Há dias que, não podemos deixar passar em branco, dias como o de 25 de abril. No eco da história existe um 25 de abril de 1974, conhecido também pela Revolução dos Cravos, mas igualmente revolução daquele presente que ninguém figurava como aceitável. Fruto de um passado que maioritariamente queriam ver alterado. A força do povo fez valer o desejado – a conquista da Liberdade de uma nação, que outrora se seguira a vincar questões laborais. Em que alguns lutaram pela Liberdade de muitos. Em que alguns levaram muitos atrás de si. A revolução de abril representou um grande salto no desenvolvimento político-social do país.
Fez-se sentir várias manifestações, que fizeram marco na vida política, social, laboral, da saúde permitindo às pessoas a Liberdade em Crescer, em Ser, em Ter, instigada nas opiniões, nas formas de laborar, nos pensamentos, nas ideias, no dizer, no agir, no escolher, no pensar, que hoje percebemos que deixaram de ser ditaduras impostas e passaram a ser ideias partilhadas. Caminhando no sentido de uma nação mais justa, mais igualitária em ideias e verdades, em razões e aplicações. Desfazendo as utopias na intransigência de uma construção, de uma soma individualizada resultante na contribuição de cada um. Com a Liberdade conquistada, houve mais pujança para conquistar outras demandas, como questões laborais, que asfixiavam o trabalhador.
A forte união imperou, a força motriz da vontade não caiu no desleixo, caiu sim no desleixo com o passar dos anos este sentido que é muito o 25 de abril.
Hoje, temos um 25 de abril diferente, marcado pela presença da Covid-19, mesmo vivendo num estado Democrático, que rima com Liberdade, com o estado de emergência, este passou em prazo, em tempo, ter a presença de restrições, medidas impostas, sendo que, a nossa Liberdade, passou a ser condicionada, por força da lei, por força de um bem maior – a nossa saúde, porém, nenhum estado de exceção vale a amputação no seu todo, da nossa Liberdade.
Tal situação, conduziu a que, o mercado de trabalho sofresse reporte de alterações e ajustes diversos, para o bom e suporte desenvolvimento das empresas, mediante o possível e aceitável, sendo certo que, pelo caminho despedimentos dos trabalhadores passaram a estar presentes e fecho das empresas inevitável, por paragem da atividade, por insuficiência de cumprimento.
Numa altura em que se colocam em cima da mesa soluções tão gravosas, as greves estão impedidas.
É imperioso que não sejamos capturados, sob pena de não reconhecermos a sociedade pós-pandemia.
Um esforço notório, mas que merece em constante ser revigorado o seu verdadeiro sentido. Liberdade sim, mas Liberdade com sentido de respeito, de união, de equidade, em todas as esferas da vida laboral, da saúde, social, política e demais.
Fez-se sentir há 46 anos, para que, Hoje exista Liberdade… E depois, há o Agora, 46 anos depois.
”A Liberdade nunca pode ser tomada por garantida. Cada geração tem de salvaguardá-la e ampliá-la.” Nelson Mandela
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