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Entrada O Louzadense

Cristóvão Simão Ribeiro: uma vida dedicada à política

De Redação
Janeiro 10, 2021
Em O Louzadense, W
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Cristóvão Simão Ribeiro: uma vida dedicada à política

Cristóvão Simão Ribeiro

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Nasceu, cresceu e viveu toda a sua infância em Lodares, onde reside até hoje e pretende criar o seu filho. É o filho mais novo de três irmãos e define-se como uma pessoa simples, que vê a política como algo de pessoas para pessoas. Cristóvão Simão Ribeiro tem 34 anos e é um apaixonado por Lousada e as suas gentes. A política e o associativismo correm-lhe nas veias desde muito cedo e, por isso, em 2011, quando tinha apenas 25 anos, tornou-se o deputado mais novo na Assembleia da República. 

Apesar de muito jovem, Cristóvão Simão Ribeiro, carrega consigo uma vida entregue à política e vida pública e associativa, que acredita que deve ser “genuína, franca e sincera, mas, ao mesmo tempo, algo que com o tempo também fosse capaz de mudar mentalidades”. E é com esses valores que afirma traçar o seu caminho em tudo o que faz. 

Com o negócio da família ligado à confeção de vestuário, há cerca de 35 anos, Simão Ribeiro foi criado entre os trabalhos rurais e uma linha de produção de uma fábrica, “com muitas mães e muitas irmãs”, acreditando que o seu gosto pela vida pública poderá ter crescido aí.

“Fui criado sempre no meio de muita gente e depois, no meio disso tudo, tive outro detalhe que talvez possa ter marcado este meu afeto pela vida pública que é ser o mais novo de três irmãos e ter sido criado no meio de gente mais velha do que eu, que tinha outro tipo de vivência que eu não tinha”, recorda, admitindo que a convivência com os mais velhos o poderá ter feito precoce em várias coisas durante a sua vida. 

“Lousada é feita destas pessoas, que se adaptam à vida, que se desenrascam, que lutam, que trabalham, e fui criado no meio de uma família assim, que sabe o que é passar por dificuldades e soube vencer na vida.” 

Do seu percurso lembra as vivências e as felicidades “simples”. “Sou intrinsecamente lousadense, gosto muito de Lousada e daquilo que as freguesias de Lousada têm de genuíno, a família que se esforça para o que o filho possa estudar, a família que se esforça e cultiva um pequeno terreno que tem. Lousada é feita destas pessoas, que se adaptam à vida, que se desenrascam, que lutam, que trabalham, e fui criado no meio de uma família assim, que sabe o que é passar por dificuldades e soube vencer na vida”, orgulha-se. 

Entre a Medicina e o Direito 

Simão Ribeiro começou o seu percurso escolar na Escola Primária de Lodares, onde terminou o 1.º Ciclo, seguindo para a Escola Preparatória de Lousada, onde realizou o 5.º e 6.º anos de escolaridade, seguindo para a Escola Básica de 2.º e 3.º ciclo de Nevogilde, onde realizou o 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade, terminando o ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade) na Escola Secundária de Lousada, com cerca de 17 valores. Nessa altura, tinha o sonho de entrar no curso de medicina e ser médico. Não o consegue nesse ano letivo e inscreve-se no Externato D. Dinis, no Porto, onde esteve um ano a fazer melhoria de notas e mais focado no estudo para os exames do ano seguinte para conseguir cumprir o grande sonho. 

Paralelamente, estudou também espanhol. “Para além de estudar língua espanhola, estudei Biologia, Química, Matemática, etc., em espanhol e acabei por conseguir subir a média para 18 valores, o que me permitiu entrar em Medicina, com 18 anos, em Espanha. Também tinha nota para entrar na Covilhã, e numa outra Universidade portuguesa nesse ano, mas apenas tinha concorrido a universidades espanholas”, lembra. 

Mas a realidade não era como imaginava. “O meu primeiro contacto com o curso foi tudo menos o que eu esperava, foi quase como um jovem que antes de ter carta de condução gosta muito de determinado carro, tem a sorte de o pai o poder dar ou lutar para isso e conseguir comprar e depois, quando experimenta, percebe que afinal não gosta daquele carro ou, no meu caso, não tem vocação”, lamenta. 

Aos 19 anos percebe que não tem vocação para exercer medicina. Voltou a estar no impasse da escolha durante um ano e, no ano seguinte, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Porto. 

