Aleluia! Aleluia!
Assim se saúdam todos os cristãos que comemoram o dia de Páscoa. Pelo segundo ano consecutivo esta saudação será muito reservada e algo tímida. Continuamos sob a opressão desta pandemia que nos asfixia, tanto nos convívios como nas saudações. Há um ano pensávamos que tudo já “estivesse bem” nesta época, mas a única coisa que temos é uma ténue esperança que as vacinas resolvam todo ou em parte esta questão da imunidade de grupo.
A Páscoa para os cristãos é vista como a festa da vida, da fé, do amor e da esperança.
De facto, já no passado para os judeus era comemorada como a passagem da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a “passagem” de Cristo, da morte para a vida. Fará todo o sentido para todos nós cristãos, judeus, agnósticos ou ateus comemorarmos a “passagem” (“Pessach”) desta “escravidão” para vivermos a vida na sua plenitude.
Esperança e fé caminham juntas e são estas que nos dão forças para não desistirmos, para irmos em frente, acreditando que as coisas podem mudar. Tolstoi (escritor russo) referia que a fé é a “força motriz da vida” que nos motiva quando estamos desanimados, que nos dá forças para continuarmos a lutar quando fracassamos e que nos mantêm firmes quando passamos por momentos difíceis.
Em relação ao amor que ela nos transmite, ficará certamente a união que muitos de nós reforçamos nestes tempos duros, bem como a solidariedade que se revelou mais abrangente e intensa, como se fosse a epifania de Cristo.
Resta-nos acreditar, no que cada um de nós atribuir mais esperança e amor.
Nesta edição dedicada à Páscoa, quisemos compreender a conspeção de três párocos (André Aguiar, José Lemos e Paulo Godinho) sobre a vivência possível desta época pascal.
Nesta edição o nosso “Grande Louzadense” é José Joaquim Morais Fernandes. Cidadão empático, sorridente, determinado e dedicado a tudo que se dedica e o motiva. Presidente de algumas organizações lousadenses, das quais se realça Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários. Mais um homem bom que Lousada não deve esquecer.
No “Louzadenses com Alma” recordamos um amigo, que lecionou décadas em Lousada. Referimo-nos a Ildefonso Santos, mais conhecido por Professor Santos. Oriundo de Penafiel, cedo se afirmou na nossa terra como cidadão participativo em várias organizações, nas quais deixou o seu indelével traço de rigor e de seriedade. Foi presidente da Câmara, provedor da Santa Casa da Misericórdia e dos Bombeiros Voluntários.
Na rubrica “Cidadania” partilhamos a vivência e dedicação de Renato Gomes à sua terra. Enfermeiro convicto, empático, dedicado à sua profissão e à comunidade. Nunca “vira a cara” a um desafio e teve papel preponderante nos cuidados continuados do Hospital de Lousada, aquando assolados pela pandemia.
Dedicamos especial atenção à educação inclusiva, no sentido que ilustra ser uma educação de todos e para todos. Nunca se falou tanto de incluir todos os alunos na educação de forma igualitária, mas, ao longo dos tempos, o termo Educação Especial foi sendo conotado com uma simbologia negativa. Para combater as desigualdades, o Agrupamento de Escolas de Lousada tem uma equipa multidisciplinar que permite integrar e capacitar estes alunos ao seu próprio ritmo. Equipa que tem no diretor Filipe Silva, um timoneiro ativo e perspicaz na procura das melhores soluções para estes casos mais difíceis e desafiantes da educação.
Abordámos o índice sobre o nosso poder de compra e constatamos que é o mais baixo da região. Ouvimos alguns cidadãos lousadenses, que nos apresentaram a sua visão e sentimento sobre esta realidade.
Sentimos, que presenteamos os nossos leitores com mais uma edição diversificada e sagaz.
Continuamos na senda de alcançar os interesses jornalísticos dos lousadenses.
Boa leitura!