Terminou a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 na final da maratona feminina. Prova com historial português, em que Rosa Mota conseguiu um título (1988) e uma medalha de bronze (1984), mas que não produziu resultados de relevo para as três atletas portuguesas presentes.
Salomé Rocha foi a melhor das portuguesas ao terminar em 30º lugar com a marca de 2:34.52 horas, a sua segunda pior marca das seis maratonas que completou.
Cerca de 21 minutos depois chegou a sua colega de treino Sara Catarina Ribeiro, de 31 anos, Lousadense de Lustosa, que cortou a meta em 2:55.01, na maratona mais lenta de sempre. Foi com muitas dificuldades que Catarina Ribeiro terminou a sua Maratona Olímpica na 70ª posição, podendo, desde hoje, por todo o seu esforço, afirmar que é atleta olímpica.
À Agência Lusa, Catarina Ribeiro explicou: “parti confiante e cautelosa pois sabia que as condições iriam agravar-se com o decorrer da competição. Mantive o ritmo constante até perto do quilómetro 30. Depois foi sempre a sofrer, o cansaço era muito, o calor e humidade insuportáveis”, explicou.
O triunfo pertenceu à queniana Peres Jepchirchir, em 2:27.20 horas. A atleta, que bateu já três recordes mundiais de maratona, tendo dois títulos mundiais no palmarés, venceu a meia maratona de Lisboa (de outubro) em 2017 e na prova de hoje, várias vezes, abrandava o ritmo para os abastecimentos, recolhendo os dela e os de Brigid Kosgei, 2:27.26, recordista mundial de maratona, que viria a sagrar-se vice-campeã olímpica, e que se estreou em 2015 com um triunfo na maratona do Porto.