“Percebi que não tinha vocação para estar num hospital e que era um ser muito mais eminentemente social e organizativo. Não quero dizer que um médico é apenas um prestador de serviços, é muito mais do que isso, mas não tinha vocação.”

A eleição para Deputado da Assembleia da República, com 25 anos, obriga Simão Ribeiro a interromper os estudos. “Estou em fase de terminar novamente a licenciatura e reatar, porque, entretanto, a minha vida foi bastante agitada e em cargos de responsabilidade. A ocupação mental chega a ser destrutiva”, conta. 

“Era o deputado mais novo da Assembleia da República, assumi funções como líder nacional da Juventude Social Democrata (JSD) e, antes disso, já tinha tido outras funções. Fui vogal da JSD, fui Vice-Presidente, fui Secretário Geral e fui dois mandatos Presidente. Entretanto, também tinha sido Presidente da Distrital do Porto, que é a maior do país. Estamos a falar de uma estrutura que a nível nacional lidera perto de 50 mil pessoas, em que tenho de lidar com 18 distritais, inclusivamente fazer a gestão financeira disto tudo”, expõe. 

Entre a Medicina e o Direito, o gosto pela causa pública unia as duas paixões e “uma vocação levou à outra”. “Percebi que não tinha vocação para estar num hospital e que era um ser muito mais eminentemente social e organizativo. Não quero dizer que um médico é apenas um prestador de serviços, é muito mais do que isso, mas não tinha vocação”, esclarece. 

Viu no Direito uma área “interessante” de formação e pretende concluir o curso, “porque considero um complemento importante e fundamental para a minha vida, mas nunca me vi a exercer. Vi-me mais a fazer aquilo que faço hoje, na empresa onde fui criado, onde exerço funções como diretor de serviços”. 

Da Associação de Estudantes para a Assembleia de República 

A política sempre lhe esteve inerente e, muito antes de poder votar, aos 14 anos, inscreve-se como militante da JSD. Enquanto estudante, já tinha dado conta de que seria um caminho a seguir, pertencendo ao Conselho Fiscal da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Lousada e ao Conselho Pedagógico da mesma escola, em representação da Associação de Estudantes. No associativismo, foi secretário da mesa da Assembleia Geral da Associação Desportiva e Cultural de Lodares. 

A aventura começa com a eleição para Vice-Presidente da JSD de Lodares, onde também foi presidente. A nível concelhio, foi Secretário Geral Adjunto da JSD, Vice-Presidente, Presidente e Presidente da Mesa do Plenário da JSD Lousada. 

Mais tarde, na JSD do Porto, foi Conselheiro Distrital, Vice-Presidente, Presidente, durante cinco anos, e Presidente da Assembleia. No que diz respeito ao país, foi Vogal, Vice-Presidente, Secretário-Geral e Presidente da Comissão Política Nacional da JSD. Foi ainda membro do grupo interparlamentar de amizade entre Portugal e a Coreia do sul; membro do grupo interparlamentar de amizade entre Portugal e Espanha; membro do grupo interparlamentar de amizade entre Portugal e EUA; jovem português convidado para o European Next Leader Genaration In South Korea, num conjunto de 19 jovens líderes europeus selecionados para um programa de liderança na Coreia do Sul; jovem português convidado para o Inauguration Day do 45ª Presidente dos Estados Unidos; e ainda membro do Conselho Nacional de Juventude em representação da JSD.

“Sempre soube que a política podia ser um caminho, nunca pensei que fosse um caminho tão efetivo. Até determinada altura da minha vida, por volta dos 17 anos, percebi nitidamente que seria muito difícil para mim viver sem política ou sem associativismo, porque sentia esse à vontade, essa paixão, essa alegria, um bem-estar imenso quando fazia isso”, afirma. 

Para viver na vida pública, Simão Ribeiro determinou que só aceitaria cargos públicos “quando for eleito para tal, nomeado não. E isto é uma regra que impus a mim mesmo, desde sempre, porque não me sinto bem com isso”. 

Em menos de oito anos, fez mais de um milhão de quilómetros nas estradas portuguesas, por efeito das responsabilidades que teve, e isso “impediu-me de fazer outras coisas, mas tenho um percurso que me orgulho. Nunca cheguei à política sendo filho de ninguém”, testemunha.  

