Mais Saúde
Uma parceria entre O Louzadense e a clínica Ellus Saúde
Por Dina Ferreira – Nutricionista
A Saúde e a alimentação das crianças é algo que nos interessa, mas será que estamos realmente atentos? Será que nos preocupamos de facto com a alimentação e a saúde das nossas crianças?
Se o seu filho de 2 anos não for capaz de caminhar, ou se aos 4 anos ainda não fala, percebe que algo não está bem e que precisa de intervir e procurar ajuda.
Então, porque não nos preocupamos se uma criança de 2, 4 ou mais anos ainda não come fruta ao natural, ou não come os legumes, ou faz birras para comer?
Da mesma forma que as crianças adquirem todas as outras competências, o comer saudável também se aprende! Uma alimentação saudável é mais do que uma questão de peso ou imagem corporal.
Sabemos que os maus hábitos alimentares estão associados a diversas doenças, tais como a obesidade e excesso de peso, diabetes, problemas cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais, como síndrome do Intestino irritável, obstipação e diarreia frequentes, cancros e até condições psicológicas, como a depressão.
Para além destas doenças que já reconhecemos como consequência de uma alimentação incorreta, há outras ocorrências mais discretas que podem afetar as nossas crianças no seu dia-a-dia, mas que nem sempre relacionamos com os hábitos alimentares. Uma alimentação incorreta nas crianças pode ter impactos mais imediatos e visíveis em vários aspetos do seu dia-a-dia, nomeadamente:
– Desenvolvimento da fala – os músculos utilizados para falar, começam a ser treinados com a alimentação. Portanto, uma correta introdução de alimentos vai facilitar um adequado desenvolvimento da musculatura da boca, promovendo assim o desenvolvimento da fala mais precoce.
– Estado de alerta das crianças – crianças que se apresentam mais irrequietas e agitadas ou, pelo contrário, que tendem a ser mais apáticas, cansadas e com fadiga, podem manifestar excesso ou falta de determinados nutrientes.
– Atrasos no crescimento – também um desajuste na alimentação pode comprometer o crescimento e desenvolvimento das crianças.
Por outro lado, existem alguns sinais e sintomas a que devemos estar atentos, já que podem indicar alguma necessidade especial ou alguma reação a determinado alimento. A intenção é que se corrija a alimentação o mais cedo possível, minimizando assim possíveis efeitos negativos.
Resumindo, importa reforçar que a alimentação saudável é muito mais do que estética e do que moda. Uma alimentação saudável está na base da saúde, física e mental, e na melhoria da qualidade de vida de cada um de nós.
É na infância que mais importa melhorar hábitos alimentares. Tanto pelas consequências imediatas na saúde geral das nossas crianças/jovens, como pelo impacto que isso terá ao longo da sua vida. E é de nós, adultos, que depende essa mudança. Vale ainda referir que os hábitos alimentares da infância tendem a manter-se na idade adulta e que, em qualquer momento, somos o que comemos.
Se este tema lhe interessa e deseja ser mais proativa na saúde alimentar do seu filho não hesite e agende a sua consulta connosco!












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