por | 12 Ago, 2021 | Sociedade

“Sou jovem e sou capaz” 

As Gerações Z e Y têm cada vez mais estudos e pensam cada vez mais fora da caixa. Porém, são cada vez mais os entraves à criatividade e aqueles que questionam as suas capacidades. No dia em que se celebra o Dia Internacional da Juventude, dia 12 de agosto, apresentamos-lhe José, Gonçalo, Helena, Nuno e Sérgio, cinco jovens lousadenses que deixaram de lado os medos e provam, a cada dia, que “sou jovem e sou capaz”. 

José Moreira, de 22 anos, e Gonçalo Mota, de 21, compõem o projeto “Edge Coletivo”, um projeto de arte, nomeadamente fotografia, vídeo, design, pintura, entre outras áreas da arte. Conheceram-se no curso de Artes da Escola Secundária de Lousada e, desde aí, partilham a amizade e o gosto pela arte. Durante o percurso no Ensino Superior, o interesse pelo vídeo intensificou e acabou por surgir este projeto. 

José Moreira e Gonçalo Mota

A ideia nasceu em 2019, como um projeto independente, mas a pandemia veio atrasar o processo. “O Edge é um estúdio de vídeo, fotografia, design, de artes, fazemos vários trabalhos, mas o objetivo é tornar esses trabalhos em algo que não seja banal. Queremos fazer algo que vá até às margens daquilo que as pessoas estão habituadas”, afirmam. 

Mas nem tudo é fácil: “o princípio é sempre difícil, precisamos de capital e a questão do material. As pessoas, em Portugal, não dão muito valor às artes e por muito trabalho que dê um vídeo, as pessoas acham que é algo que se faz em segundos. Ainda não dão o valor suficiente ao nosso trabalho”, comentam, lamentando que a desconfiança aumenta devido à juventude: “por muito currículo que tenhamos os dois, as pessoas associam o facto de ser jovem à falta de experiência”. 

EDGE COLETIVO
INSTAGRAM: @edge_coletivo
FACEBOOK: @edgecoletivo
TLM: 938 300 447

Sem medo de empreender   

Também Helena Marques, de 27 anos, é uma jovem motivada e trabalhadora, com ideias empreendedoras na área do marketing e artes visuais. Adora desafios e, por isso, a ideia de criar a “HEICH”, a sua empresa, “sempre esteve lá”. 

Um projeto ainda em construção e “longe da sua maior potencialidade”, neste momento trabalha em regime freelancer, juntamente com uma colega arquiteta. O objetivo é “criar um espaço de ‘co-working’ com vários freelancers para servirmos as várias empresas que necessitam de ajuda no seu marketing digital, web design, etc”, explica. 

Helena Marques

A longo prazo, “gostava de avançar com o meu projeto aqui, em Lousada, mas infelizmente sinto que existe uma falta de vontade das empresas de investirem no Marketing. É um tanto frustrante ver que consigo mais facilmente clientes de Lisboa, Porto e de outros países do que da minha própria terra”, revela.  

A HEICH é composta por Helena e por uma colega arquiteta, “com um potencial gigante na área dos renders 3D”, afirma, revelando que é essencial “para as empresas de construção civil terem uma boa maquete digital em 3D para divulgação dos seus projetos”. 

HEICH STUDIOS
WEBSITE: www.heich.pt
INSTAGRAM E FACEBOOK: @heichstudios


HEICH RENDERS
INSTAGRAM E FACEBOOK: @heich.renders

Irmãos de sangue e da arte 

Sérgio e Nuno Magalhães, 22 e 18 anos, respetivamente, são irmãos e, para além de partilharem o mesmo sangue, partilham o gosto pela arte na sua generalidade. “Sendo irmãos, tivemos desde sempre o privilégio de ir comunicando, discutindo ideias e criando pequenos projetos juntos. Com o tempo, essa parceria foi ganhando mais solidez e à medida que fomos desenvolvendo projetos proporcionaram-se convites para novos desafios”, contam. 

“Apesar de contarmos já com um portfólio abrangente de inúmeros trabalhos, não temos um estúdio oficializado, ou seja, não lhe demos ainda um nome e uma cara. Mas temos isso agendado para breve”, explicam. 

Sérgio e Nuno Magalhães

O conceito do projeto é “um cruzar de artes e uma abordagem imersiva ao que nos é solicitado, procurando sempre entender a fundo o universo de cada coisa e a partir daí usar o Design, a Fotografia e muitas outras coisas em função do objetivo pretendido”, revelam. 

Os irmãos pretendem ser mais do que “ simples prestadores de serviços” e é isso que, normalmente,  “as pessoas gostam de nós, quer no meio mais artístico quer no meio mais comercial/industrial”. 

INSTAGRAM: @nuno.magalhaes / @_sergio_magalhaes

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