Esta é a nossa primeira edição digital pós suspensão da edição em papel, como informamos recentemente, fruto deste tempo de reduzida mobilidade e inexistência de pontos de leitura e de venda abertos.
Aproximamo-nos de uma época sensível, em que as famílias se deslocavam e reuniam à volta de uma comemoração milenar. Em vez disso teremos pessoas sozinhas. Filhos que não podem abraçar os pais. Tempos de obscuridade do ponto de vista de amor e de confraternização. Celebrar a Páscoa longe da família alargada e, para os cristãos, fazê-lo longe da sua comunidade de fé, isto é, da sua família espiritual, trata-se duma violência em termos sociais, humanos e espirituais.
Estamos a viver tempos difíceis do ponto de vista da saúde e da economia. Este confinamento, que nos asfixia a alma e a esperança, traduz-se em desalento, ansiedade e desespero. Ainda não se sabe muito bem se este ano é o primeiro de uma era ou se, pelo contrário, é o último de um ciclo.
A pandemia da covid-19 mostrará que a história se repete, e que esta perturbação terá importantes consequências estratégicas.
A história repete-se, porque o Homem ainda não compreendeu que há um conjunto de doenças zoonóticas, ou seja, avançam de uma população animal (morcegos, ratos, macacos, etc.) para humanos, sem se confrontarem com fronteiras entre espécies. Não podemos ingerir animais selvagens (mesmo criados em cativeiro) como animais domésticos. Nalguns países terá de existir uma ação coerciva sobre essas práticas, sob o risco de algumas destes prolemas continuarem a ocorrer sistematicamente.
Esta perturbação terá importantes consequências estratégicas, pois as pandemias mudam a história, transformando populações, estados, sociedades, economias, normas e estruturas de estado. O que acontecerá? Dificilmente alguém poderá afirmá-lo convictamente. Alguns acertarão, pois perante um “bombardeamento” de opiniões, que despontam frequentemente, é bem capaz de algumas ocorrerem.
Sobre esta edição temos a oportunidade de conhecer alguns testemunhos que O Louzadense foi recolhendo nas últimas semanas por videoconferência e que foram colocadas nas redes socais. Não fugiremos ao tema do momento e por isso serão abordadas as últimas notícias e mais relevantes que por cá aconteceram.
Desta vez não teremos a rubrica, que nos caracteriza, sobre o “Grande Louzadense”, pois consideramos que será mais relevante quando voltarmos à edição em papel.
Os nossos colaboradores articulistas continuam a ter qualidade, diversidade e pertinência, que desejamos e que satisfazem os nossos leitores.
Fique em casa!
Boa Páscoa!…Boa leitura!
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