A Quinta da Tapada, em Casais, tem 54 hectares místicos, constituídos por cantos e recantos muito agradáveis. Integra um solar do séc. XIX. É uma casa arte nova esplendorosa, que convida a voltar.
Pedro Amado, da Quinta da Tapada, reconhece que o vinho é um nicho de mercado, sendo praticamente todos os vinhos desta quinta vendidos na sua loja. “Temos aqui os vinhos relativamente a 2019, que estão excelentes e prontos a sair. Estamos a vender ainda os de 2018”, diz.
A Quinta da Tapada produz vários vinhos: o Portal do Carregal, o Casa do Carregal e dois espumantes, o rosé e o branco. “São vinhos excelentes e têm sido bem cotados pelos enólogos”, garante. O Portal do Carregal é um vinho equilibrado, suave, que os enólogos dizem ser o vinho da piscina.

“Extremamente agradável, um vinho 50% loureiro e o restante de outras castas”, explica Pedro. Já o Casa do Carregal é 100% Loureiro, com graduação de 12,5o, muito apreciado pelos enólogos. Daqui a poucos dias, a Quinta da Tapada estará presente no concurso em Lisboa com este vinho.
Este ano, Pedro Amado diz que a produção foi inferior e explica porquê: “Por causa da reposição das vinhas. As mesmas só conseguem ser rentáveis ao fim do segundo ano, e este é apenas o primeiro ano da consolidação. Para o próximo ano, vamos ter um número bem mais agradável quanto à produção”, refere. Nos anos anteriores, a produção tem andado entre os trinta e os trinta e três mil litros.
Mais que a quantidade, importa qualidade: “A qualidade tem de ser a condição primeira. Se não houver qualidade, com a concorrência dos vinhos muitos bons que existem em Lousada, não conseguiríamos sair da uva”.
O turismo é um aliado do bom vinho e a Quinta da Tapada é procurada por causa da vinha, nomeadamente pelos países do leste, que querem perceber que tipo de vinho se produz na região. Este ano, no entanto, é um ano para se repensar a atividade para o próximo ano, pois a pandemia fez estancar as reservas. “Uma casa com esta estrutura não era rentável abrir para um quarto ou dois”, diz.
O produto Terroir foi apresentado à Quinta da Tapada no evento “Vinhos e Sabores”, no ano passado, e acolhido. Permite agregar vários vinhos de propriedades da região, cujos proprietários são também amigos. “Juntamo-nos neste projeto que tem uma luz verde muito grande, um foco muito objetivo, naquilo que se pretende. Existe muito profissionalismo no projeto em si, mas claro, com a Covid, estas coisas esmoreceram. Não estão paradas!”
A dinâmica das pessoas do grupo leva Pedro a crer que o projeto chegará bem longe: “Terroir será uma janela daquilo que Lousada tem e Lousada faz”, remata.