por | 11 Set, 2020 | Opinião

Editorial da edição n.º 33 do jornal “O Louzadense”

Recentemente lemos um artigo intitulado “SARS-CoV-2: o acelerador disruptivo da sociedade” em que o autor (Carlos Manuel Nunes) escrevia:
“Vive-se um “novo tempo” ao qual dizem chamar-se “novo normal”. Se o tempo se renova a cada fragmento de segundo é fácil aceitar que seja “novo” a cada instante. O “normal” é algo que é regular, habitual, frequente. Dizer-se “novo normal” transporta-nos para a rutura completa do “anterior normal” para este “novo normal”, que passará a ser simplesmente “normal”. Será mesmo assim? É possível definir o “normal” do mundo de hoje? Antecipar o que será “normal” no mundo de amanhã?”
Lousada idealizava que caminhava segura para o “normal”, porém, surgiu mais um surto de Covid-19, desta vez no Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Lousada, além de outros focos dispersos pelo concelho. Não podemos conceber nenhuma conjetura para o futuro, pois rapidamente se desmorona. Perante isto, não sabemos bem para onde vamos! Apetece-nos citar José Régio “Não sei por onde vou, Sei que não vou por aí!
Um dos nossos destaques visa esse surto e susto, que todos acompanhamos com apreensão, mas que foi resolvido sabiamente e afortunadamente houve um final venturoso. Claro, que “final” significa apenas que este caso está ultrapassado, contudo não se vislumbra o “final” de “tudo isto”, que nos constrange e apoquenta.
Mais uma edição dedicada às freguesias, especialmente a Nevogilde e à sua devoção à Nossa Senhora da Ajuda. Relevamos a Associação de Solidariedade Social e o U.D. Lagoas.
Nesta edição, o nosso “Grande Louzadense” é Luís Ângelo Fernandes, que consideramos um lousadense dos ‘quatro costados’. Personagem discreta, afável, com uma imensa cultura, que impulsionou a dinâmica cultural que existe hoje no concelho, escritor de pormenor, que releva Lousada nas suas viagens e nos seus escritos. Já escreveu diversos livros sobre temáticas relacionadas com Lousada e com um acervo incomum sobre o concelho.
O trigésimo aniversário da Associação de Solidariedade de Nespereira e o seu arrojado projeto social, merece-nos um realce especial.
Dedicamos o nosso destaque de Cidadania a Rute Cunha, pois personifica uma lousadense dedicada ao associativismo de uma forma discreta, mas incisiva e determinada.
Retomamos o nosso “Louzadenses lá fora” com Rui Ferreira, que está em Marselha, França e Patrícia Silva que se encontra em Genebra, Suíça. Dois lousadenses, que não disfarçam as suas emoções quando recordam Lousada.
Aproveitamos a oportunidade para realçar que muitos dos trabalhos aqui apresentados estão disponíveis em vídeo, o que permite uma outra perceção dos nossos leitores e seguidores.
No “Louzadenses com Alma” recordamos um jovem que desapareceu prematuramente – Cristiano Magalhães. Acérrimo defensor do futebol em Macieira e promotor de várias incitativas desportivas.
Enfim, mais uma edição com temas congruentes, que visam alcantilar a nossa condição de lousadenses.

Boa leitura!

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