Sarrabulho doce foi rei da festa
No passado dia 29 de setembro, a Confraria do Sarrabulho Doce de Caíde de Rei organizou “O nosso Arraial – festa da terra, das associações e produtos locais”, no jardim exterior da Casa de Vila Verde, em Caíde de Rei. Uma iniciativa que se realizou pela primeira vez e que pretendeu valorizar o que há de melhor na freguesia de Caíde de Rei, através de uma mostra do trabalho desenvolvido pelas diferentes associações, instituições ou grupos, bem como dos produtos locais (vinhos, doces, artesanato, entre outros).
Para o responsável pela confraria, Luís Peixoto, foi uma iniciativa diferente, mostrando-se satisfeito com adesão dos grupos e associações da freguesia: “Com esta iniciativa, pretendíamos mostrar que a confraria do Sarrabulho Doce quer fazer mais e melhor pela nossa terra. O balanço foi muito positivo. Tínhamos algum receio pelo facto de nunca se ter feito nada do género na freguesia, mas foi um grande sucesso. Percebemos que, havendo um trabalho de equipa entre associações, grupos e instituições, se consegue fazer grandes eventos. Sem dúvida que a iniciativa será para repetir”, garante.
Participaram nesta iniciativa a Associação dos Voluntários de Caíde de Rei, Grupo de bombos “Os Amigos de Caíde de Rei”, Cavaquinhos de Caíde de Rei, Rancho Caíde de Rei, Cais Cultural de Caíde de Rei, Centro Social e Paroquial de Caíde de Rei, Caíde de Rei Sport Club, ACRD Aqui Del Rei (Pesca), Escola de Condição Física, Yoseikan Budo Associação Caíde, Milinha Rocha, Yellois – Grupo Musical, Teatro da Linha 5, Jacinta Lúcia, Miminhos da Cristina Moniz.
Divulgação de modalidades desportivas ainda pouco conhecidas
Para Paulo Couto, da associação Yoseikan Budo, uma arte moderna, que segue a tradição dos Samurais, criada no sopé do Monte Fuji, no Japão, pelo Mestre Hiroo Mochizuki, esta iniciativa foi “fenomenal”, pois desta forma foi possível mostrar às pessoas o que existe na freguesia: “Para muitos visitantes, a minha associação foi uma supressa. É uma jovem associação, pois temos apenas dois anos de vida e oito praticantes”, explica o responsável.

O desporto mais tradicional esteve, também, em grande. Paula Ferreira, oriunda de Penafiel, pratica exercícios localizados e cárdio na Escola de Condição Física em Caíde de Rei: “Temos aulas para conseguir melhores resultados. São às segundas, terças e quintas, na antiga escola primária. Venho para aqui, porque é diferente de um ginásio, pois aqui temos uma espécie de personal trainer especial. Temos sempre os técnicos em
cima de nós. Somos cerca de quarenta praticantes. Esta é uma oportunidade de as pessoas da terra conhecerem a forma de trabalhar desta escola, que vale a pena experimentar”, conclui.

Solidariedade é uma mais-valia na freguesia
Outra associação da freguesia presente foi a Associação dos Voluntários de Caíde de Rei. No seu espaço, encontramos uma ambulância para transporte de doentes e não só. “É de louvar a confraria ter conseguido juntar todas as associações no mesmo dia. É salutar o facto de a freguesia ter muitas associações. É bom termos mais união e estarmos todos cá para promover uma causa, uma confraria e um produto cá da terra”, afirma Sérgio Santos, o presidente. A Associação dos Voluntários de Caíde de Rei presta cuidados intermédios a todos os doentes não urgentes, mas há projetos para ir mais além: “Estamos neste momento com projetos com as escolas, no transporte de alunos especiais, o que é uma mais-valia para os alunos. Estamos a trabalhar para adquirir mais meios para termos outras valências para o futuro”, revela Sérgio Santos.

O programa teve ainda atividades para as crianças com teatro infantil e pinturas faciais, atividades desportivas, como jogos tradicionais e demonstração de artes marciais. Não faltaram os “comes e bebes”, com porco no espeto, bifanas, caldo verde e o sarrabulho doce (uma das 7 Maravilhas Doces do distrito do Porto), em simultâneo com a animação, que se estendeu até à meia noite, com a atriz e comediante Patrícia Queirós, o grupo de bombos “Os Amigos de Caíde de Rei”, a música dos Yellois, a dança dos Union Fam, os espetáculos do Teatro Linha 5 e as atuações do Rancho Folclórico S. Pedro de Caíde de Rei e do Grupo de Cavaquinhos de Caíde de Rei.
Esta também foi uma forma de promover uma das Maravilhas Doces de Portugal, o sarrabulho doce, e uma das mais belas casas senhoriais do concelho, a Casa de Vila Verde: “Quisemos também aproveitar a nossa recente participação no concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal” para dar a conhecer e a provar o nosso sarrabulho doce, já que o terceiro lugar no distrito do Porto despertou muita curiosidade. A escolha do jardim da casa de Vila Verde deu outro encanto ao arraial, não só pela centralidade, como por toda a beleza natural. Além disso, é um espaço que faz parte da história da nossa freguesia”, salienta Luís Peixoto.

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