“Este trajeto deu-se, sobretudo, por uma questão de empenho e um certo orgulho e brio naquilo que fazia. Digo sempre aos jovens que todo aquele ou toda aquela que entra numa determinada organização política, com a vista a fazer uma determinada carreira e está num determinado local pelo cargo em si, e não para ser ela própria a fazer o cargo, porque não são os cargos que fazem as pessoas, são as pessoas que fazem os cargos, e com vista a um determinado foco futuro, a coisa tende a não correr bem”, afirma, assegurando que teve sempre objetivos curtos sem grandes planeamentos. 

Terminado o seu percurso na “jota”, Simão Ribeiro passa a pertencer ao Conselho Nacional do Partido Social Democrata (PSD), foi Deputado à Assembleia Municipal de Lousada, Deputado à Assembleia Intermunicipal do Tâmega e Sousa, Membro da Comissão Política Distrital do PSD Porto, Membro da Comissão Política Nacional do PSD, Secretário e Vice-Presidente da Mesa do Plenário do PSD Lousada, Coordenador Autárquico do PSD Lousada entre 2015 e 2017 e Vice-Presidente do PSD Lousada. Atualmente é Presidente da Comissão Política do PSD Lousada e Vereador da Câmara Municipal de Lousada, sem pelouros. 

“Estar deputado e não ser deputado” aos 25 anos 

Cristóvão Simão Ribeiro foi eleito deputado nas Eleições Legislativas de 2011, experiência que descreve como “enriquecedora” e que “teve muito bons e muito maus momentos”. 

“Ser eleito deputado com 25 anos não é fácil. A Assembleia da República tem uma dinâmica muito própria, com um regimento que, embora tenha sido alterado recentemente, continuo a achar que está obsoleto e que está feito de forma a que a Assembleia da República não seja produtiva ao nível que devia ser”, relata. 

 Para o social-democrata, ser deputado tão jovem foi, numa primeira fase, “muito duro”. “Nunca tinha vivido sozinho, passei a estar sozinho numa cidade que é a capital do país e tem a dimensão que conhecemos, em que fui privado da ligação familiar durante a maior parte dos dias, privado das relações pessoais e próximas dos meus amigos de infância e escola e, na altura, esse fosso foi bastante duro, foi psicologicamente muito difícil de ultrapassar”, recorda. 

“Precisava de falar três ou quatro vezes mais no mesmo assunto para que fosse ouvido do que alguém mais velho. Até que depois passamos uma fasquia na qual as pessoas percebem que afinal aquilo que a jovem ou o jovem diz é para ser levado a sério, porque tem conteúdo.”

Durante aquele período, “80% dos deputados já lá estavam há mais de 15 anos e aparecer alguém tão jovem com vontade de fazer, com vontade de querer fazer diferente, naturalmente é tentar parar um colosso de água com uma pedrinha pequena. Chocou algumas pessoas e sofri bastante com isso. O ambiente não é muito amigo de pessoas com iniciativa fugaz e com vontade e energia”, assegura. 

O ex-deputado lamenta a existência de um “estigma na sociedade portuguesa”, que acabou por sentir, “em relação à capacidade das pessoas em função da idade. Aliás, isto é constitucionalmente plasmado. Para ser candidato a Presidente da República tem de se ter 35 anos, no mínimo. Eu não avalio a capacidade de uma pessoa pela idade que ela tem”.  

Lembra que é um estigma enraizado na sociedade portuguesa, e que, ao longo da sua vida, “precisava de falar três ou quatro vezes mais no mesmo assunto para que fosse ouvido do que alguém mais velho. Até que depois passamos uma fasquia na qual as pessoas percebem que afinal aquilo que a jovem ou o jovem diz é para ser levado a sério, porque tem conteúdo. Mas a fase de provação é muito superior a qualquer outra pessoa que entre com uma idade diferente”. Embora tenha sido um processo duro, “fez-me crescer”, testemunha. 

“Estar deputado” e não “ser deputado”, como refere várias vezes, foi para Simão Ribeiro uma situação que se assemelhou à sua infância. “Fui novamente inserido num meio muito similar àquilo que foi a minha juventude, mais uma vez eu muito jovem, mais uma vez eu muito enérgico, mais uma vez rodeado de pessoas mais velhas que, até perceberem quem eu era, o que fazia e como fazia, olhavam para mim de forma distinta. Depois tive a sorte de conhecer pessoas fantásticas, até dos outros partidos, que me ajudaram muito”, considera. 

