Por Pedro Magalhães – Reviver Lousada
Assinala-se hoje o 79.º aniversário do falecimento de D. António Augusto de Castro Meireles. Este ilustre lousadense era filho de Raimundo Duarte Meireles e de Delfina Moreira de Castro, tendo nascido a 15 de agosto de 1885 na freguesia de S. Vicente de Boim (Lousada).
Concluiu o curso de Teologia no Seminário do Porto, sendo ordenado padre a 22 de abril de 1908. Quatro anos depois formou-se em Teologia e Direito na Universidade de Coimbra, distinguindo-se como o melhor aluno da Diocese do Porto, o que lhe valeu o Prémio Cardeal D. Américo. Daí em diante acumulou as suas funções eclesiásticas com as de advogado, tendo aberto um escritório na cidade do Porto, onde evidenciou as suas qualidades forenses.
Em 1915, foi eleito deputado ao Congresso da República, tornando- se o primeiro e único representante dos grupos políticos católicos. A notoriedade que foi alcançando – onde se inclui a atividade como docente de Teologia no Seminário do Porto – valeu-lhe a nomeação para bispo de Angra do Heroísmo.

Consagrado pelo bispo do Porto, D. António Barbosa Leão, a 29 de junho de 1924, tomou posse da diocese açoriana a 16 de julho.
A 20 de junho de 1928 foi nomeado bispo coadjutor do Porto, função que, por inerência, lhe conferia a sucessão. Assim, a 21 de julho de 1929, tornou-se bispo do Porto, um cargo que ocupou até 29 de março de 1942, data do seu falecimento.
Em maio deste ano, a Câmara Municipal de Lousada, em homenagem ao ilustre Bispo do Porto, deliberou que a parte sul da Praça da República, a praça onde se encontra atualmente o posto de turismo, se designasse Praça D. António Meireles.
Em 1955, a cidade do Porto e o concelho de Lousada, por ocasião do 13.º ano do seu falecimento, homenagearam D. António Castro Meireles. Primeiro no Porto – a 29 de março, na rua da Prelada –, mais tarde em Lousada – a 31 de outubro, na Avenida do Senhor dos Aflitos –, ergueu-se em cada um dos locais uma estátua em bronze, da autoria do escultor Henrique Moreira. A iniciativa foi organizada por uma comissão de cidadãos presidida por Henrique Pereira Leite, Presidente da Câmara de Lousada, e secundado por outras individualidades, entre elas, o padre Adriano Pacheco de Oliveira, natural de Lustosa e Reitor na Igreja da Trindade, que tinha sido secretário pessoal de D. António Castro Meireles.
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