A LADEC – Lousada Associação de Eventos Culturais celebrou, no passado dia 23 de janeiro, o seu décimo aniversário.
Esta associação surgiu pela necessidade de formalizar procedimentos relativos às festas em Honra do Senhor dos Aflitos. A LADEC desempenhava, assim, além de outras funções, uma missão de apoio às Comissões de Festas responsáveis pela organização das Grandiosas. Joaquim Gonçalves recorda que, em 2010, o convite para criar a associação partiu de Aníbal Cunha, o presidente das festas. “Ainda há pessoas que pensam que a associação foi criada para organizar as festas, o que não é verdade. Foi, sim, criada para que as mesmas fossem realizadas com mais rigor do que até então”, esclarece.
No entanto, nas edições seguintes, chegados a novembro, ainda não havia comissão de festas formada. Assim, a “LADEC escolheu os nomes nesses anos, mas a comissão tinha a sua própria autonomia”, conta. Depois de um ano fora das festas, 2013, em março de 2014, a inexistência de comissão levou a LADEC a assumir a organização das festas, o que aconteceu também em 2015. “A partir daí, em reunião, assumimos que não iríamos realizá-las mais”, refere.
Encontro de Tunas é uma ambição
A LADEC continuou a organizar outras iniciativas, como a Festa da Francesinha, que vai já na 7ª edição. “Uma festa que se tornou num dos eventos com mais sucesso no concelho e dentro do género na região”, diz. No âmbito desportivo, o destaque vai para o Open LADEC, em parceria com o Clube Lousada Ténis Atlântico, e a corrida São Silvestre, um evento que tem registado um crescimento gradual: “É já uma das corridas do género que mais atletas”, realça. A nível cultural, o Carnaval é um dos eventos realizados em parceria com a autarquia, tal como palestras e tertúlias. A passagem de ano e a noite de bombos são mais dois exemplos desta parceria. “Não fazemos mais eventos porque felizmente Lousada tem uma atividade cultural muito preenchida durante todo o ano, sendo difícil encontrar datas para as iniciativas”, justifica. Apesar disso, ideias não faltam e há uma já na calha: “Temos a ideia de avançar com outras atividades, como por exemplo um encontro de Tunas, mas sem prejudicar a grande montra que já existe no concelho”, avança.
Balanço positivo
Joaquim Gonçalves deixa uma palavra de agradecimento àqueles que, ao longo da última década, ajudaram a LADEC: “a Câmara Municipal de Lousada, que sempre nos ajudou, e a todas as entidades públicas e privadas que contribuíram para o sucesso destes 10 anos, aos sócios da associação, patrocinadores, amigos e em especial uma palavra aos fundadores e também aos atuais diretores e colaboradores, que deram os primeiros passos e que na sua maioria continuam connosco”.
Pelas atividades realizadas, após uma década de existência da LADEC, Joaquim Gonçalves sente-se orgulhoso por presidir à associação, “que nasceu do nada, com bairrismo e paixão de 18 Lousadenses que aceitaram este grande desafio”. Nem tudo foi fácil, mas o balanço é positivo: “Com algumas pedras no caminho, tive sempre a capacidade de ultrapassar os desafios que nos iam aparecendo. É uma associação que tem as suas contas em dia”, sustenta.
Apesar de o ano 2020 ter começado mal para Joaquim Gonçalves, que perdeu a mãe e viu o amigo e tesoureiro da LADEC, Antero Correia, padecer de problemas de saúde, o presidente espera ter condições para reunir brevemente, pois o Carnaval está próximo: “É uma iniciativa que tem sido um sucesso. Espero é que o tempo nos ajude, pois se isso acontecer haverá condições, com o nosso esforço, para ser um dos melhores do Vale do Sousa”, afirma.
Para além das iniciativas, a LEDEC quer atrair outras pessoas: “Queremos crescer e incorporar pessoas que são apaixonadas pela sua terra e deixar que elas venham continuar o trabalho que foi iniciado e que, creio, deve ser mantido”.
LADEC quer sede própria
O presidente da LADEC está no último ano de mandato, que não quer terminar sem atingir um objetivo: “Termos o nosso espaço, uma sede para a associação. Atualmente, estamos num espaço a pagar renda e temos de deixar de ter esta despesa. Temos de criar condições para termos um espaço próprio, será uma mais-valia. Contamos com o apoio de entidades públicas.
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