O jovem, na altura, encontrou conforto e amizade em João Semedo, médico e deputado eleito pelo Bloco de Esquerda. “Um dos deputados que mais me ajudou quando era muito jovem, e isto pode parecer curioso, de quem eu era particularmente amigo, e não era do PSD, era João Semedo, médico, que foi um dos homens que mais me acarinhou e ajudou enquanto jovem na Comissão de Saúde. E é apenas um exemplo para dizer que não é necessariamente aquele espírito de matilha que as pessoas pensam”, exprime. 

“Quando me candidatei à JSD, disse que a JSD e os partidos políticos deviam ser uma estrutura plataforma, ou seja, não deviam ser um sindicato de voz do partido junto dos jovens e junto dos representantes dos jovens, mas deviam ser uma caixa de ressonância daquilo que eram os anseios, as preocupações, as dificuldades dos jovens portugueses e daí construírem propostas para nos órgãos onde têm acentos fizessem propostas credíveis”, afirma. Por isso, enquanto deputado, fez um périplo pelo país pelas Associações e Federações Académicas. 

Segundo Simão Ribeiro, nessa altura, havia uma discussão acesa sobre o Regime de Atribuição de Bolsas da Ação Social do Ensino Superior. “Fizemos um debate alargado sobre isso, no país, e eu propus uma alteração da revisão dos apoios sociais. O ministro Nuno Crato foi contra, o Secretário de Estado, evidentemente, Pedro Passos Coelho remeteu-se ao silêncio e foi estudar a coisa. Reuni com ele em S. Bento, curiosamente, ao contrário do que estava à espera, discutiu-o ponto a ponto comigo”, afirma. 

“[Pedro Passos Coelho] Saiu da reunião e disse ‘acho que têm justeza na proposta que apresentam, mas se me disserem onde vou buscar dinheiro para fazer isso eu faço’. Na altura, saí “picado” com o assunto e, juntamente com outros elementos da JSD, passamos uns dias a estudar e conseguimos arranjar uma solução”, lembra. Mais tarde, conseguiram que a medida fosse aprovada, o que permitiu que mais cinco mil jovens tivessem direito a Bolsa de Estudo e pudessem estudar no Ensino Superior. 

Orgulha-se das várias medidas que acredita terem mudado o país e que “valeu a pena”. “No fim do dia, houve todo um conjunto de pessoas que eu representava, e valeu a pena por isto. Tinha uma vida política mais tranquila se fosse um tipo de dizer sempre ‘amém’ ao Governo, ao presidente do meu partido, aos ministros do meu partido, tinha ido mais longe, mas não fiz”, conta. 

“Gostava de ver uma viragem de mentalidade daquilo que é a conceção da relação entre o poder político e a sociedade lousadense”

O sonho da mudança 

Sobre o futuro, Simão Ribeiro, apesar de adorar o concelho, “gostava de ver uma viragem de mentalidade daquilo que é a conceção da relação entre o poder político e a sociedade lousadense”, explicando que, “muitas vezes os lousadenses se inibem de reclamar aquilo que é seu por direito e que olham para a figura do decisor político local como se fosse uma certa pessoa que está acima de todos os outros e que faz um especial favor em receber o cidadão para falar de um problema”. 

Se pudesse mudar o mundo, “mudaria essa mentalidade que acho que não é saudável. Falta uma certa maturidade democrática àquilo que são as instituições do concelho”. 

“Independentemente do protagonista, quem pensa diferente, quem quer mais, quem arroja sonhar mais, tem de ter em quem possa rever esse pensamento, e essa alternativa é o PSD”

No que diz respeito às próximas eleições autárquicas, não sabe ainda se será o próximo candidato. “Independentemente do protagonista, quem pensa diferente, quem quer mais, quem arroja sonhar mais, tem de ter em quem possa rever esse pensamento, e essa alternativa é o PSD, é para isso que o PSD cá está e é isso que falta realmente fazer, porque tenho desejo que Lousada dê uma oportunidade a gente diferente”, garante. 

“Não tenho de ser eu, não têm de ser os meus amigos, não têm de ser os meus familiares. Se amanhã os lousadenses votassem em massa no CDS-PP ou no Partido Comunista, e se dessem oportunidade a outras pessoas, mesmo que não fossemos nós, eu achava isso positivo”, termina. 

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