O início do ano letivo implicou por parte das direções dos agrupamentos de escolas muito trabalho para conseguirem implementar planos de contingência que defendam a saúde pública. Cientes que o sucesso da escola será determinante para a vida do país, não pouparam esforços para conseguirem as melhores soluções.
“Este é um ano que vai ser completamente diferente e que nos fez, nesta última quinzena, recorrer a um conjunto de procedimentos e de preparativos para que, quando o nosso aluno entra na escola, sinta segurança e sinta confiança. Para isso, nós tivemos de tomar um conjunto de decisões que, às vezes, não são fáceis, por exemplo o desfasamento dos horários para que os alunos se encontrem menos, o desfasamento a nível das aulas, em que os alunos só vão ficar um por carteira, salvo algumas exceções em que tal não é possível, mas sempre recorrendo às orientações que nos foram fazendo chegar via DGS e mesmo DGEST. Tivemos também o apoio do ACES de Lousada, que nos visitaram e foram feitas algumas recomendações para que houvesse aqui uma segurança mínima para que nos sintamos melhor cá dentro. Vamos tentar assegurar todos esses procedimentos. Tenho a certeza absoluta de que, se eu tenho o segundo ciclo de manhã e o secundário, vou ter a escola com menos alunos, maior distanciamento entre eles. A situação ideal não existe, até porque há meios que não estão ao nosso alcance. Mas tudo o que é razoável nós estamos a implementar.
Nesta primeira semana de aulas, vamos ter de passar para alguns ajustes necessários, porque no terreno as coisas são um bocadinho diferentes. Mas temos algumas medidas que vão tranquilizar a comunidade educativa, porque nós também queremos que os alunos venham em segurança para a escola e se sintam bem na escola. Dentro da escola é seguro, mas apelamos aos pais para que em casa e na comunidade cumpram as regras também e nos ajudem. Para este ano letivo, eu espero que não tenhamos de fechar a escola. É a nossa maior ambição, que consigamos levar o ano a bom termo, que consigam ter o mesmo sucesso e a mesma preparação para o ano seguinte. Neste momento, nós vamos apostar nisso.
Obviamente, temos de ser realistas: há um plano B e um plano C, e nós estamos preparados para eles. O plano B, que é o plano misto, está em cima de mesa e o plano C é o ensino à distância. Em qualquer um dos planos, a proximidade da escola com os pais e com as famílias é muito importante e sabendo nós que os pais querem vir à escola, querem saber. Nós também queremos que eles venham, ninguém vai ficar por atender, ninguém vai ficar sem conseguir entrar na escola. Só pedimos que liguem, marquem e cá estaremos para os atender.”