Depois de uma vida ligada ao hóquei em campo, o lousadense Bruno Santos é o novo presidente da Federação Portuguesa de Hóquei (FPH). A tomada de posse aconteceu, esta tarde, no espaço AJE.

“A minha primeira palavra de agradecimento é dirigida a todos aqui presentes, nesta cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da FPH, em tempos tão conturbados como os de hoje. Gostaria também de aqui deixar publicamente uma palavra de enorme apreço e gratidão para o Dr. Jorge Pinto de Sousa, que após 30 anos de colaboração com a FPH, também agora termina um percurso que a nenhum de nós foi indiferente”, começou por referir Bruno Santos.
O presidente destacou, ainda, “como imperativo de gratidão, o legado de desenvolvimento que estes órgãos sociais receberam dos anteriores, que hoje cessam funções na FPH. Por isso o nosso agradecimento público, em especial a todos quantos tornaram possível este percurso. Estou certo que o vosso apoio foi determinante conseguirmos, neste período desafiante que vivemos, que a modalidade não parasse e continuasse a superar obstáculos de forma quase hercúlea”.

Quanto ao futuro, que “agora temos a honra e o privilegio de projetar”, o principal objetivo é “contribuir de forma decisiva para o crescimento da modalidade. Teremos em consideração as boas práticas já implementadas pela FPH – como o trabalho em escolas e a criação de academias de Hóquei. Procuraremos simultaneamente otimizar estes polos de desenvolvimento, por via de estratégias que nos permitam apoiar os clubes em toda a sua atividade, aumentar o número de praticantes e ao mesmo tempo maximizar a divulgação daquele que para nós é o desporto mais lindo do mundo: o hóquei em campo”, revelou.
“À semelhança de outras modalidades no nosso país, vimos de um ciclo desportivo perfeitamente atípico para permitir uma apurada avaliação dos resultados desportivos das nossas seleções nacionais. Porém, salienta-se a excelente participação da SNS no Europeu que se realizou em janeiro de 2020 e que nos deixou à porta das oito melhores seleções da Europa na variante Indoor. Após essa competição, todas as outras foram canceladas e as próximas terão já lugar em agosto, com as SNS masculina e feminina a competir nas mesmas datas, a feminina na Eslováquia e a a masculina aqui, em Lousada”, afirmou.
No que diz respeito à sustentabilidade financeira, destacou “o cuidado que a FPH colocou colocou e colocará sempre, na criação de condições para que as verbas recebidas pelo estado português sejam devidamente aplicadas nas respetivas atividades. Este é um imperativo para nós, considerando o atual clima de contração financeira, numa permanente incerteza face ao de financiamento ao desporto, no domínio das medidas extraordinárias que decorrem da instalação da pandemia COVID-19”.

Sobre a Federação, acredita que é “dos seus sócios – os clubes”. Temos muito essa consciência. Deve ser uma organização modelo. Verdadeiramente Integradora, socialmente responsável e inovadora. Integradora porque sabe equilibrar no mesmo espaço por exemplo as SN e hóquei de formação. Porque consegue tornar-se uma modalidade com uma vertente de desporto adaptado igualmente forte e corda como a prática dita “regular”. Sabemos que não existem estruturas profissionais nos clubes de hóquei, no entanto encontramos na modalidade pessoas com um enorme sentido de profissionalismo, compromisso e entrega. E é preciso sabermos reconhecê-lo”.
“É com essa consciência que vamos trabalhar todos os dias em projetos comuns a toda a comunidade do hóquei. Abrindo e reforçando a participação de clubes no dia-a-dia da Federação. Seja em que áreas for. Queremos que a FPH seja um espaço de entreajuda e construção de soluções globais e futuras. Queremos uma Federação integradora porque ouve os agentes da modalidade para melhorar os seus processos de decisão. Jogadores, treinadores, árbitros, juízes, dirigentes, médicos, fisioterapeutas, todos fazem parte e a opinião de todos faz sentido na construção de uma decisão melhor. De um futuro melhor”, alertou.

Em suma, “tudo faremos para ter mais mulheres e raparigas a jogar e para atingir um aumento significativo nos atletas de cada clube. Queremos que os clubes tenham todos os escalões de formação no ativo e que cada escalão tenha pelo menos 15 atletas. A definição de objetivos claros e consistentes é fundamental. Este passo que aqui damos hoje, ajudar-nos-á a manter o foco no que é essencial. E o essencial são os jogadores. As pessoas do hóquei. A génese deste desporto. E é com esta consciência, é um profundo sentimento de compromisso, que iniciamos este desafio”, terminou.
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