Reunião com a DGEstE tranquiliza os pais

Greve à cantina da Escola EB 2,3 e Secundária de Lustosa

Como noticiamos na edição anterior, alguns pais promoveram uma greve à cantina da EB 2, 3 e secundária Lousada Norte, que decorreu entre 20 e 24 de janeiro. A luta era por uma alimentação melhor, já que consideram que a qualidade das refeições servidas é de pouca qualidade.

Em declarações ao nosso jornal, Ernestina Sousa, diretora do Agrupamento Dr. Mário Fonseca, que integra a escola de Lustosa, considerou a greve extemporânea e diz ter sido surpreendida. “Lamento profundamente o timing para a fazer porque nós tivemos aqui pais a fazer a prova diariamente na cantina. Temos um escalonamento semanal, onde todos os dias dois adultos vão fazer a prova à cantina. Eu vou todas as segundas-feiras e outros vão noutros dias. O dia dos pais foi à quarta-feira, que era aquele que tinha mais interesse. Independentemente disso, se o pai quiser vir à cantina noutro dia terá só de avisar e nós, internos, iremos fazer a prova noutro dia”, esclarece. Ernestina Sousa garantiu, ainda, que a comida dos adultos é a mesma consumida pelas crianças.

“Quando está tudo a melhorar, alguns pais fazem isto”, Ernestina Sousa
As situações de reclamação, segundo a diretora, eram relativas a situações pontuais e estavam a ser resolvidas. “Quando foi do peixe, imediatamente, a empresa veio aqui tomar conta da ocorrência e prometer que não voltava a acontecer; admiti imediatamente que os douradinhos estavam duros, e a senhora explicou que estiveram mais tempo no forno; uma menina que tinha madeira no prato… Sempre admiti que houve problemas na cantina”. Os problemas detetados não foram suficientes para se considerar que havia grande insatisfação, como mostram os registos que são feitos diariamente: “O grau de satisfação dos pais e de todas as provas é obrigatório ficar lançado num programa, com nome e com data”, realça. A diretora salienta ainda que em novembro e dezembro não tiveram queixas nenhumas.
Tendo em conta os acontecimentos, a direção do Agrupamento pediu à empresa e à DGEstE uma reunião, desta vez com os pais: “O que nós queremos é que a empresa nos explique porque e que não podem adaptar as ementas à região, por exemplo”, disse.
“Nós vamos fazer um trabalho com os pais, para que os meninos comecem a comer mais na cantina, pois há meninos que vieram uma ou duas vezes e não vêm mais”, avançou Ernestina Sousa.

º Pais podem continuar a solicitar almoço na escola

A direção do Agrupamento esteve reunida com uma representante da DGEstE, organismo do Ministério da Educação, responsável pelas cantinas escolares, nomeadamente pela contratação dos serviços aí prestados, com responsáveis pela empresa que serve as refeições e com pais, na passada quinta-feira, dia 23.

Ilda Pinto, um dos rostos da contestação, também esteve na reunião, onde diz ter reiterado que as queixas sobre a qualidade da alimentação são antigas e que os pais se cansaram de esperar.

À empresa que confeciona as refeições foi pedido que os ingredientes e os pratos fosse adequados aos hábitos gastronómicos do Norte, visto que os alunos estranham algumas refeições com ingredientes aos quais não estão habituados.

Ficou prometida outra reunião para o fim do período para fazer um novo balanço. Até lá, os pais e encarregados de educação podem pedir para almoçarem na escola, bastando para tal que telefonem para os serviços administrativos e façam a marcação. Esta informação e o número do telefone já foram disponibilizados aos encarregados de educação. Ilda Pinto mostrou-se satisfeita com esta medida, pois, segundo diz, até ao momento, os pais não podiam ligar para a escola a solicitar a ida à cantina.
Não conseguimos, até ao momento, obter reação da direção do Agrupamento a esta reunião.

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