Joaquim Teixeira tem 59 anos e nasceu em Lousada, onde sempre viveu. Desde muito novo que mantém viva a sua paixão por cavalos, uma vez que, admite, é “filho de gente da terra”. A esta paixão, junta a causa social e ajuda crianças através da equitação.
Durante muitos anos, Joaquim Teixeira esteve afastado dos cavalos para aprender a arte dos automóveis e,em 1990, foi cumprir o serviço militar. Apesar de praticar outros desportos, os cavalos sempre foram a sua paixão. Mas só aos 30 anos é que realmente começa a seguir o rumo dos cavalos, “optei por um cavalo lusitano e comecei a estagiar com mestres na arte, porque queria ir mais longe”, afirma Joaquim.
Contudo, foi sozinho que aprendeu a montar: “eu tinha um vizinho que tinha cavalos e sempre que podia ia andar”. Hoje em dia, educa os seus cavalos, tem criação, vende e pratica equitação, “em que Portugal é campeão do mundo e da europa”, conta.
Começou a dedicar-se mais a este desporto depois de regressar da tropa, principalmente ao cavalo lusitano, mas só há 13 anos é que se começa a competir, “porque foi quando começou a haver competições cá no Norte”, sendo, inclusive, um dos fundadores do campeonato regional do norte de equitação. Desde então, Joaquim já foi campeão por todos os escalões que passou, “é uma sensação muito boa, mas não sou obcecado por isso”, revela.
“Eu vivo mais as pessoas que estão comigo”, tendo já conseguido formar duas campeãs. De momento, tem seis alunos, “não posso ter mais, por causa do meu emprego”, lamenta.
Apesar de gostar de fazer disto vida, admite que não é possível. “Em Portugal, a nível monetário, não é possível. Um cavalo fica caro e depois necessita de muitos cuidados”, alerta. Outro motivo que leva a não ser possível fazer da equitação vida, é a falta de apoio que este desporto tem.
Joaquim deseja continuar a ganhar alguns campeonatos e, por isso, “coloquei um cavalo novo e para o ano vou apostar tudo nele, para o conseguir levar ao topo”, assegura. Pretende, ainda, dinamizar a equitação portuguesa e “gostava também que na minha terra esta arte evolui-se mais”, finaliza.