Em relação ao último ato eleitoral legislativo o Livre surge com menos um elemento e aparece o Bloco de Esquerda com um lousadense na lista distrital do Porto. Devido às posições secundárias em que concorrem, são poucas as expectativas de eleição de qualquer desses elementos, embora Filipa Pinto (Livre) e Lurdes Castro (Partido Socialista) acalentem esse objetivo.


O concelho de Lousada tem tradição histórica em deputados na assembleia de representantes da Nação. Isso remonta ao século XIX, nas Cortes do Reino, que tiveram ilustres lousadenses como António Barreto de Almeida Soares de Lencastre (Visconde de Alentém). Na Primeira República (1910-1926), o advogado Porfírio Coelho da Fonseca Magalhães, de Sousela, participou na Câmara dos Deputados.
Em 1975, Rui Maria Malheiro de Távora de Castro Feijó, de Vilar do Torno e Alentém, foi eleito pelo Partido Socialista (PS) para a Assembleia Constituinte. A seguir, na Assembleia da República, estiveram Adriano Pinto, Adriano Rafael Moreira, Simão Ribeiro, todos pelo PSD. Na penúltima (2019-2022) e antepenúltima (2022-2024) Legislaturas, foi eleita Cristina Mendes da Silva, do PS. Esta ex-deputada socialista não foi reeleita nas Eleições Legislativas de 10 de Março do ano passado e abandonou a carreira política, regressando à atividade docente.
Nas Legislativas que estão marcadas para 18 de Maio, há novamente sete lousadenses a concorrer nas listas partidárias distritais para aquela que será a XVII Legislatura da Assembleia da República.
Tal como nas eleições de 2024, afigura-se difícil a eleição de qualquer candidato lousadense. A socialista Lurdes Castro, atual presidente da Assembleia Municipal de Lousada, tem poucas aspirações à eleição direta ou automática. O 18.º lugar que ocupa vai depender de um «excelente» resultado distrital do seu partido. Nas eleições do ano passado, o Partido Socialista elegeu 13 deputados pelo Porto. Em 2022, tinha eleito 19, mas nesse caso foi com uma maioria absoluta nacional, resultado que as sondagens não perspetivam para este ano.
Em termos regionais, o Vale do Sousa e Baixo Tâmega, igualmente com reduzidas possibilidades de eleição direta está o felgueirense António Faria, que vai em 17.º lugar, imediatamente atrás de Lurdes Castro. Também não é de crer que seja eleito de forma automática o penafidelense Micael Cardoso, que vai em 15.º lugar. Melhores expectativas têm o pacense Humberto Brito e o paredense José Carlos Barbosa, que vão em 10.º e 11.º, respetivamente.
Nas listas da AD – PSD/CDS também há dois candidatos da região bem posicionados para eleição direta ou automática. O candidato do Vale do Sousa melhor colocado nas listas candidatas ao Parlamento, em 7.º lugar, é Alberto Santos. O advogado e escritor penafidelense vai por certo ser eleito diretamente. E se aquela coligação vencer (novamente) as eleições vai provavelmente continuar como Secretário de Estado da Cultura, para cujo cargo foi nomeado ainda este ano.


Quem vencer as eleições e formar governo, irá buscar destas listas elementos para o Executivo, o que permitirá a subida de candidatos mais abaixo na lista, daí a possibilidade de entrada indireta ou não-automática. Ainda assim, se o PSD vencer as eleições e formar governo, não é credível que Ana Leal Moreira e Carlos Manuel Nunes, no 25.º lugar e no 31.º lugar, respetivamente, cheguem ao Hemicíclo (Assembleia da República). Estes são os lugares ocupados em 2022 por outros dois sociais democratas de Lousada, Leonel Vieira e Cidália Neto.
O Chega apresenta novamente um elemento de Lousada na sua lista eleitoral, com o coordenador concelhio, Paulo Pinto, na 31.ª posição. Este substitui o anterior líder do Chega em Lousada, Gustavo Borges, que foi candidato às Legislativas de 2024.
O Livre tinha apresentado três elementos na sua lista de 2024 e este ano surge com dois. A professora Filipa Pinto aparece de novo em segundo lugar na lista distrital e com isso tem legítimas esperanças de ser eleita diretamente para a AR. Recorde-se que durante a anterior Legislatura desempenhou funções de deputada em substituição. Da lista do Livre faz também parte o jovem engenheiro David Ferreira Oliveira, que surge num distante 21.º lugar.
Na sua estreia nestas andanças, o sociólogo José Carlos Carvalheiras está em 29.º lugar na lista do Bloco de Esquerda. Isso não acontecia desde 2019, quando a aparecidense Lígia Mesquita integrou a lista daquele partido.



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