A 1 de agosto de 1877, Caíde de Rei viveu um momento inesquecível na sua História, recebendo o rei D. Luís I, que aí parou na sua viagem para Vidago. Era já a segunda vez que isso acontecia. O relato do acontecimento foi publicado no jornal “O Commercio de Penafiel”, na sua edição número 135.
D. Luís chegou no comboio real, às 11 horas e 40 minutos, tendo sido recebido ao som de girandolas e do hino, que foi executado por três bandas marciais.
Logo que o comboio parou, o visconde de Alentém e presidente da municipalidade, Dr. António Barreto de Almeida Soares de Lencastre, levantou vivas a El-Rei e à rainha, aos príncipes e à família real que foram entusiasticamente correspondidos pelo grande número de cavalheiros e senhoras que agitavam os seus chapéus e os seus lenços.
Quando o rei apeou, foi recebido pelas autoridades camarárias, administrativas, judiciárias e eclesiásticas e por muitos outros cavalheiros ali presentes. Dirigiu-se, depois, para a sala da receção, tendo sido coberto de flores à sua passagem, e recolheu-se por uns momentos nos aposentos particulares que lhe foram preparados no chalet. Ao meio dia e um quarto foi servido um almoço oferecido pelo visconde Alentém. À direita do rei sentou-se o ministro das obras públicas e à esquerda o governador civil do distrito. Em frente ficaram o marquês d’Alvito, que tinha à sua direita o visconde de Alentém e à sua esquerda o conde de Torres Novas. Participaram no almoço a comitiva real e muitas individualidades lousadenses.
Às 15 horas, o rei partiu para Amarante, com destino à casa da baronesa do Ribeirinho, onde iria jantar.
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