Confraria do Sarrabulho Doce com mais 20 novos confrades

No sábado, dia 25, realizou-se o II Capítulo da Confraria do Serrabulho Doce, seguido, no domingo, da Festa do Sarrabulho Doce, que teve transmissão televisiva, com a RTP no local. A festa ainda contou com os Cantadores de Janeiras, que concretizaram o seu oitavo encontro.

O Louzadense esteve com Luís Peixoto, confrade-mor desta confraria, que nos explicou melhor em que consistiu o II Capítulo e falou do processo de divulgação do serrabulho doce.

Como decorreu este II capítulo da confraria?

O nosso II Capítulo correu da melhor forma. Este ano teve um encanto especial, pois foi realizado no Auditório Paroquial de Caíde de Rei, com uma bênção dos estandartes e insígnias e com a atuação da fadista Mélanie. Tornou-se uma cerimónia capitular com mais encanto e solenidade. Contamos com cerca de 120 pessoas.

Para quem não conhece, a que corresponde um capítulo numa confraria?
O Capítulo trata-se do evento anual da confraria onde são entronizados novos confrades. É iniciado com um pequeno-almoço, seguido de cerimónia capitular e por fim o almoço convívio. Há sempre a visita de outras confrarias, que marcam presença no evento e que o tornam mais grandioso.

Quantos novos confrades foram entronizados?

Este ano foram entronizados 20 confrades: 16 efetivos e 4 de honra.
Confrades efetivos: Ana Reis, António Rocha, Carlos Wehdorn, Conceição Cunha, Fernando Sales, Fernanda Mendes, Francisco Barbosa, Emília Sales, Inês Reis, Jaime Peixoto, Joaquim Ribeiro, Juliana Ferreira, Pedro Moreira, Rosa Alves, Vítor Moreira, Sandra Silva.
Confrades de honra: Junta de Freguesia de Padronelo, Padre André Soares, Padre Micael Silva e Raul Minh’Alma.

Quais serão as suas responsabilidades para o futuro?

A responsabilidade de um novo confrade é dignificar a confraria, promovendo e divulgando o sarrabulho doce em diferentes iniciativas, bem como participar ativamente em capítulos de outras confrarias. É mais um embaixador e defensor da nossa iguaria.

Além do segundo capítulo, realizou-se a Festa do Sarrabulho Doce. Como decorreu?

O Capítulo foi no dia 25 e a Festa do Sarrabulho Doce no dia 26 no Cais Cultural. Foi um fim de semana de sucesso com uma excelente promoção do nosso sarrabulho doce. No domingo, passaram pelo Cais Cultural cerca de 500 pessoas (com um almoço de 160 pessoas, 11 pratos de sarrabulho doce a concurso, nove grupos de janeiras e muito público a assistir). Contamos também com a presença da RTP que contribuiu ainda mais para a visibilidade do evento. O Cais Cultural foi pequeno para a dimensão do evento, o que nos leva a repensar a logística para o próximo ano.

Após a participação no concurso 7 Maravilhas, onde o sarrabulho doce conseguiu o terceiro lugar no distrito do Porto, notou nesta atividade uma maior procura desta iguaria?

Sentimos que o sarrabulho doce já não é desconhecido. Há muitas pessoas a querer provar durante o ano e, felizmente, vamos estando em diferentes iniciativas que assim o permitem. No entanto, no Cais Cultural a lotação para o almoço é limitada e não conseguimos corresponder a todas as solicitações. Vamos divulgando as diferentes oportunidades de provar o nosso sarrabulho doce. Claro que a participação no programa 7 Maravilhas Doces contribuiu para o sucesso numa escala mais alargada. O nosso doce despertou a curiosidade em muita gente.

Quais são os principais objetivos para o futuro?

Felizmente, o ano 2019 foi excecional no que toca à divulgação do sarrabulho, pelo que queremos que o futuro continue a ser promissor para a nossa confraria. Queremos alargar a nossa presença em diferentes capítulos do país, incluindo as ilhas, e Espanha; queremos alargar a nossa presença em eventos gastronómicos na região e estamos já em fase de testes para novas inovações associadas ao sarrabulho doce. Queremos tornar Caíde de Rei a “Capital do Sarrabulho Doce”.

Na sua opinião, qual a importância da confraria para a vossa associação?
A Confraria surgiu no Cais Cultural no seguimento da Festa do Sarrabulho Doce, que se realizava desde 2013. A confraria tornou-se fundamental para promover o sarrabulho doce de uma outra forma, uma vez que ao longo do ano existe um grupo de pessoas que se foca apenas nessa divulgação. Claro que criou uma outra dinâmica para o Cais Cultural, que apenas dava destaque ao doce uma vez por ano. É mais um projeto de sucesso que nasceu do Cais Cultural e que nos leva a acreditar que é possível fazer-se sempre mais e melhor.

Deixe uma mensagem final.

Neste momento, a nossa confraria conta com 40 confrades. Acredito que será um grupo que dará o seu melhor para divulgar o sarrabulho doce. Queremos promover este doce familiar e tradicional, apostando em novas inovações e alargando a possibilidade de ser provado. Esperamos que as devidas entidades vejam em nós aliados para a promoção do que há de bom na nossa terra.

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