A Associação de Solidariedade Social de Nevogilde foi fundada no dia 11 de outubro de 2007 e tem como atividade fundamental o futebol.
Luís Morais, de 27 anos, natural de Nevogilde, é o seu presidente há cerca de um ano, mas acumula já uma experiência de anos na direção, uma vez que exerceu, no passado, as funções de secretário. “Na altura, era presidente o Nuno Fernandes. Foi quando inscrevemos o clube de novo na Associação de Futebol do Porto, e também foi com ele que se assinou o protocolo para o sintético”, esclarece. Desse tempo, lembra as funções que exercia e os resultados desportivos: “Na altura não posso dizer que era um diretor desportivo, mas fazia um pouco esse papel. No primeiro ano, subimos de divisão e no segundo ano conseguimos, a meio do mandato, garantir a manutenção. Eu julgo que foi devido a essa projeção que conseguimos a instalação do sintético”.
O regresso à direção da Associação surgiu por convite de amigos. O lugar de presidente nasceu do consenso: “Escolheram-me para presidir a associação”, conta. Depois, com a permanência de elementos da direção anterior, organizaram a estrutura, em que “cada um tem o seu papel”.
Finalmente, deitaram mãos à obra para atingir os objetivos delineados.
Luís Morais explica como funciona a sua direção: “Nós somos quinze diretores. Esta direção tem mais do que um objetivo, divididos por diferentes setores: a nível sénior, temos um; a nível de captações e camadas jovens, temos outro objetivo e temos também objetivos enquanto direção”.
Subida de divisão é o grande objetivo
Quanto aos objetivos, “a nível sénior, demos continuidade ao Francisco Barros, treinador da época passada, que já conhece bem este clube. Ao nível da equipa, reforçamo-nos bastante. O que chama a atenção são os jogadores que vieram do Parada de Todeia, que desistiram de jogar no clube, por divergências com a direção desse clube. Para nós é muito bom, porque são jogadores com experiência de uma divisão superior, pois estavam na primeira divisão. Uma aposta fundamental para esta época tem sido com equipas de escalões superiores e tem corrido muito bem. Até agora tivemos quatro testes e quatro vitórias. Os dados estão lançados para termos uma época espetacular. Temos o objetivo de subir de divisão. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para isso”.
Mais escalões nas camadas Jovens
A formação recebe uma atenção especial por parte da direção, mas, neste momento, a associação tem apenas o escalão juvenil. “O objetivo é todos os anos subir de escalão”, esclarece. Por isso, “já abrimos as captações e apareceram alguns miúdos, mas temos aqui outros clubes muito próximos que já fazem camadas jovens há mais anos, tornando difícil o nosso objetivo”. Apesar disso, Luís Morais acredita que, no próximo ano, será possível terem mais escalões. “É esse o nosso objetivo”, diz.
Por fim, a nível diretivo, os objetivos passam por “criar uma estrutura profissional, com maior organização, estando dessa forma mais bem preparados”, refere.
A valorização do papel dos sócios é outro objetivo, como esclarece o presidente: “A nível de sócios, vamos ter de fazer a refiliação. Temos condições para dar benefícios a quem é sócio. Temos uma bancada fechada com cobertura, e é importante valorizar o sócio, dando-lhe essas condições”.
Porta aberta a outras atividades ou modalidades
Atualmente, a vida da Associação passa pelo futebol, mas Luís Morais admite a possibilidade de, no futuro, “com maior estabilidade”, abrirem a porta a outras modalidades ou atividades.
A colaboração com as entidades públicas tem sido pacífica: “Não tenho nada a apontar à autarquia lousadense, tenho sido bem recebido e bem tratado. Em relação à junta, temos trabalhado dentro do possível. Como consigo abordar diretamente o senhor presidente da Câmara ou o senhor vereador, conversando com eles, não preciso de intermediários para isso. Por isso, não preciso da ajuda do senhor presidente da Junta”, explica.
Lousada tem este ano sete equipas a competir na mesma divisão e, por isso, Luís Morais refere que “vão ser viagens curtas, mas muito picadinhas”. Em casa, espera jogar com o estádio cheio, pois “não vão faltar motivos: temos boas instalações, uma boa equipa e espero que o campeonato nos corra bem. Sei que vamos ser acarinhados e bem recebidos por a população”, acredita, estabelecendo como objetivo recuperar “o espírito que tínhamos há três anos. Íamos a qualquer lado e levávamos sempre perto de duas centenas de adeptos”, recorda.
A maior dificuldade que a direção tem de enfrentar são as críticas mais destrutivas: “Vivemos numa freguesia com muita gente que pouco faz, mas muito critica. Antes das coisas acontecerem, já começam a dizer que está mal. Deixem as coisas acontecer”, pede, acrescentando que “as pessoas têm de ter noção daquilo que somos e do que temos. As coisas vão-se conseguindo passo a passo, com um passo de cada vez”, remata.
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