O país e a nossa Lousada estão sob um grande stress de contágios de Covid 19, com números em crescimento quase exponencial, criando alguma desorientação compreensível das nossas entidades de saúde pública.
Lousada encontra-se com 268 casos confirmados por 10 000 habitantes. A pressão é enorme sobre esta comunidade, que começa a ter as suas instituições atingidas por casos todos os dias.
Neste dia em escrevemos este editorial, estão assinalados no boletim da DGS, nas últimas 24 horas, mais 45 mortos (o número mais alto desde o início da pandemia), 3927 infetados e 65 300 casos ativos em todos o país. O pior dia em mortes, o quinto pior dia em novos casos!
Tristeza, desespero e depressão são sentimentos e consequências desta pandemia. Tristeza, porque não se consegue viver com a normalidade, que o ser humano necessita, perante as restrições de convívio familiar e com muita carência de afeto. Desespero, porque não são suficientes, nem humanamente exequíveis, as respostas das urgências dos hospitais, da saúde pública e dos postos de testagem ao vírus.
Ampliando esta realidade, algumas pessoas são afetadas pela positividade do seu teste ou dos seus familiares, assustando-se com as possíveis consequências do mesmo. Tristeza, pela capacidade de impotência com tudo isto, associada às preocupações de emprego e das finanças particulares, que começam em muitos casos a ser alarmantes.
Todo este quadro humano terá sérias consequências a médio prazo para a nossa sociedade, que ficará bastante fragilizada nos próximos tempos.
Dedicamos, por isso, algumas páginas da nossa edição a esta problemática, ouvindo o sentimento de alguns cidadãos do nosso concelho.
Nesta edição, o nosso “Grande Louzadense” é Pedro Magalhães, mais conhecido por Pedro Matias. Homem empreendedor, dinâmico, empático, bastantes anos dirigente associativo e vereador são alguns dos seus atributos, que fazem dele uma personalidade de relevo do nosso concelho.
No “Louzadenses com Alma” recordamos António Ferreira. Personalidade, que marcou a sua geração pela arte que exibiu para o futebol e para dispor bem os seus amigos. Com um apurado sentido de humor e de ironia, o “Toninho” (como era conhecido pelos amigos) era um homem empático, amigo do seu amigo, respeitador e um ótimo conversador e contador de histórias.
Terminamos nesta edição, o acompanhamento ao início do ano letivo, ouvindo a diretora do Agrupamento de Escolas de Lousada Oeste, Dr.ª Luísa Lopes, que nos descreve particularidades das suas escolas e principais preocupações deste tempo que vivemos.
Os artigos, que incidem nos “Louzadenses lá fora” com Pedro Matos e na vivência de Ernesto Gonçalves na música, no património cultural e ambiental, são boas razões para serem apreciados.
Mais uma edição com assuntos relevantes e diversificados, para continuamos a corresponder aos interesses dos lousadenses, numa perspetiva de missão informativa e esclarecedora.
Boa leitura!
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